segunda-feira, 29 de junho de 2020

Financeirização: Sistemas de Crédito e Juros * Reinaldo Conceição da Silva / SP

 Financeirização: Sistemas de Crédito e Juros


O Neo Liberalismo instigado pelo capital em sua fome irracional de se auto valorizar nos faz desenvolver uma análise criteriosa e sobre tudo se faz necessário uma crítica da economia política em tempos em que o Capitalismo se fragiliza ao ponto de se auto-corroer.
  O Dólar como exemplo já não possui mas nenhum lastro sólido desde 1971 com o fim do padrão ouro impulsionado pelo então presidente dos Estados Unidos Richard Nixon, fazendo com que as moedas do mundo inteiro entrassem de vez pela livre especulação cambial.
 Os governos que se sucederam a Nixon desenvolveram processamentos estruturais com base de apoio jurídico que vise que o Banco Central dos Estados Unidos se comprometesse com a seguridade estrutural de garantias a aplicações e investimentos em sua economia. Isso justifica o do porque o dólar ainda é a moeda de referência no mercado internacional  mesmo não tendo mais nenhum lastro com o ouro (o que deu potencialidade ao dólar).
 O dólar hoje é a livre "confiança" embora o Euro seja mais valorizado que o próprio Dólar.
  Porém precisamos entender que a Europa é um continente que concentra marcas conceituadas no mercado e embora a China seja mais industrializada tecnologicamente e tenha mão de obra mais barata, as agências financeiras concentram bases de atuação sistemática na Europa e suas respectivas atuações econômicas são bem mais requisitadas que os Estados Unidos.
  Porém vamos voltar um pouco no tempo, precisamos entender o do porque o mundo se financeirizou e porque os juros sobre o crédito tem pesado peso como resposta a essa financeirização.
 Antes da entrada do Neo Liberalismo, o capitalismo vivia sua utopia social em contrapartida com o comunismo representado pela esquerda radical da esfera da Ex União Soviética.
  O New Diow... Acredito que seja assim a pronúncia, proporcionou um acordo entre o governo com a Burguesia da época e o Proletariado americano de modo que o Estado emita fortes subsídios as corporações fabris garantindo estabilidade de emprego de uma classe média altamente crescente que possibilitasse em legislação vínculos fortes a Sindicatos não alinhados a movimentos comunistas fomentando uma forte indústria fabril amplificando salários e estruturando bases de consumo.
 Claro isso levou a crise do padrão ouro e a penetração do Neo Liberalismo já que as dívidas estavam se amplificando acima do que se seria produzido em ouro, mas isso é uma outra história.
  •  Mas aqui temos uma alusão ao livro de Karl Marx, O Capital volume 1 na qual ele enfatiza, e também enfatizarei a questão da mais valia em sua forma relativa que divide a jornada de trabalho em trabalho necessário (remunerado) e mais trabalho (não remunerado) pelo processo de produção que se potencializa com a tecnologia e a maquinaria.
Todas as ramificações produtivas foram claramente mecanizadas, virtualizadas, robotizadas de modo que todas as indústrias tivessem um processo produtivo altamente artificial, e isso tem um motivo simples: o poder coercitivo do capital exige a seus porta vozes (a Burguesia) que seus respectivos produtos tenham um maior espaço de circulação no mercado para que os Capitalistas possam manter suas respectivas atividades econômicas comparadas com a concorrência, nesse processo os produtos e seu trabalho socialmente necessário se desvalorizam de modo a baratear seu custo monetário ou seja preço.
 Mas o capitalismo se auto contradiz o tempo todo... Essa aceleração produtiva descontrolada desenvolveu um efeito contraditório pautado no desnível de consumo pela desvalorização do valor de uso das mercadorias dadas pela demasiada oferta mas principalmente pelo processo de demissão massiva desenvolvida pela maquinaria.
Isso fortemente empurrou a maior parte da classe operária da maior parte dos países a informalidade, por sua vez precarizando suas condições de vida.
Precisamos ressaltar claramente que a informalidade e a auto-exploração não garantem ao trabalhador individualizado, meios seguros de manutenção da vida e nem de provisões de futuro.
Há também um fator muito relevante a ser mencionado aqui que também se revela como processamento necessário a desindustrialização.
Empresas fabris de grande parte dos países em suas respectivas áreas de atuação não conseguiram se manter estruturalmente com as concorrências já hegemônicas no mercado relativos ao forte desemprego crescente.

