terça-feira, 31 de março de 2020

Por uma Frente Nacional de Mobilização da Classe Trabalhadora * ( Antonio Cabral Filho - RJ)

Por uma Frente Nacional de Mobilização da Classe Trabalhadora
FNMT
Diante do agravamento da crise capitalista: um sério chamado por uma Frente Nacional de Mobilizações dos trabalhadores

1- A crise geral do capitalismo se acentua. A pandemia global do novo coronavírus que já matou dezenas de milhares de pessoas pelo mundo, foi o elemento de "estalo" para a derrocada da economia capitalista, que já estava em profunda crise de acumulação e superprodução em todo o Globo. O agravamento da crise econômica potencializada pela pandemia viral, se alastra pelo mundo, intensificando o colapso dos serviços de saúde pública, deixando um rastro de caos e desastre sanitário e aumento radical do desemprego, falências, miséria, fome, etc;
2- O capitalismo mundial entrou num período de decadência generalizada agigantando o desemprego estrutural, devido aos efeitos da terceira revolução industrial, resultando numa situação de barbárie social extremada. Se uma ordem social agrava cada vez mais as contradições entre as forças produtivas por ela engendradas e as relações de produção, excluindo cada vez mais seres humanos, constitui sério indício de que ela encontrou seus limites como modo de produção e de vida;
3- No Brasil a burguesia vive um impasse: diante do recrudescimento da crise, tem se acirrado as disputas inter-burguesas que se expressa na "guerra" entre todas as instituições do Estado capitalista, inclusive no interior das Forças Armadas. O presidente proto-fascista Jair Bolsonaro está cada vez mais isolado pelas classes dirigentes, que buscam no país uma saída de tipo bonapartista-policial, ou abertamente fascista para dar conta da crise do regime político;
4- O grande capital está jogando sobre os ombros das massas trabalhadoras o peso do declínio capitalista. Diante da iminência de um colapso da sociedade brasileira, Bolsonaro e seu ministro da economia Paulo Guedes mantém intocados os princípios da austeridade neoliberal, recusam-se investir pesadamente na preservação da vida dos trabalhadores e suas famílias, privilegiam os bancos e grandes magnatas, enquanto as massas estão sob o risco da mortandade e da fome;
5- A conjuntura grave exige uma resposta dos explorados. A classe trabalhadora brasileira não pode tolerar passivamente os efeitos da crise criada pelos próprios capitalistas, sob pena de decomposição em suas fileiras. Não podemos e não vamos aceitar nos tornarmos párias e "mendigos" de salário. Trata-se da classe criadora de toda a riqueza e única capaz de levar adiante a emancipação de todos os explorados e oprimidos pela barbárie capitalista;
6- Na atual etapa, as organizações operárias e populares, encontram-se relativamente paralisadas ou fragmentadas, sem condições de ter protagonismo diante da catastrófica situação;
7- Diante da gravidade do momento, fazemos um sério chamado a todas as organizações de luta da classe trabalhadora e do povo brasileiro, visando contribuirmos para a articulação de uma Frente Nacional de Lutas contra o governo genocida de Bolsonaro e o projeto escravista que ele representa contra a classe trabalhadora. É preciso darmos um firme passo para estabelecermos de fato uma Frente Nacional de Mobilizações que ponha abaixo o regime burguês decadente, que somente tem a oferecer mais miséria e morte ao povo brasileiro.
Chamamos a CUT e as demais centrais sindicais, sindicatos de base, MST, FNL, LCP, MTST, UNE, associações de bairros, movimentos de favela, etc., a batalharmos para organizar uma Conferência nacional nas próximas semanas se as condições sanitárias permitirem, visando deliberarmos um plano de ação urgente dos trabalhadores;

Apresentamos às organizações operárias e populares, bem como ao conjunto do povo trabalhador, algumas propostas programáticas, tendo como eixo os interesses de nosso povo para o enfrentamento da crise capitalista:
* Diante do desemprego estrutural, propomos a redução imediata da jornada de trabalho para 35 horas semanais, sem redução salarial;
* Não ao pagamento da dívida pública, que seus recursos sejam imediatamente alocados no aparelhamento geral do SUS e num grande projeto de obras públicas e habitação popular;
* Não podemos tolerar o parasitismo cínico e improdutivo dos grandes bancos privados, que concentram a maior parte da renda Nacional. Defendemos a estatização do sistema financeiro sob controle dos trabalhadores e um programa de crédito facilitado aos pequenos produtores;
* Revogação sem indenização de todas as privatizações, das contrarreformas previdenciárias, trabalhistas e pelo cancelamento da Emenda Constitucional 95 (do teto dos gastos);
*Proibição de demissão aos trabalhadores empregados, ocupar as empresas que demitirem;
*Criação de uma renda mensal para todos os desempregados e trabalhadores autônomos, ancorado na média salarial vigente no país;
* Congelamento dos preços dos alimentos e insumos básicos de consumo dos trabalhadores;
*Cancelamentos das cobranças dos serviços de água, energia elétrica e boletos bancários;
*Construção da greve geral, como instrumento para acumular a força necessária ao enfrentamento com a burguesia e o sistema capitalista;
* Desapropriação de todos os latifúndios, com a realização da reforma agrária e o assentamento de todas as famílias que lutam por terra, assegurando o financiamento, estrutura e a segurança adequadas aos assentados;
* Fortalecer a luta anti-imperialista e internacionalismo proletário, exigindo o fim imediato dos bloqueios econômicos a Cuba, Venezuela, irá, Síria e concedendo o apoio devido aos povos palestino e saharui pelas suas libertações e a soberania sobre seus territórios;
* Defesa do socialismo, única forma de assegurar a soberania dos povos, paz mundial e a plena dignidade humana.

