Órgão Oficial da Liga Marxista Internacional. Direção editorial: Roberto Bergoci. Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, o brasileiro.
terça-feira, 30 de junho de 2020
segunda-feira, 29 de junho de 2020
Financeirização: Sistemas de Crédito e Juros * Reinaldo Conceição da Silva / SP
- Mas aqui temos uma alusão ao livro de Karl Marx, O Capital volume 1 na qual ele enfatiza, e também enfatizarei a questão da mais valia em sua forma relativa que divide a jornada de trabalho em trabalho necessário (remunerado) e mais trabalho (não remunerado) pelo processo de produção que se potencializa com a tecnologia e a maquinaria.
Orgulho LGBT * Gilliam Mellane Moreira Ur Rehman - MA
domingo, 28 de junho de 2020
FORA BOLSONARO VIRALIZA * Antonio Cabral Filho / Rj
sábado, 27 de junho de 2020
O PDT afronta Brizola * Vivaldo Barbosa - Rj
O PDT AFRONTA BRIZOLA
Vivaldo Barbosa - RJ
O PDT votar a favor da privatização da água é um escárnio e uma afronta a Brizola e ao trabalhismo. Assim como o foi quando seus parlamentares votaram a favor da reforma trabalhista e da reforma da Previdência Social.
Como a direção atual do PDT, Carlos Lupi à frente, seus parlamentares e seu líder maior, Ciro Gomes, não são trabalhistas nem defendem ou praticam os ideais de Brizola. Estão se lixando pelo o que o PDT já foi, uma tentativa de resgatar o trabalhismo e se inserir nas lutas sociais e nacionais do povo brasileiro. Lupi ascende à direção do PDT com a morte de Brizola, em um processo cabuloso, Brizola já em avançada idade, machucado com o que lhe fizeram Marcelo Alencar e Garotinho e a falta da devida consideração do PT ao alcançar o poder. Lupi faz um condomínio na direção do partido, enche o partido com figuras sem qualquer compromisso com o interesse público, distribui cargos de direções estaduais e municipais, as verbas do fundo partidário e eleitoral, legendas para candidaturas. Perpetua-se como dono do PDT, o partido torna-se sua propriedade, emprega familiares e sua turma. Procurou jogar para fora figuras autênticas e de lutas trabalhistas e brizolistas. Assume o Ministério do Trabalho e enxovalha o partido com escândalos de licenças sindicais, desvios de verbas de formação de mão de obra e outros.
E a privatização...
O PDT está a serviço do deslavado e ignóbil neoliberalismo do Paulo Guedes e dessa turma reacionária e fisiológica do Congresso e da política brasileira, apesar de contar com núcleos de resistência firmados nos ideais de Brizola e trabalhistas. Todos a serviço dos grupos econômicos, em especial do sistema financeiro. Não é correto e nem justo dizer que seus parlamentares traíram o partido e Brizola. Eles são o que são. Os Gomes sempre foram da Arena, da turma do Tasso Gereissati, do PSDB e seus vínculos atuais com o DEM. Nada a ver com Brizola ou o trabalhismo.
Certamente o LUPi e a direção vão dizer que não poderão fazer nada com esses parlamentares, pois prejudicarão o fundo partidário. Gostam muito de dinheiro. Assim como outros partidos igualmente deixaram de ser instrumentos da luta do povo brasileiro.
Mas a história está aí para registrar. Com tristeza, naturalmente.
VIVALDO BARBOSA - RJ
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sexta-feira, 26 de junho de 2020
Carta em Defesa da Universidade Pública / Observatótio Proletários / BR
Manifesto Maranhense Pela Democracia / Observatório Proletários / BR
MANIFESTO MARANHENSE PELA DEMOCRACIA
Manifesto Maranhense de Artistas,
Intelectuais e lideranças religiosas em defesa da Democracia e contra o
fascismo
O
Maranhão é a terra da liberdade. A palmeira indigenista, onde canta o sabiá
convive com o guriatã, inspirador de matracas e pandeirões. A terra que gerou
Negro Cosme, na extraordinária resistência dos balaios, também acalentou Maria
Firmina e seu pioneirismo de mulher romancista e libertária.