Lembramos que em termos simples se um possuidor de meios de produção e reprodução da vida material despende dinheiro para sua conversão em capital, o capitalista precisa especular suas projeções de lucro de acordo com um dado período de tempo até repor os custos tanto de seu capital constante (meios mortos de produção) quanto variável (capital humano).
Ele vai utilizar essa projeção base para comprar pacotes de ações na bolsa com plataformas medias de aplicações e mesclam esses pacotes de ações com as suas, assim revendendo suas ações no mercado financeiro, mas com maior valorização... Assim se a especulação inicial se cumprir devido a variados fatores com ações valorizadas, o capitalista terá um valor de mercado excede na qual ele pode amplificar seu espaço de ações de modo secundário para a compra de novos pacotes, assim valorizando seu capital. As bolsas de valores do mundo inteiro registrarão maiores movimentos amplificando os riscos.
Eu demonstrei agora o método simples de atuação capitalista na qual observamos que o método produtivo se secundarizou comparado ao método financeiro.
Dinheiro como mercadoria em troca de dinheiro.

Explicado isso vamos agora a uma nova fase desse texto, explicado aqui que as fábricas foram levadas ao suicídio pelo aumento das forças produtivas dadas pela fome do capital e a Financeirização do Capitalismo, vamos explicar agora as propensões de juros sobre os sistemas de crédito.
Antes de tal preciso explicar a meus caros leitores que o Neo Liberalismo foi amplamente difundido pelo mundo através da Ex primeira ministra do Reino Unido Margareth Thatcher e do Ex presidente dos EUA Ronald Regan como prerrogativa base de contenção de gastos governamentais assim supervalorizando as ações bancárias no mercado. Aqui só quero dar as claras que a maior parte do PIB dos países através de sua solidificação econômica produzida pelos impostos vai para movimentar suas economias financeirizadas através do enxugamento do caixa dos Bancos internacionais, produzindo títulos do tesouro que são revendidos de modo que haja liquidez nos sistemas financeiros.
Isso aleatoriamente porém fatalmente produz sucateamento dos serviços públicos, estimulando privatizações, reformas previdenciárias que agridem os trabalhadores e afins...
Porém focarei nisso em outro texto.
Voltando aqui ao nosso foco principal, como já dito o processo de aceleração das forças produtivas nas fábricas provocou demissões massivas na qual também devido a sucessivas crises desenvolvidas estruturalmente estimulou uma desindustrialização de maior ou menor intensidade dependendo dos regimentos sócio-estruturais de cada país.
Isso proporcionou aos sistemas bancários e suas linhas de crédito propensões de juros correspondentes a essas variações.
Por que ??? A resposta é bem simples, nos países aonde os subsídios a empresas fabris e o regime industrial ainda movimentam maior parte de suas atividades econômicas, aqui com destaque a China, Japão, Coréia do Sul, Alemanha, Algumas regiões da Califórnia, Texas, Vancouver, e afins fornecem ao operário condições estruturais de repor sua força de trabalho, assim as linhas de crédito para consumo nesses países se torna algo secundário, suas posições estruturais permitem normativas de pagamentos com maior seguridade.
Isso faz com que os juros sobre os sistemas  de crédito sejam relativamente baixos nessas regiões.
Lembrando que nos Estados Unidos como exemplo os juros se tornam autos a dívidas relacionadas a créditos universitários e a planos de saúde, e especulação imobiliária.
São setores onde as operações financeiras possuem maiores riscos, pois há maior valor agregado a insumos de manutenção tecnológica, materiais diversos de pesquisa e valorização especulativa de imóveis em zonas de atuação corporativa.
Já nos países aonde a desindustrialização foi mais severa na qual maior parte de suas economias são baseadas em meios primários a vida ou seja... Em meios de consumo base como petróleo, alimentos e meios de comércio, gaz natural, devido a tal regência sócio-economica como a maior parte do Planeta suas massas operarias foram empurradas a informalidade, portanto carregam condições estruturais de vida precarizadas não havendo condições estruturais de cumprirem as normativas bases de pagamento aos sistemas de crédito por sua vez, fazendo dos Juros a sistemas de crédito desses países a taxas abusivas.
Portanto os rendimentos lucrativos a sistemas de crédito de países com economias mais frágeis são bem mais expansivas do que os rendimentos a sistemas de crédito em países com economias mais estáveis.
Os países a esse exemplo se encaixam o Brasil, Bolívia, Angola, Indonésia, Argentina,Equador,Índia e até o Chile (que seria o "melhor" modelo Liberal) entra nessa.
Para finalizarmos aqui é bom ressaltar que no chamado capital fictício, ou seja no capital não advindo da produção os juros são o preço da mercadoria (dinheiro).
Um equivalente universal pelo dinheiro que se complementa com dinheiro. Prova que o Capitalismo está se auto corroendo !!! 



REINALDO CONCEIÇÃO DA SILVA/SP

Orgulho LGBT * Gilliam Mellane Moreira Ur Rehman - MA


ORGULHO LGBT: 
uma reflexão sobre o movimento enquanto fenômeno social pela igualdade

Gilliam Mellane Moreira Ur Rehman - MA

"Para refletirmos o movimento LGBT, antes devemos observar toda a sua construção histórica e o momento que ele se organiza como fenômeno de reivindicações sociais e políticas.
Com o fortalecimento da oposição ao regime militar, no final dos anos 70, a esquerda experimenta a liberalização política, reinvindicando a formação de um partido político dos trabalhadores com bases socialistas. O momento também abraça as pautas trazidas pelos movimentos feministas e negro(sexismo e racismo).