Abaixo o governo Bolsonaro, Mourão e todos os seus ministros burgueses!
Criar já os comitês de emergência e autodefesa nos locais de trabalho e moradia!
Por uma Frente Nacional de Mobilizações!
Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo!

‎Por uma Frente Nacional de Mobilização da Classe Trabalhadora

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A SAÚDE E A CORRUPÇÃO EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS * Crispiniano Neto - RN

A SAÚDE E A CORRUPÇÃO EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS
A corrupção não é somente a ação nefasta dos políticos aboletados em cargos administrativos. A corrupção é um campo vasto no Brasil e no mundo e se expressa das mais variadas formas, inclusive no meio popular, atingindo desde as camadas mais humildes da população aos maiores bilionários, onde, aliás o índice de corrupção é infinitamente maior. 
Neste particular, não existe amor à vida nem à saúde de ninguém, quando se trata de ganhar um tostão a mais. Principalmente, uns bilhões além das necessidades dos que já são muito ricos... Mas não é só aqui. É, como diria a expressão papal: Urbi et Orbi...
Quem não lembra a grave fabricação de remédios de farinha de trigo durante uma epidemia no Brasil, que, se não me engano, era de febre amarela, há coisa de dez anos. O mesmo aconteceu com o Microvlar, anticoncepcional do laboratório Schering, que era um lote destinado a pesquisas como placebo, mas que acabaram nas prateleiras das farmácias.
Quem não lembra a Máfia dos Órgãos, em que um médico, que era também deputado em Minas Gerais, liderava uma organização criminosa que matava pacientes e lhes roubava os órgãos para vender. Não faz tanto tempo. Coisa de cinco anos, no máximo.
O ministro Luiz Henrique Mandetta, que até vinha se saindo bem à frente da guerra contra o coronavírus, comprou medicamentos com 67% de sobrepreço, sem licitação e, não por acaso, a um fornecedor que era justamente um patrocinador da sua última campanha de deputado federal. Depois disso perdeu a moral e o presidente ensandecido, Jair Bolsonaro montou no seu cangote, transformando-o e Pau-Mandetta.
Acabo de ouvir na Bandnews que ladrões aproveitaram quarentena na Holanda para roubar quadro de Van Gogh. Em Mossoró ouvi notícias de que estavam assaltando farmácias. Vale salientar que as polícias estão trabalhando com carga redobrada tanto quanto os servidores da saúde.
Adelaide Carraro, no seu livro “Eu e o governador”, tem a sua personagem, que narra a trama em primeira pessoa, internada em um Sanatório para curar uma tuberculose. Ela descobre lá dentro que os doentes, assustados com a possibilidade de saírem dali onde têm “médico, enfermeiro, remédios, casa, comida, banheiro cama e roupa lavada”, ficavam apavorados quando o exame mensal do escarro começava a rarear a presença do Mycobacterium tuberculosis (MTB) ou Bacilo de Koch. Isso gerou um comércio cruel de escarro de doentes, para que os exames não dessem negativos, porque ir para fora do sanatório significava ser rejeitado pela família não ser aceito em nenhum emprego e acabar jogado na sarjeta das ruas frias do Estado de São Paulo. Sair da internação era quase uma sentença de morte. De todas as minhas pesquisas sobre corrupção foi este o fato que mais me chocou, porque o livro é de ficção, mas com certeza é baseado em alguns fatos reais.
Agora aprendi também que durante a febre amarela, no Rio de Janeiro, o Dr. Oswaldo Cruz orientou o governo a comprar ratos mortos, por serem eles vetores do micróbio, sendo esta uma forma de cortar a trajetória da transmissão. E o que se viu foi proliferarem criatórios de ratos no Rio de Janeiro. A vida média de um camundongo é de cerca de 1 ano. A partir do 3º mês de vida já podem procriar, sendo que o tempo de gestação é, em média, de 19 a 22 dias e o número de filhotes por cria é de 5 a 12, na dependência da oferta de alimento e abrigo. Criar rato para vender ao governo virou um excelente “negócio”.
Agora mesmo estamos vendo comerciantes vendendo álcool em gel, cujo preço em tempos normais seria de 3 a 5 reais, a 40, 50 e até 90 reais. 
Os bancos estão aumentando os juros, as taxas e o valor dos seguros, além de diminuírem os prazos de carência. E vez de darem um pouquinho do muito que ganham, crescem os olhos e querem ganhar muito mais e muito desonestamente que a eterna ganância que já fez deles tão ricos quanto os ricos dos países mais ricos do mundo, enquanto há uma imensa legião de brasileiros que são tão pobres quanto os pobres mais pobres dos países mais pobres do mundo. Ou como resumiu Lula em discurso no início do PT: “São podres de ricos às custas dos milhões que são podres de pobres...”
O advogado-geral da União, André Mendonça, disse que 60% dos casos de corrupção no Brasil, segundo o TCU - Tribunal de Contas da União, estão ligados às áreas da saúde e educação. A declaração foi feita durante o I Seminário Nacional sobre Corrupção e Direitos Humanos. Mendonça disse que “quanto mais corrupto é um país, menor é seu IDH”. "
Como dizia Luiz Gonzaga, comparando a espécie humana ao jumento: “O jumento é bom, o homem é mau”.