O
Maranhão é a terra da cultura que incorpora em sua expressão os pensares, os
sentires e os fazeres de raças e etnias que, sem abrir mão de suas
singularidades, souberam construir um Estado plural e encantador.
É
este Maranhão que, consciente de seu papel frente à nacionalidade brasileira,
vem aqui reafirmar seu compromisso com a democracia e dizer não ao
protofascismo que ronda a realidade nacional.
O
Maranhão se levantou contra a ditadura militar, instituída em 1964. Homens e
mulheres se uniram para devolver ao País um Estado Democrático de Direito, que
se expressou no pacto social que é a Constituição de 1988. Este pacto vem sendo
rompido pelo governo Bolsonaro, que sonha com um golpe de Estado, e que, a cada
dia, avança em suas provocações, demolindo o arcabouço democrático e retirando
os direitos dos trabalhadores.
Tudo
isso acontece no meio de uma pandemia que uniu brasileiras e brasileiros em
defesa da vida e que tem como polo contrário o governo Bolsonaro, que aposta na
morte.
A
necessidade de nos unirmos para preservar a vida e a democracia como
manifestação maior da própria existência humana se soma neste Manifesto que
congrega todos aqueles e aquelas que tem a democracia como um bem maior da vida
e da soberania nacional. Assim, a substituição do governo Bolsonaro torna-se um
imperativo.
Por
estas e outras razões, o Maranhão novamente se levanta com seus tambores e
zabumbas, dá seu grito de unidade e rebeldia contra o protofascismo, pela vida
e pela democracia.
ASSINAM: seguem 350 assinaturas.
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A Palestina é Nossa Causa * Jeanderson Mafra/MA
A PALESTINA É A NOSSA CAUSA
"A nossa liberdade jamais será plena
sem a liberdade do povo palestino"
(Nelson Mandela)
Em janeiro deste fatídico 2020, uma proposta imoral e desumana foi lançada pelos sionistas e seus aliados estadunidenses contra o povo palestino. Reuniram-se Trump e Netanyahu, dois presidentes do eixo fascista e, não por acaso, "amigos" de Bolsonaro, para decidir o que afirmaram ser o "Acordo do século" à paz palestino-israelense. Uma "paz" e "acordo" já nulos em seu nascedouro e que podem ser traduzidas muito bem por "Tragédia do século", intensificando ainda mais a "questão Palestina" e a limpeza étnica de seu povo, em curso desde 1948 com o massacre e a expulsão de cerca de 1 milhão de palestinos de suas terras no que ficou registrado na História como "Al Nakba", ou a "catástrofe" palestina.
No tão aclamado
acordo de Trump e Netanyahu, simplesmente não havia a presença de
representantes da Palestina e, portanto, foi um não-acordo.
Tratou-se flagrantemente de mais uma manobra imperialista-sionista para terminar o roubo, sempre em curso, da Palestina histórica, alienando-a de seu povo com vistas a concretizar o "sonho sionista" de uma "grande Israel". E isso após a mídia mundial anunciar a anexação por Israel de mais territórios da Cisjordânia, num evidente ato de desobediência do Direito Internacional e demonstrando como de costume a contínua prática de crimes de lesa-humanidade do Estado Etnocrático de Israel, condenado em várias resoluções da ONU por sua política de apartheid e extermínio palestino.
Vale ressaltar que nesta luta em defesa dos direitos do povo autóctone palestino, muitas vozes do próprio enclave sionista se fizeram ecoar. Dentre acadêmicos e doutores, figuram sempre os professores israelenses Illan Pappe e Shlomo Sand, expulsos da "única democracia" do Oriente Médio por denunciarem a ilegitimidade da entidade sionista e a limpeza étnica da Palestina perpetrados por aquela base do imperialismo ocidental contra o povo árabe-palestino e todo o Oriente Médio. Há também a coragem e dissidência de soldados israelenses do grupo "Breaking The Silence" que resolveram, literalmente, quebrar o silêncio e denunciar os desmandos de Israel e seus crimes contra a humanidade; as torturas, execuções sumárias e chacinas que o Estado Sionista pratica contra crianças, mulheres e homens numa área ínfima de terra, reconhecida como um dos maiores campos de concentração a céu aberto do mundo, a Faixa de Gaza.