O direito dos homossexuais surge nos debates, para que sejam incorporados nas pautas de reivindicações democráticas, no entanto, os apelos por direitos ficaram diluídos junto às reivindicações de outros grupos(negros, índios, mulheres).

Nas duas últimas décadas, os movimentos de homossexuais e transgêneros surgiram com uma certa força, inspirados nas organizações sociais desses grupos, nos Estados Unidos. Esses movimentos empreendiam debates políticos sobre discriminação, sexualidade, participação social democráticas no aspecto político.

Por algum tempo, alas da esquerda entendiam que os movimentos de homossexualidade não deveriam ter credibilidade por serem um fenômeno originado na decadência da classe burguesa e que seria suprimido com o advento do socialismo.

Essa defesa cai no descrédito e o que vemos hoje, são lideranças de grandes partidos políticos de esquerda, a exemplo do PT, protagonizando guerras parlamentares para aprovar sanções contra a discriminação por orientação sexual e para garantir direitos oriundo da união entre pessoas do mesmo sexo.

Vale ressaltar, que os movimentos feministas, protagonizaram na esquerda, a impulsão desses debates por toda América Latina, discutindo pautas como violência doméstica, estupro e discriminações de gênero.
O final da década de 70 e as décadas de 80 e 90 foram cruciais para a consolidação do movimento LGBT aqui no Brasil, influenciado pela efervecência na América Latina e nos Estados Unidos, período marcado pela gradual abertura política no Brasil, que também favoreceu a consolidação de outros movimentos como o Movimento Negro Unificado e o movimento feminista.

As conquistas atuais do movimento LGBT se devem a toda movimentação na década de 70 por parte dos setores que reivindicavam direitos nas questões de gênero, discussão essa que sempre foi desencadeada na esquerda.
Em 1992, tivemos a discussão no Congresso, puxada pelas lideranças petistas, de uma legislação antidiscriminação.

A maior dificuldade da esquerda em abraçar o movimento LGBT na sua totalidade, se dá pela formação multiclassista desse grupo. Observando por um viés marxista, essa composição multiclassista poderia confrontar com os interesses na classe trabalhadora, reduzindo a atmosfera da luta de classes apenas ao econômico, desconsiderando os demais fatores que são inerentes às relações humanas como o desejo, o amor, o sexo. Ao desconsiderar esses aspectos, julgando que o sucesso de uma sociedade está unicamente realcionada a apropriação do poder, por uma classe, a esquerda marxista poderia recair no autoritarismo e na frieza capitalista que desconsidera a humanidade existente nos indivíduos.

Na atualidade, a esquerda abre-se para um outro viés, a de que, a classe trabalhadora deve ter sua esfera íntima defendida, deve ter seu lado que transcende à militância classista, resguardado também por direitos.
E como o movimento LGBT se apresenta hoje? A composição multiclassista, de fato traz o confronto para alguns diálogos. Atualmente a polarização política, reflete no movimento e evidencia esse multiclassismo. Muitos indivíduos homossexuais se perdem na trajetória histórica das conquistas de sua classe, por considerarem apenas a identificação com a casta a qual pertence.

O movimento se fragiliza e faz o jogo do sistema, a agora, do fascismo escancarado que se instaura dia após dia nesse país. Fica esquecido o real sentido da luta, da luta por direitos, por respeito, por aceitação, por espaço no mercado de trabalho, pela representatividade nos mais diversos campos. Não importa se negro ou branco, operário ou empresário, da comunidade ou “dos Jardins”. A homossexualidade é uma realidade entre nós e precisa resgatar entre seus indivíduos a unicidade da luta e considerar que foi no seio da esquerda, que as conquistas foram acontecendo."

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domingo, 28 de junho de 2020

FORA BOLSONARO VIRALIZA * Antonio Cabral Filho / Rj

FORA BOLSONARO VIRALIZA

Demos a partida. Agora, é só manter o ritmo. Precisamos elaborar um calendário de ATOS FORA BOLSONARO, de preferência mundial. Se possível, melhor, mas pelo menos nacional. Para isso nos colocamos ao dispor dos interessados, da militância, das forças políticas, das entidades da sociedade civil e das lideranças. Sejam todos bem vindos!!

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Brasília-DF
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CORONEL FABRICIANO-MG
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sábado, 27 de junho de 2020

O PDT afronta Brizola * Vivaldo Barbosa - Rj

O PDT AFRONTA BRIZOLA

(Ciro em confidências com Bolsonaro)


Vivaldo Barbosa - RJ


O PDT votar a favor da privatização da água é um escárnio e uma afronta a Brizola e ao trabalhismo. Assim como o foi quando seus parlamentares votaram a favor da reforma trabalhista e da reforma da Previdência Social.