CRISPINIANO NETO – Poeta, escritor e secretário de Cultura do Estado do Rio Grande do Norte.
Coluna Prosa & Verso do Jornal de Fato, de Mossoró-RN.

(Coluna Prosa & Verso de 31 de março de 2020 – Terça feira)
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Bolsonaro está virando suco * Crispiniano Neto - RN

Bolsonaro está virando suco...
O mandato continua, mas o governo acabou

A frase é do ator Bemvindo Siqueira: “O mandato continua, mas o governo acabou”, mas já pode ser pronunciada por todos os brasileiros. Foi dita um dia depois do haitiano que disse cara a cara com a fera: “Bolsonaro acabou”. Também já se parafraseia a frase histórica dos parlamentaristas ingleses: “Reina, mas não governa”

O presidente brasileiro chama a atenção do mundo nesta crise do Coronavírus. Tem se comportado como um exemplo. Um péssimo exemplo. Um exemplo de tudo que não deve ser feito. Transmite insegurança para a nação por ele governada, transmite ódio para seus seguidores, politiza, ideologiza e partidariza uma luta que está acima dos partidos e das ideologias, das religiões e das torcidas. Age como irresponsável, criminoso, inconsequente. As medidas corretas que são tomadas pelo seu ministério acontecem praticamente contra a sua vontade. Chuta na canela dos governadores a cada minuto, somente em busca do “direito” de querer aparecer.

Arrogância, vaidade, mesquinharia. Déficit cognitivo, autismo político. Numa palavra: inépcia, que quer dizer: falta de inteligência, estupidez, imbecilidade, incapacidade, estultícia, estupidez.

Como bem disse um banner que roda na internet: “Não tem gel que limpe a mão que digitou 17”.

Como se dizia das saúvas no passado: “Ou o Brasil acaba com Bolsonaro ou Bolsonaro acaba com o Brasil.

O governo derreteu sob a égide do Gabinete do Ódio que funciona dentro do Palácio do Planalto e é dirigido por um vereador do Rio de Janeiro, que não por acaso é filho de Bolsonaro e que já açambarcou toda a política de comunicação do Governo. E o fez, não para comunicar, mas “trumbicar” o Brasil, como diria, o velho palhaço Chacrinha.

O governo derrete como em Caravana de Geraldo Azevedo, como “pedra de gelo ao sol”.

O ministério virou manteiga em frigideira. Por onde andará o hiperministro Paulo Guedes? Acuado em casa, infectado e infectante, ajoelhado ante a brutal derrota da sua política privatista ultraneoliberal. Robin Hood pelo avesso, de repente não mais que repente viu o mundo inteiro defender que tem que salvar os pobres para poder salvar a humanidade. Ajuste fiscal, Deus Mercado, encolhimento do Estado, Bolsas de valores regendo a vida, tudo, tudo sua usa antiga cantava desceu pelo ralo, por que um valor mais alto se alevantou. Um vírus se tornou mais poderoso que toda a máquina de guerra dos Estados Unidos, da OTAN e dos otários. As bolsas e valores se rasgaram, as montanhas de dólares dos bancos centrais e do FMI, viraram mero papel bordado. O mundo teve que se ajoelhar aos pés da ciência, dos programas sociais, da solidariedade, da Fraternidade, da caridade e da misericórdia como valor humano e já nem tanto como pregação religiosa. Guedes foi dormir Tigrão e acordou Tchutchuca, tendo que ouvir Armínio Fraga, Maílson da Nóbrega, Míriam Leitão, Carlos Sardenberg, todos os economistas e comentaristas econômicos destoando do seu discurso cretino de que tem que privatizar tudo. Privatizada foi a vida, em confinamento, nações engaioladas em seus apartamentos, metrópoles fechadas para um balanço diferente, que só contabiliza perdas e danos.

Continuemos nas Notas Curtas.

Notas Curtas

Paulo Guedes, o verme


Um vírus fez de Paulo Guedes um verme. Ou seja, o pôs no seu lugar na lata de lixo da História. A histeria coletiva que o transformou em um semideus, de repente exibiu seus pés de barro. Parou para dar lugar à inteligência, à racionalidade, à reflexão de que, como “O sábado foi feito o homem e não o homem para o sábado”, assim é com a economia, que existe para as pessoas e não as pessoas para a economia... Só lhe resta o caminho da renúncia antes que venha a derrubada do chefe que virou piada no mundo. E olha que, nunca, jamais, em tempo algum. a expressão “todo mundo” foi tão real como agora. Nada de figura de linguagem. Hoje quando se diz todo mundo, é todo mundo mesmo.