O povo palestino não possui Exército, Marinha ou Aeronáutica. Seu único aeroporto foi destruído em 2006 pelos israelenses e, diariamente, a vida desse povo - que resiste bravamente de sol a sol, tendo o legítimo direito de defender-se e à sua terra - é sabotada pelo terrorismo sionista.
Mais uma vez a
solidariedade Internacional deve se fazer ecoar, mais uma vez a Palestina está
ameaçada por uma política nefanda que agora tenta roubar 30% da Cisjordânia e
desabrigar milhares de palestinos de sua pátria histórica.
Brecht disse que a cadela do fascismo está sempre no cio e é do sionismo que ela sempre tem recebido os melhores louros diariamente. Mas onde houver humanistas, haverá quem se importa, quem lute pelo direito e dignidade do outro, como se fosse a sua própria causa, pois trata-se do futuro de nossa humanidade em qualquer lugar.
Do sionismo - a mais nova colonização de nosso século - é preciso salvar não só a Palestina, mas o mundo inteiro.
#PalestinaLivre🇵🇸
Jeanderson
Mafra/MA
CONSCIÊNCIA DE CLASSE * Valdi Gonçalves Pinto - PA
quinta-feira, 25 de junho de 2020
Observações Em Tempo de Pandemia * Pedro Cesar Batista / DF
Pedro César Batista
1 – A burguesia se aproveita da situação para aumentar a exploração, obriga a classe trabalhadora a produzir enquanto segue em segurança, preserva e aumenta a acumulação de riquezas, define políticas e aplica sua habitual crueldade e sadismo contra as classes empobrecidas.
2 – As classes trabalhadoras não têm uma direção política capaz de apontar um caminho para a ruptura e superar a situação, organizar o enfrentamento durante a pandemia, verdadeira guerra, em que a grande maioria dos abatidos é formada por pobres.
3 – A intelectualidade de esquerda cada vez mais se distancia da realidade, afasta-se das lutas reais, desanima o enfrentamento, nega a revolução e cumpre o papel de força auxiliar da burguesia ao não incentivar a organização, unidade e o combate, abstraindo-se em análises estéreis e alheias a grande massa.
4 – A pandemia avança, eliminando parte significativa da classe trabalhadora, com as organizações populares atuando em uma perspectiva cristã da solidariedade – o que é útil nestes tempos, sem animar a luta revolucionária, possibilitando que os setores reacionários atuem livremente e sozinhos entre as camadas empobrecidas em templos nada cristãos.
5 – O nível de oportunismo e carreirismo predominante entre quem se diz ligado ao povo e as suas lutas, preocupados apenas em preservar seu micro poder, altos salários, bons cargos e seus privilégios.
6 – Lê-se e se ouve muitos discursos em nome da revolução, da busca de justiça, da igualdade, sem nada de concreto se fazer para organizar esta ação, sem atuar nem mesmo para unir quem faz o mesmo discurso, apenas se deseja satisfazer prazeres individuais, no máximo de seus grupos e correntes, enquanto a burguesia segue com seus pastores, milicianos e soldados alimentando a morte e a desesperança.
7 – É necessário buscar a organização e unidade nas ações contra a pandemia, a milícia e os fascistas, forjar o amanhã, mesmo no tempo atual, criar as condições para derrotar a classe dominante, os donos das terras, dos bancos, das redes de comunicação e que controlam o poder, construindo a luta revolucionária, o fim da exploração, da propriedade dos meios de produção, deste estado assassino reaprendendo a conspirar, indignar-se e fazer o bom combate.
8 – A solidão predominante precisa ser transformada em labaredas, acender a indignação, a consciência de classe, histórica e romper a letargia, a passividade, o medo, o oportunismo e a ignorância, o que é possível com uma direção revolucionária, que nascerá da unidade de todas as forças que se auto afirmam defender uma sociedade igualitária e justa nas lutas diárias e cotidianas.
9 – A locomotiva da história segue em alta velocidade, sem nada para detê-la, é preciso assumir o comando e dar a direção que os tempos atuais exigem de quem se auto denomina revolucionário.