Como a direção atual do PDT, Carlos Lupi à frente, seus parlamentares e seu líder maior, Ciro Gomes, não são trabalhistas nem defendem ou praticam os ideais de Brizola. Estão se lixando pelo o que o PDT já foi, uma tentativa de resgatar o trabalhismo e se inserir nas lutas sociais e nacionais do povo brasileiro. Lupi ascende à direção do PDT com a morte de Brizola, em um processo cabuloso, Brizola já em avançada idade, machucado com o que lhe fizeram Marcelo Alencar e Garotinho e a falta da devida consideração do PT ao alcançar o poder. Lupi faz um condomínio na direção do partido, enche o partido com figuras sem qualquer compromisso com o interesse público, distribui cargos de direções estaduais e municipais, as verbas do fundo partidário e eleitoral, legendas para candidaturas. Perpetua-se como dono do PDT, o partido torna-se sua propriedade, emprega familiares e sua turma. Procurou jogar para fora figuras autênticas e de lutas trabalhistas e brizolistas. Assume o Ministério do Trabalho e enxovalha o partido com escândalos de licenças sindicais, desvios de verbas de formação de mão de obra e outros.


E a privatização...


O PDT está a serviço do deslavado e ignóbil neoliberalismo do Paulo Guedes e dessa turma reacionária e fisiológica do Congresso e da política brasileira, apesar de contar com núcleos de resistência firmados nos ideais de Brizola e trabalhistas. Todos a serviço dos grupos econômicos, em especial do sistema financeiro. Não é correto e nem justo dizer que seus parlamentares traíram o partido e Brizola. Eles são o que são. Os Gomes sempre foram da Arena, da turma do Tasso Gereissati, do PSDB e seus vínculos atuais com o DEM. Nada a ver com Brizola ou o trabalhismo.


Certamente o LUPi e a direção vão dizer que não poderão fazer nada com esses parlamentares, pois prejudicarão o fundo partidário. Gostam muito de dinheiro. Assim como outros partidos igualmente deixaram de ser instrumentos da luta do povo brasileiro.

Mas a história está aí para registrar. Com tristeza, naturalmente. 


VIVALDO BARBOSA - RJ

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sexta-feira, 26 de junho de 2020