Moro, chovendo no molhado

Cadê o superministro Sérgio Moro? Acovardado, chorando para não perder o emprego, depois de renunciar ao ambicionado cargo de juiz federal, “Falando de lado e olhando pro chão”, acoelhado. Virou bajulador do presidente e “Babá de miliciano”, como bem disse o deputado Glauber Braga. Sua única atitude nesta crise, que de longe é a mais grave deste século, foi decretar o fechamento das fronteiras brasileiras com os países que já tinham fechado as fronteiras com o Brasil. Ou seja, Nadica de nada, chuva no molhado, seis por meia dúzia, show de ridicularia;

General Heleno, múmia ambulante

O general Augusto Heleno, que dirige o GSI, aquele gabinete que informou ao presidente e aos governadores que o coronavírus iria matar 5.700 brasileiros até a primeira semana de abril se providências não fossem tomadas, vê o seu presidente jogando a favor do vírus e, como se não bastasse, foi com ele para a rua, fazer aglomeração e agito. Saiu de lá, doente e continua bangolando, transmitindo vírus e ódio por onde passa como múmia ambulante;

Damares e a violência

Damares vem a público dizer que a quarentena aumentou a violência doméstica. Mas não disse isto para combater a violência doméstica, mas para justificar criminosamente o fim da quarentena.

Wajngarten, entregando a bola

Fábio Wajngarten, Secretário de Comunicação Social da Presidência, além de ter sido o primeiro do entorno de Bolsonaro a ser confirmado com coronavírus e não dar uma declaração digna de nota, entregou a comunicação do governo a um louco nazista, o vereador filho do presidente.

Weintraub, irresponsável e nazista

O ministro da Educação, há tempos reconhecido como louco irresponsável e nazista, só tem boca para dizer que os alunos devem voltar às aulas, na contramão do mundo inteiro. Justifica imbecilmente que as crianças estão no grupo de menor risco, esquecendo, ou fazendo que esquece que são elas os mais perigosos transmissores para os pais e avós.

Mandetta, o pau mandado

Resta o ministro da saúde. Vinha bem, sendo elogiado por toda a mídia e seguido por todos os governadores e secretários de saúde. Parecia o último dos moicanos, a lanterna de Diógenes em meio às trevas de um governo de malucos. Eis que de repente, acovardou-se ao anticientificismo, ao olavismo mais reles do núcleo duro dos cabeças duras do governo.

Virando suco

Cabe-nos lembrar o título do filme de 1981e constatar que este é o governo que está virando suco...

(Coluna Prosa & Verso de 29 de março de 2020 – Domingo)
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segunda-feira, 30 de março de 2020

SÓ O PODER DETÉM O PODER * Crispiniano Neto - RN

SÓ O PODER DETÉM O PODER...


Só vai à força. Multa e prisão para os mauricinhos empoderados pelo Gabinete do Ódio que funciona no Palácio do Planalto, sob o comando de um vereador do Rio de Janeiro. 

Eles estão “se achando” com o poder que lhes foi delegado pelos relinchos presidenciais em pronunciamentos à nação, entrevistas e “saidinhas” do Palácio, onde diariamente distribui coices ou, como disse seu ex-aliado Ronaldo Caiado, receita remédios sem saber o que diz, como bom charlatão que é.

“Solo el poder detiene el poder”, bem diz uma máxima latinoamericana. Já por estas bandas, a sabedoria popular, diz que é “infeliz o poder que não pode”... 

Portanto, para quem descumprir os decretos governamentais, que estão respaldados pela Ciência e pelos órgãos que velam pela saúde da humanidade, como a OMS e até o desmoralizado Ministério da Saúde do Governo que eles defendem, temos que ministrar os rigores da lei.

Melhor prender os canalhas que enterrar os inocentes. 

Essa, aliás é a lógica que guia todas as teorias do Direito que garantem a punibilidade aos crimes.

Hoje, em meio a tantos crimes em andamento, nenhum é mais grave que ir às ruas desafiar as orientações de quarentena e profilaxia em prol da prevenção de uma moléstia eu assola a humanidade “sem peia e sem cabresto”. Não há porteira fechada para um vírus que já atravessou cinco continentes em menos quatro meses. Muralha, cerca elétrica, bateria antiaérea, barreira policial, concertina, escudo colete à prova de bala, portão com ou sem controle eletrônico, vidro elétrico e trava elétrica, nada detém o vírus, nem mesmo vidro blindado de Casa Lotérica. Só pode cortar sua caminhada de morte o isolamento social. Voo disse uma criança de cinco aninhos: “Se o vírus sair pra rua e não vir ninguém, ele volta sem pode fazer nada”. Muito mais consciente que o chefe da nação e seus quadrúpedes amestrados.

Se o ministro se ajoelhou e tornou-se um “Pau-Mandetta”, não nos cabe ajoelharmo-nos com ele. Se ele desertou por ser um COVARDE-17, não vamos deixar o COVID-19 tomar conta do Brasil. 

Onde já se viu, um bando de privilegiados, confinados em seus carrões, borrifados de Álcool em Gel, mascarados como sempre foram na vida, expondo a população a uma pandemia para a qual a humanidade não tem vacina nem tratamento garantido, apenas pela vaidade escrota de saírem às ruas, demagógica e cretinamente “defendendo os empregos” dos trabalhadores a quem eles sempre perseguiram, oprimiram e exploraram. 

Que empregos defendem? Os dos 13 milhões de desempregados, dos quais mais de cinco milhões já estão classificados como desalentados. Aqueles a quem eles tinham prometido que era “só tirar Dilma” e ia chover de empregos e de investidores estrangeiros que hoje tiram dólares do Brasil? 

Seriam os quase 40 milhões de “empregos” dos que “fazem bico”, apurando de manhã para almoçar e de tarde para a família ter jantar? Empregos desses que vivem numa Economia “da mão pra boca”?...

A quem querem enganar com esse discurso canalha de defesa dos trabalhadores, esses que encheram Natal de outdoor homenageando Rogério Marinho por que acabou 107 itens da CLT destruindo o emprego formal, esses que aplaudiram o golpe de Michel Temer porque aprovou a flexibilização das leis trabalhistas formalizando a mais cruel legislação de terceirização do trabalho ou que apoiaram Paulo Guedes, o ladrão dos fundos previdenciários, porque destruíram o futuro dos velhinhos que hoje são nossos pais e avós e em breve seremos nós mesmos e depois os nossos filhos. E que, como se não bastassem estão no corredor da morte do Coronavírus?

Essa gente que, em nome de tirar o que chamavam de “Quadrilha do PT” puseram no comando do País uma gangue, com porte de máfia de corruptos, milicianos, pistoleiros, assassinos, pistoleiros togados de aluguel que vivem da venda da pena, da lei e das sentenças?

Tenham dó. Chegamos ao ponto que essa gente só consegue enganar a si mesma. Quem não era mau caráter e bandido entre os que apoiaram Bolsonaro já declarou arrependimento. Entre os que continuam apoiando, não tem mais nenhum inocente útil nas ruas, pedindo o fim da quarentena. 

O que tem muito ali criminosos inúteis, capazes apenas de estimular o mal e promover a balbúrdia e o caso social.

Quem defende os trabalhadores? Os mesmos que deles roubaram todos os direitos nos últimos três anos? 

E defendem em nome de quê? De uma política de SAÚDE que eles aplaudiram quando José Agripino e outros canalhas da política potiguar e nacional, hoje apoiadores de Bolsonaro, tiraram a CPMF, castrando 30 bilhões do orçamento do SUS por ano; SAÚDE que eles ajudaram a aprovar a PEC do Teto dos Gastos, tirando outros tantos bilhões do orçamento da Saúde e também da Educação e da Ação Social? SAÚDE que esta canalha detonou quando ajudou o canalha-mor a enxotar oito mil médicos cubanos que estavam cuidando dos mais pobres, nas comunidades onde nunca se tinha visto um médico, como agora estão cuidando de italianos, sem perguntar a ideologia de nenhum doente?

SAÚDE que estes calhordas que estão nas ruas fazendo gracinha com a vida de milhões, perdeu 75% dos lucros do Pré-Sal que eles aplaudiram histericamente quando o bandido Paulo Guerra vendeu na calada da noite?

SAÚDE que eles aplaudiram quando entidades representativas de médicos e mercadores da saúde vetaram Dilma e Padilha de criar 220 faculdades de Medicina no Brasil, em 2012 para em seis anos deixar de precisar de médicos cubanos e que, como cães hidrófobos a proibiram de contratar dez mil concluintes de medicina com bolsas de dez mil reais por mês. Saibam quantos me lerem que aquelas concluintes de Medicina de 2013 hoje seriam médicos com seis anos de experiência, prontos para enfrentarem qualquer endemia, epidemia ou pandemia e aquelas 220 faculdades já teriam diplomado milhares de médicos ou estariam com sextanistas podendo ser contratados como agora o faz a Itália com seus formandos de Medicina e de outras áreas das Ciências da Saúde.

Vão catar coquinho...

Como diz um banner que roda nas redes sociais, “METADE DA POPULAÇÃO JÁ ESTÁ EM CASA, CUMPRINDO A QUARENTENA. FORAM CONVENCIDOS PELOS MÉDICOS. A OUTRA METADE TERÁ QUE SER CONVENCIDA PELOS VETERINÁRIOS”... Ou pela polícia!!!

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quinta-feira, 26 de março de 2020

ANÁLISE DE CONJUNTURA FEITA ÀS PRESSAS * Valdi Gonçalves - PA

ANÁLISE DE CONJUNTURA FEITA ÀS PRESSAS

-hora de dar tchau-


A ESTRATÉGIA DA CLASSE DOMINANTE:

Bolsonaro não é o imbecil que aparenta ser, ele ir à televisão falar que o coronavírus não passa de uma gripezinha e que está errado o povo ficar confinado, na verdade é a sua maior estratégia ou jogada política para se manter no poder com o apoio de um setor da população.