Carta em Defesa da Universidade Pública / Observatótio Proletários / BR

Carta em Defesa da Universidade Pública
gratuita e de qualidade para todos e todas, mesmo em tempo de pandemia 
Caros professores e professoras, estudantes, técnicos administrativos e educacionais, pais, mães, interessados em geral. 
Frente à necessidade emergencial de enfrentar o problema que a pandemia traz à educação pública, notamos que o encaminhamento dado de forma quase que hegemônica pelas instituições, quer da educação básica, quer no ensino superior, repousa em propostas de ensino remoto por meio da internet. Esta solução tem sido apresentada, via de regra, como a única possível e a mais correta. 
No entanto, estamos todos cientes de que o que se afigura não pode ser legitimamente chamado de “retomada dos processos escolares”, porque se trata, sobretudo, de algo radicalmente diverso do que, como docentes, fazíamos presencialmente. 
Além do problema mais evidente, imediato e sem solução das dificuldades de todos os estudantes acompanharem as atividades em meio aos riscos de adoecimento e morte, do aumento exponencial da contaminação registrados em números alarmantes no país, estão sendo sistematicamente ignoradas questões decisivas como a natureza do trabalho dos professores e do que está em jogo no processo de ensino e aprendizagem. 
Deflagrada a condição de excepcionalidade que gradativamente foi se tornando cotidiana, a máquina administrativa passou a emitir pareceres, resoluções e regulações oficiais em que se supõe perdurar uma certa “normalidade”, na qual estaríamos suficientemente saudáveis, esclarecidos, convencidos, equipados e preparados para retomar as atividades letivas de forma remota com força total para o cumprimento das cargas horárias, haja o que houver. E não é bem assim, sabemos. 
Os debates das grandes corporações especializadas em plataformas e tecnologias de ensino reforçam a ideia de que a adaptação ao novo ambiente tecnológico tornará o ensino mais eficaz e veloz e que a sala de aula presencial perderá sua importância histórica, uma vez que a educação, reduzida à aprendizagem, depende apenas de engajamento. De outra parte, educadores e estudantes estão entre paralisados e surpreendidos com a resposta única, a saber, o ensino remoto que tal cenário impôs e que parece revelar nossa dificuldade em articularmos coletivamente uma resposta à altura. 
Ainda que haja discussão nas instâncias decisórias, ela está centralmente direcionada ao debate sobre o cumprimento do ano letivo, desconsiderando o fato de que a pandemia tem agravado a condição socioeconômica e de saúde mental de grande parte das nossas comunidades. Outras possibilidades poderiam/deveriam ser consideradas, propiciando um debate para além das perspectivas em que se avalia individualmente a condição ou não de ter atividades não presenciais, em uma reflexão coletiva pautada no questionamento de medidas que excluem aqueles que não têm, por motivos diversos, condições para seguir o calendário letivo, neste momento de crise sanitária. 
Qualquer exame, mesmo que superficial, sobre o histórico das políticas públicas revela o avanço persistente de projetos tecnocráticos de negligência, de desmonte e de privatização dos bens públicos, que se acelera em meio a pandemia causada pelo coronavírus. As determinações de retomada do calendário letivo ocultam razões muito pouco educativas evidenciadas nas alegações e justificativas oficiais e institucionais. Haja vista que não há nenhum fundamento educacional para a adoção das atividades remotas como substitutas das presenciais, trata-se mais de cumprir calendários predeterminados, mesmo que isso signifique grandes perdas do ponto de vista formativo, com o que quase todos concordam. 
A materialidade tecnológica interfere e condiciona os aproveitamentos, na medida em que modifica a relação com o tempo, com o espaço instaurando outra ordem na percepção dos ambientes e das circunstâncias. A adoção de meios educacionais está diretamente ligada aos objetivos e processos educativos e, assim, atividades corriqueiras como assistir a uma aula, apresentar um seminário, pesquisar, escrever e ler livros e artigos ficam submetidos ao mesmo plano de experimentação, como se se tratasse apenas de variações de formas de apreensão de conteúdos acadêmicos. 
Sabemos que a experiência presencial que a aula comporta é insubstituível e ocupa um lugar fundamental no processo de formação; implica na apreensão em ato de uma reflexão que se constitui conjuntamente e cuja depuração e incorporação reorganizam o pensamento nascente do estudante. A natureza hesitante baseada na experimentação da reflexão proposta pelo professor no momento da aula revela os traços propriamente humanos da composição das ideias, ao contrário do texto acabado, seja para ser lido ou apresentado em forma de conferência que transmite uma ideia artificial do processo no qual o estudante está sendo iniciado. A aula instaura um ritmo e uma temporalidade próprios que convidam o estudante a participar de uma nova condição, distinta essencialmente das conversas, dos noticiários e das formas usuais de contato com os meios de comunicação. O modo de encadeamento e elaboração argumentativa solicitam um reordenamento da atenção, pedem engajamento de um modo que nenhum meio técnico poderia fazê-lo. Por isso, perdemos todos ao considerar que essa experiência tenha equivalente à altura em qualquer outro tipo de atividade. 
O tempo da educação, do ensino e do aprendizado é, radicalmente, contrário a qualquer tempo de emergência, de exceção. Escolas e universidades não sabem lidar com emergências sociais, sabem, quando muito, apropriar-se e transformar os dramas sociais em temas de estudo e de elaboração intelectual. Quando a orientação e concepção de políticas públicas esteve baseada em estudos acadêmicos? Isso não significa que esses estudos não tenham valor e alcance. Ao contrário, significa que são sistematicamente desprezados pelas autoridades. Por isso, pretender justificar que a volta às atividades letivas sejam fator de combate aos “danos estruturais e sociais para estudantes e famílias de baixa renda, como estresse familiar e aumento da violência doméstica” conforme consta no parecer do CNE 5/2020 representa desvio das funções sociais da educação e das instâncias que, verdadeiramente, deveriam ser responsabilizadas. 
Concordamos que não podemos nos afastar dos estudantes, que precisamos acompanhá-los, orientá-los, voltar a engajá-los nos processos formativos, e justamente pela responsabilidade que isso convoca precisamos ser cuidadosos nas decisões, inclusivos na formulação de propostas, democráticos nas discussões e flexíveis nos 
desenvolvimentos. Mas o modo como tem sido encaminhada a discussão faz parecer que só há duas escolhas: a adesão à educação por internet como correspondente às atividades acadêmicas regulares ou a simples recusa. Contudo, estão ausentes outras perguntas, para além da simples divisão entre os pró e contra ensino a distância: Como garantir o direito à educação sem exclusão? Qual passa a ser a função social da escola, da universidade e dos professores durante e após a pandemia? 
Se continuamos a reivindicar que trabalhamos por uma educação no sentido de garantir formação de qualidade para a cidadania, para a participação ativa na sociedade, para o desenvolvimento humano, para o exercício profissional com dignidade, para a defesa inegociável e democrática dos direitos humanos, para combater as desigualdades e as discriminações, não podemos ceder – muito menos sem crítica e oposição – aos imperativos imediatistas de medidas que nos parecem, sob muitos aspectos, criadas apenas para atingir critérios de desempenho e que impelem a um automatismo que nos distancia daquilo que propicia de fato uma oportunidade fecunda para a educação. 
A suspensão do calendário acadêmico poderia ser a oportunidade para refundarmos a relação entre ensino, pesquisa e extensão na universidade e inaugurarmos um espaço de ampla escuta, acolhimento e ação coletivos no sentido de aprofundarmos nosso conhecimento, análise e imaginação para um mundo pós pandemia. Ou será que tudo funcionava de forma excelente, antes da pandemia, restando-nos apenas garantir que tudo continue, em ritmo e frequência? 
Com as energias utópicas leigas tão em baixa, a esperança residual sobrevive somente pela determinação intelectual de manter-se na luta, um pouco por princípio, outro por responsabilidade, um tanto por honra, outro por costume, estudando, debatendo, intervindo, ainda que a derrota seja diariamente reeditada. Crer no processo que a luta instaura, manter-se engajado no que desencadeia, orientar-se pelos êxitos que a história registra, precaver-se contra as armadilhas do sistema, examinar criticamente as conformações que chamam presente, aprender a pensar duas vezes antes de ceder aos voluntarismos emergenciais, manter-se fiel aos princípios nos quais as pessoas são sempre mais importantes do que as coisas e os procedimentos. 
De algum modo, as utopias, mesmo aquelas que justificaram nossas escolhas profissionais pela educação, poderiam renascer, ainda que discretamente, desses apelos, e é o que parece nos restar como esperança residual no momento. Assim, estaríamos trabalhando na defesa e fortalecimento dos que mais precisam, de introduzir a juventude na tradição e, assim, de zelar pelo futuro. É o que defendemos, no que acreditamos e do que estamos convencidos. 
Alexandre Filordi de Carvalho – docente Unifesp Antonia Almeida Silva – docente UEFS Carmen Sylvia Vidigal Moraes – docente USP Carolina Cunha da Silva – docente Prefeitura Municipal de São Paulo Débora Cristina Goulart – docente Unifesp Denilson Soares Cordeiro – docente Unifesp Horacio Martin Ferber – UBA – docente Argentina 
Ingrid Aparecida Peixoto de Borba – discente Unifesp Joaci Pereira Furtado – docente UFF Luciene Maria da Silva- docente UNEB 
Lucimêre Rodrigues de Souza- docente UEFS Luiz Carlos Gonçalves de Almeida – docente APEOESP Márcia Aparecida Jacomini – docente Unifesp Marcos Natanael Faria Ribeiro – IFSP/ doutorando Unifesp Marian Ávila de Lima Dias – docente Unifesp Marieta Gouvêa Penna – docente Unifesp Otília Fiori Arantes – docente USP Paulo Arantes – docente USP Ricardo Casco – docente Universidade Ibirapuera Rosana Evangelista Cruz – docente UFPI Rosana Gemaque – docente ICED-UFPA Roseli Giordano – docente UFPA Sandy Lira Ximenes Lima – mestranda Unifesp Sandra da Cunha Cirillo – mestranda USP Sergio Stoco – docente Unifesp Simone Moreira de Moura – docente UEL Valdécio Silvério Bezerra – docente Unicid Valdelúcia Alves da Costa – docente UFF
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Manifesto Maranhense Pela Democracia / Observatório Proletários / BR