Primeiro é importante entendermos que na verdade, nesse momento é quase impossível ele ser derrubado, isso devido a duas razões principais. A primeira é relacionada ao fato que mesmo embora um setor da burguesia e várias instituições de poder, estejam na prática e objetivamente se posicionando contra ele, a consciência geral da burguesia, mais do que nunca, nesse momento de crise abrupta do capital, está absolutamente ciente da necessidade que esteja no poder, justamente um governo como esse, que seja capaz das mais absurdas medidas e que mesmo assim goze de um apoio incondicional de um setor da população, capaz de sustentá-lo. Por isso, a burguesia, aquela que sempre fica escondida atrás da vitrine (e que é a que de fato manda) não vai permitir que ele seja derrubado, por mais que seja instaurado um impeachment, pois não é atoa que foram colocados cabrestos de dinheiro na maioria dos deputados do congresso por esses senhores.

A outra razão fundamental que aponta que ele não será derrubado é o fato de que isso só poderia acontecer, se ocorresse grandes manifestações de rua, capazes de ao menos sugerir a possibilidade de uma insurreição popular. Mas justamente nesse momento da crise é do medo gerado pelo aumento da proliferação do coronavírus, sabemos que esse tipo de manifestações não ocorrerá.

Portanto, creio que podemos afirmar que ao menos, nesse momento da conjuntura, Bolsonaro não será derrubado.

Para compreendermos essa conjuntura que vivemos é importante entendermos que a estratégia de Bolsonaro, para o momento que vivemos, não é só de Bolsonaro, mas do conjunto da classe dominante, pois essa estratégia está à serviço dos interesses dessa classe enquanto um todo. Ocorre que para uma sociedade de classes existir, ou seja, para uma classe social extremamente minoritária e que vive às custas da maioria da população, se manter no poder, são necessários vários fatores e condições, mas principalmente uma certa sincronia entre os parasitas sociais, mesmo quando não exista acordo total entre os mesmos, postura essa absorvida e aperfeiçoada pelas suas lições e experiências históricas obtidas pelos séculos de evolução dessa classe social.

Assim, quando Bolsonaro fala que devemos ser contra o isolamento social das pessoas, ele tá dizendo para o setor mais alienado da população, que esse não é um problema tão grande assim e por essa razão, logo, tudo isso vai passar, ou seja, Bolsonaro continua fazendo o que sempre fez, falando o que o povão quer ouvir. Logicamente, ele faz isso porque sabe que não é só ele que governa o país, existem outros atores que também participarão desse jogo, justamente se contrapondo a ele, esses atores são principalmente os governadores que não seguirão as orientações estapafúrdias de Bolsonaro e manterão o isolamento social, impedindo que se proceda uma tragédia maior. 

Se lá na China, país com uma densidade geográfica bem maior que a Brasileira, eles conseguiram conter a proliferação do vírus e isso, mesmo sem eles não terem tido como se preparar anteriormente de forma adequada para enfrentar o problema. Já aqui no Brasil, embora nosso país seja bem mais atrasado em vários aspectos, diferentemente da China, as expectativas são que também ocorrerá um grande número de mortes, tal qual na China, mas proporcionalmente, com bem menos vítimas, ou seja, o Brasil também conterá a epidemia, mas com melhor êxito. Sendo assim, podemos prever Bolsonaro aparecendo na televisão dizendo: "eu não disse que era só uma gripezinha" e mais que isso dirá: "Se tivessem seguido minha recomendação, não teríamos tantos prejuízos na economia, agora para nos recuperamos o sacrifício do povo terá que ser maior".

Temos que ter clareza que a classe dominante é uma classe parasitária e que para existir precisa justamente ser um parasita social que suga com sua simples existência, toda e qualquer possibilidade dos trabalhadores desfrutarem de uma vida digna. Não podemos ter dúvida que para essa classe social defender seus interesses de classe ela é capaz de fazer qualquer coisa, pois para eles morrer por conta de um vírus não é muito diferente deles perderem suas fortunas, o que também meio que simbolizaria a morte dos mesmos. O que, no entanto, eles estão fazendo no momento, não é nada disso, não estão AINDA arriscando suas vidas, o que estão fazendo na verdade é blefando com o povo e formaram uma equipe na mesa desse pôquer para combinar o jogo contra os trabalhadores. Um (Bolsonaro) diz que vai fazer uma jogada suicida, mas os outros (Governadores e a grande mídia) o bloqueiam para assim o time deles continuar no controle absoluto da mesa, no final do jogo, embora grande parte do povo tenha sobrevivido, ninguém de fato terá ganho esse jogo e poderá ser difícil a reconstrução da sociedade aos moldes da dominação de classe anterior à crise. Para isso eles precisarão de alguém dizendo que tudo tá assim porque não quiseram fazer sacrifícios e esse alguém terá um bando do próprio povo apoiando suas idéias.

O que devemos fazer: Esse é o momento da propaganda agitativa. Precisamos convencer o povão que crise do vírus só provoca crise econômica nessa sociedade capitalista, onde a propriedade privada é dominante. Essa na verdade é uma grande oportunidade para a consciência da classe voltar a se propagar entre os trabalhadores, afastando assim, inclusive a crise ideológica. Temos que deixar claro para o povo que as mortes de vidas humanas proposta por Bolsonaro não é para impedir que mais seres humanos morram de fome no futuro, ele tá defendendo isso justamente pra justificar uma política de fome que  matará milhares de pessoas, exclusivamente para salvar suas fortunas.

Valdi Gonçalves - PA
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segunda-feira, 23 de março de 2020

LOS 4 GRANDES TEMORES HISTORICOS DE LOS EEUU * Arévalo Mendez - VE

LOS 4 GRANDES TEMORES HISTORICOS DE LOS EEUU.

1- El surgimiento de China, que para bien de la humanidad, se ha adelantado. Se suponía que la economía lograría equipararse a EEUU apenas en las décadas 2030-2040, hoy lo estamos viendo.

2- Desaparición de la condición del dólar como moneda hegemónica mundial. No haría falta incluso que surjan otras potencias económicas, bastaría con que el yuan fuese una moneda de transacción de amplio espectro con Rusia, China, India y Paquistan avanzando en políticas de intercambio de mercaderías basadas en sus monedas locales. Esa estrategia, ya en marcha, requiere del abandono del sistema swicht usamericano, factor clave en el predominio del dinero inorgánico emitido por la FED.

3- Resurgimiento actual de un sistema multilateral que en los ámbitos  tecnológicos, económico y militar comienza a equilibrar las cargas geopolíticas mundiales en contrapeso al sistema multilateral imperialista sionista encabezado por los EEUU-Israel como nave insignia a la que sin resistencia se subordinan la UE y Japon como potencias de segundo orden, seguidas de Canadá, Australia y Nueva Zelanda como potencias de tercer nivel y luego los gobiernos titubeante socios del grupo de Lima, pequeñas economías africanas y los regímenes medievales del MO.

4- La unión latinoamericana y Caribeña. Mantenernos desunidos a perpetuidad es una condición de vida o muerte para los EEUU. Le es imprescindible mantener a nuestro continente en una permanente tensión de mengua social, política y económica, asegurándose así un inmenso y rico territorio proveedor de recursos naturales de bajo costo a la vez que disponer de un mercado en el cual circulen la producción industrial y el dólar. Estos propósitos, historicamente han resultado de muy bajo costo a EEUU al disponer de la obsecuencia de castas locales oligárquicas dispuestas a facilitarles la tarea a cambio de migajas. Poco se había avanzado con la fundación de UNASUR y una naciente CELAC. Los unicos golpes al imperialismo han sido: el rechazo al ALCA, proyecto que cuenta con un embrión neoliberal como lo es la Alianza del Pacifico y la permanencia de la tenaz y admirable TELESUR. Un imperio debe mostrar a aliados y contendientes conquistas que le hagan creíble. Latinoamérica y el Caribe constituyen esa prenda de garantía.


ARÉVALO MÉNDEZ

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CAPITALISMO X SOCIALISMO SOCIALISMO CIENTÍFICO X SOCIALISMO ROMÂNTICO * Elias de França - CE

CAPITALISMO X SOCIALISMO
SOCIALISMO CIENTÍFICO X SOCIALISMO ROMÂNTICO
(Por Elias de França - CE)

Socialismo não pretende tornar as pessoas todas iguais em tudo (moral, cultural, religiosa, comportamentalmente). Ao contrário, a proposta socialista busca respeitar e promover a diversidade e a pluralidade culturais, sociais e humanas.
Quem quer reduzir as pessoas aos esteriótipos de suas crenças e fanatismos pessoais são os fundamentalistas, os conservadores, os reacionários. Estes querem que toda família seja tradicional, que toda sexualidade seja hetero, que toda religião seja judaico cristã.
A igualdade de que trata o socialismo é de natureza econômica, infraestrutural, baseada na solidariedade e bem comum/coletivo... Que as necessidades de sobrevida das pessoas sejam equânimes, para que todos possam desenvolver seus potenciais, sua cultura e subjetividades livres de alienação.
O cristianismo originário (pré-romano) é uma proposta socialista romântica. Isto fica bem claro no Evangelho e no Ato dos Apóstolos que o instaurou.Romântico por que? Por pretender se fazer pela conversão, pela abdicação individual à riqueza e sua consequente distribuição entre os pobres. Ou seja, sedimentado na crença da bondade espontânea, do arrependimento, da remissão.
Socialismo científico é uma proposta de mundo em que ninguém dependa da piedade de ninguém para sobreviver e ter uma vida digna, porque tudo isto já é garantido pelas relações justas de trabalho. A transformação se dá na estrutura das relações de trabalho e de prática econômica. Ou seja, o modelo econômico é constituído cientificamente de forma a assegurar justiça social.
Já o capitalismo é irremediável: a exploração do homem pelo homem. Aí, para atenuar a miséria, apela-se para o "bom-burguês", aquele que passa o ano em avareza e, no dia de natal, dá algumas cestas básicas como forma de expiação. 