MANIFESTO MARANHENSE PELA DEMOCRACIA

 

Manifesto Maranhense de Artistas, Intelectuais e lideranças religiosas em defesa da Democracia e contra o fascismo

O Maranhão é a terra da liberdade. A palmeira indigenista, onde canta o sabiá convive com o guriatã, inspirador de matracas e pandeirões. A terra que gerou Negro Cosme, na extraordinária resistência dos balaios, também acalentou Maria Firmina e seu pioneirismo de mulher romancista e libertária.

O Maranhão é a terra da cultura que incorpora em sua expressão os pensares, os sentires e os fazeres de raças e etnias que, sem abrir mão de suas singularidades, souberam construir um Estado plural e encantador.

É este Maranhão que, consciente de seu papel frente à nacionalidade brasileira, vem aqui reafirmar seu compromisso com a democracia e dizer não ao protofascismo que ronda a realidade nacional.

O Maranhão se levantou contra a ditadura militar, instituída em 1964. Homens e mulheres se uniram para devolver ao País um Estado Democrático de Direito, que se expressou no pacto social que é a Constituição de 1988. Este pacto vem sendo rompido pelo governo Bolsonaro, que sonha com um golpe de Estado, e que, a cada dia, avança em suas provocações, demolindo o arcabouço democrático e retirando os direitos dos trabalhadores.

Tudo isso acontece no meio de uma pandemia que uniu brasileiras e brasileiros em defesa da vida e que tem como polo contrário o governo Bolsonaro, que aposta na morte.

A necessidade de nos unirmos para preservar a vida e a democracia como manifestação maior da própria existência humana se soma neste Manifesto que congrega todos aqueles e aquelas que tem a democracia como um bem maior da vida e da soberania nacional. Assim, a substituição do governo Bolsonaro torna-se um imperativo.

Por estas e outras razões, o Maranhão novamente se levanta com seus tambores e zabumbas, dá seu grito de unidade e rebeldia contra o protofascismo, pela vida e pela democracia.

ASSINAM: seguem 350 assinaturas.

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A Palestina é Nossa Causa * Jeanderson Mafra/MA

A PALESTINA É A NOSSA CAUSA

"A nossa liberdade jamais será plena 

sem a liberdade do povo palestino"



(Nelson Mandela)



Em janeiro deste fatídico 2020, uma proposta imoral e desumana foi lançada pelos sionistas e seus aliados estadunidenses contra o povo palestino. Reuniram-se Trump e Netanyahu, dois presidentes do eixo fascista e, não por acaso, "amigos" de Bolsonaro, para decidir o que afirmaram ser o "Acordo do século" à paz palestino-israelense. Uma "paz" e "acordo" já nulos em seu nascedouro e que podem ser traduzidas muito bem por "Tragédia do século", intensificando ainda mais a "questão Palestina" e a limpeza étnica de seu povo, em curso desde 1948 com o massacre e a expulsão de cerca de 1 milhão de palestinos de suas terras no que ficou registrado na História como "Al  Nakba", ou a "catástrofe"  palestina.

No tão aclamado acordo de Trump e Netanyahu, simplesmente não havia  a presença de representantes da  Palestina e, portanto, foi  um não-acordo.

Tratou-se flagrantemente de mais uma manobra imperialista-sionista para  terminar o roubo, sempre em curso, da Palestina histórica, alienando-a de seu povo com vistas a concretizar o "sonho sionista" de uma "grande Israel". E isso após a mídia mundial anunciar a anexação por Israel de mais territórios da Cisjordânia, num evidente ato de desobediência do Direito Internacional e demonstrando como de costume a contínua prática de crimes de lesa-humanidade do Estado Etnocrático de Israel, condenado em várias resoluções da ONU por sua política de apartheid e extermínio palestino.



Vale ressaltar que nesta luta em defesa dos direitos do povo autóctone palestino, muitas vozes do próprio enclave sionista se fizeram ecoar. Dentre acadêmicos e doutores, figuram sempre os professores israelenses Illan Pappe e Shlomo Sand, expulsos da "única democracia" do Oriente Médio por denunciarem a ilegitimidade da entidade sionista e a limpeza étnica da Palestina perpetrados por aquela base do imperialismo ocidental contra o povo árabe-palestino e todo o Oriente Médio. Há também a coragem e dissidência de soldados israelenses do grupo "Breaking The Silence"  que resolveram,  literalmente, quebrar o silêncio e denunciar os desmandos de Israel e seus crimes contra a humanidade; as torturas, execuções sumárias e chacinas que o Estado Sionista pratica contra crianças, mulheres e homens numa área ínfima de terra, reconhecida como um dos maiores campos de concentração a céu aberto do mundo, a Faixa de Gaza.

O povo palestino não possui Exército, Marinha ou Aeronáutica. Seu único aeroporto foi destruído em 2006 pelos israelenses e, diariamente, a vida desse povo - que resiste bravamente de sol a sol, tendo o legítimo direito de defender-se e à sua terra - é sabotada pelo terrorismo sionista.

Mais uma vez a solidariedade Internacional deve se fazer ecoar, mais uma vez a Palestina está ameaçada por uma política nefanda que agora tenta roubar 30% da Cisjordânia e desabrigar milhares de palestinos de sua pátria histórica.



Brecht disse que a cadela do fascismo está sempre no cio e é do sionismo que ela sempre tem recebido os melhores louros diariamente. Mas onde houver humanistas, haverá  quem se importa, quem lute pelo direito e dignidade do outro, como se fosse a sua própria causa, pois trata-se do futuro de nossa humanidade em qualquer lugar.

Do sionismo - a mais nova colonização de nosso século - é preciso salvar não só a Palestina, mas o mundo inteiro.

#PalestinaLivre🇵🇸

Jeanderson Mafra/MA

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CONSCIÊNCIA DE CLASSE * Valdi Gonçalves Pinto - PA

CONSCIÊNCIA DE CLASSE:
O QUE DEVEMOS FAZER PARA QUE VOLTE A SER CONSTRUÍDA A CONSCIÊNCIA DE CLASSE DOS TRABALHADORES

A principal e mais atual ou moderna estratégia de dominação de classe da burguesia, está estruturada no desarme ideológico dos dominados, que para serem o que são é necessário que não tenham qualquer perspectiva de desenvolvimento da sua consciência de classe, condição essa que, por sua vez e para tal, só é possível ocorrer se existir um projeto ideológico de sociedade alternativo a sociedade vigente, para que assim os trabalhadores possam acreditarem ou terem a esperança de que poderiam viver em um mundo melhor, só possível de ser construído por meio da emancipação social deles próprios, o que consequentemente acarretaria na abolição da sociedade de classe e opressora atual.

Por isso projetos de sociedades opressoras e/ou fracassados são postos insistentemente como única alternativa possível ao capital, ao mesmo tempo que o socialismo é associado aos regimes burocráticos do leste europeu que nem de longe poderiam serem considerados democracias operárias socialistas, coisa que o movimento de massas nem sequer imagina que existiu. Mas essa associação à tudo que seja negativo, não é feita apenas aos ex-estados burocráticos do Leste Europeu, (entendidos e difundidos incorretamente como exemplos e modelos de socialismo), mesmo porque nem sequer existem mais, o que dificulta a que essa associação produza o efeito que pretendem.

 ALIENAÇÃO CONTRA A CLASSE TRABALHADORA

Assim, qualquer movimento político ou governo defendido pelo setor mais organizado da classe trabalhadora como inclusive governos pró-capitalistas minimamente reformistas, como os petistas no Brasil e os chavistas na Venezuela, são boicotados pelos grandes grupos capitalistas e pelo imperialismo para serem vistos como projetos fracassados e incapazes de funcionar, por serem vistos como socializantes, mesmo quando na verdade são estratégias de conciliação de classes para garantir a existência do capitalismo por meio de esmolas da classe dominante. O importante para eles é a desconstrução dos movimentos sociais e de qualquer forma de luta que inspire a auto-organização progressiva da classe trabalhadora.

Assim é necessário que deixemos claro que todos os movimentos sociais e organizações da esquerda, são representações dos diferentes níveis de consciência da classe trabalhadora e que para o mesmo avançar e para essas organizações de fato serem as representações políticas da classe trabalhadora, é necessário que seja difundido pelas mesmas uma saída ou uma resposta ideológica de classe radicalmente alternativa ao capital e que seja capaz de se tornar a única esperança da classe, capaz de erradicar definitivamente o capital, sem nenhuma possibilidade de degeneração, como já ocorreu no passado e por essa razão passou a ser negado pela classe como uma fonte geradora de esperança. Só assim a consciência de classe poderá ressurgir entre os trabalhadores.


Valdi Gonçalves Pinto - PA
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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Observações Em Tempo de Pandemia * Pedro Cesar Batista / DF

Observações Em Tempo de Pandemia


Pedro César Batista

1 – A burguesia se aproveita da situação para aumentar a exploração, obriga a classe trabalhadora a produzir enquanto segue em segurança, preserva e aumenta a acumulação de riquezas, define políticas e aplica sua habitual crueldade e sadismo contra as classes empobrecidas.

2 – As classes trabalhadoras não têm uma direção política capaz de apontar um caminho para a ruptura e superar a situação, organizar o enfrentamento durante a pandemia, verdadeira guerra, em que a grande maioria dos abatidos é formada por pobres.

3 – A intelectualidade de esquerda cada vez mais se distancia da realidade, afasta-se das lutas reais, desanima o enfrentamento, nega a revolução e cumpre o papel de força auxiliar da burguesia ao não incentivar a organização, unidade e o combate, abstraindo-se em análises estéreis e alheias a grande massa.

4 – A pandemia avança, eliminando parte significativa da classe trabalhadora, com as organizações populares atuando em uma perspectiva cristã da solidariedade – o que é útil nestes tempos, sem animar a luta revolucionária, possibilitando que os setores reacionários atuem livremente e sozinhos entre as camadas empobrecidas em templos nada cristãos.

5 – O nível de oportunismo e carreirismo predominante entre quem se diz ligado ao povo e as suas lutas, preocupados apenas em preservar seu micro poder, altos salários, bons cargos e seus privilégios.

6 – Lê-se e se ouve muitos discursos em nome da revolução, da busca de justiça, da igualdade, sem nada de concreto se fazer para organizar esta ação, sem atuar nem mesmo para unir quem faz o mesmo discurso, apenas se deseja satisfazer prazeres individuais, no máximo de seus grupos e correntes, enquanto a burguesia segue com seus pastores, milicianos e soldados alimentando a morte e a desesperança.

7 – É necessário buscar a organização e unidade nas ações contra a pandemia, a milícia e os fascistas, forjar o amanhã, mesmo no tempo atual, criar as condições para derrotar a classe dominante, os donos das terras, dos bancos, das redes de comunicação e que controlam o poder, construindo a luta revolucionária, o fim da exploração, da propriedade dos meios de produção, deste estado assassino reaprendendo a conspirar, indignar-se e fazer o bom combate.

8 – A solidão predominante precisa ser transformada em labaredas, acender a indignação, a consciência de classe, histórica e romper a letargia, a passividade, o medo, o oportunismo e a ignorância, o que é possível com uma direção revolucionária, que nascerá da unidade de todas as forças que se auto afirmam defender uma sociedade igualitária e justa nas lutas diárias e cotidianas.

9 – A locomotiva da história segue em alta velocidade, sem nada para detê-la, é preciso assumir o comando e dar a direção que os tempos atuais exigem de quem se auto denomina revolucionário.