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sexta-feira, 20 de março de 2020

Liderança religiosa e a insistente relutância em ter templos abertos * Flavio M Cardoso - GO


Neste momento de crise epidêmica mundial uma questão tem se tornado tema de discussões nos mais variados meios de difusão e comunicação em geral.
            Líderes religiosos com posições extremistas no Brasil não aceitam voluntariamente que é preciso tomar medidas de contenção com relação a uma doença que tem matado aos milhares mundo a fora.
            Uma das primeiras providências se trata do afastamento social, que nada mais é do que levar a população a evitar locais de aglomeração tais como bares, restaurantes, comércio em geral, eventos de toda espécie entre outros como os templos religiosos.
            Porém alguns representes destas instituições religiosas insistem em não aderirem ao plano de afastamento. Neste sentido cabe uma reflexão sobre o papel e influência desses em tempos de crise como atualmente vivido pelo mundo todo.
             O brasil é um país que tem em suas bases fundantes a religião como um dos maiores pilares de sua construção como nação com predominância cristã seguida por uma infinidade de outras religiões desde os ritos e credos indígenas às afrodescendentes.
            O cristianismo, no entanto, é a religião predominante, hoje segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) censo 2010, a população brasileira se declara 64,6% católica e 22,2% evangélica. Um número altamente expressivo, ou seja, 86,8 % se declaram cristãos.
            É de muita inocência imaginar que esses poderosos representantes religiosos com acesso aos mais diversos meios de comunicação de massa, donos de uma oratória e persuasão indiscutível não saibam o poder influenciador e porque não dizer dominador que tem em mãos.  
            O perigo reside justamente aí. Em se aproveitar de toda essa gama de influência através de discursos inflamados e uma exegese pífia e deturpada dos escritos bíblicos e propagar insistente e incisivamente o não fechamento temporário dos templos e com o agravante movimento das massas no sentido de continuarem se reunindo nesses lugares.
            Tomando por base algumas citações bíblicas como Levítico 13:04 “Mas se a mancha branca não der a impressão de ser mais funda que a pele, e se o pelo não se tiver tornado branco, o sacerdote pô-lo-á de quarentena durante sete dias. Fica claro que para se preservar tanto o doente quanto a população em geral há a necessidade de um tempo de afastamento.
            Já no livro de Eclesiastes 03:05 uma afirmação cabível para o atual momento se destaca: “Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras, tempo de abraçar, e tempo de afastar-se.”
            A fé tão explorada por séculos e pelos mais diversos e controversos líderes através da história não é e não deve ser visto como um objeto de incitação ao perigo.
            Pelo contrário, a fé é também uma disposição ao comportamento prudente. Fica claro na experiência de Jesus quando da ocasião finando o seu período de reclusão no deserto. Ele é tentado a pôr à prova os cuidados e proteção do pai. Sua resposta diante de tal investida de acordo com os relatos foi em resumo a da prudência.
      Observe o diálogo no evangelho segundo São Mateus capítulo 4:06-07:
“Se és Filho de Deus, joga-te daqui para baixo. Pois está escrito: Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito, e com as mãos eles o segurarão, para que você não tropece em alguma pedra. Jesus lhe respondeu: Também está escrito, não ponha à prova o Senhor, o seu Deus”.

            Ainda sobre a fé que juntamente com o amor e caridade compõe as virtudes teologais, é preciso ressaltar que para ela não há obstáculo nem a necessidade de um ponto específico geograficamente para sua ação segundo a tradição cristã, ou seja, o seu efeito independe de lugar fixo. Rua, casa, templo.

            Há uma menção neotestamentária de um fato ocorrido a partir de um encontro de Jesus e um centurião. Evangelho de São Lucas 07:08-10 “Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o meu poder, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Fazer isto, e ele o faz. E, ouvindo isto Jesus, maravilhou-se dele, e voltando-se, disse à multidão que o seguia: Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé. E voltando para casa os que foram enviados, acharam são o servo enfermo.

Não houve reunião, não houve culto, mas segundo os relatos, ação de fé e esta à distância alcançou o objetivo.
           
            Alguns questionamentos acabam sendo levantados diante de tanta resistência por parte de muitos influentes líderes religiosos.
            Será esta uma questão meramente funcional? Uma estratégia para arrebanhar mais fiéis? A possível diminuição da vasta arrecadação produzida pela indústria da fé explorada?
            Os riscos são iminentes, esta trágica situação pode estar longe de no mínimo um amenizar. É preciso que haja uma consciência de bem coletivo e ações contundentes neste sentido.
            Ações promovidas pelo estado e pela comunidade em geral objetivando o bem de todos. Ações de negação desse tipo de atitude leviana que coloca em risco a vida de tanta gente. Boa parte, gente simples que em meio ao tumulto gerado por esta pandemia e por falta de clara informação o que acaba gerando pânico levando muitos a seguirem orientações levianamente perigosas.
            O papel das instituições constituídas e neste caso específico as religiosas na pessoa de seus representantes, deve ser de acalmar, orientar, não somente segundo suas próprias visões e convicções de mundo, mas acima de tudo em um momento como este de estar de acordo com o que as autoridades têm determinado.
            Uma exemplar ação em favor do povo brasileiro sem histeria por parte desses homens e mulheres influenciadores sem esta relutância para com as orientações é o que se espera. Pois de maus tratos e maus exemplos como os apresentados pela pessoa do próprio presidente da república o Brasil já está farto.

terça-feira, 17 de março de 2020

*Camilo* *Torres* *y* *el* *problema* *de* *la* *revolución* Coletivo Comuna y Comunidad - Col

*Camilo* *Torres* *y* *el* *problema* *de* *la* *revolución* 
-teologiadalibertacao.wordpresss.com-

Por: Miguel Eduardo Cárdenas – Colectivo Comuna y Comunidad

Una reflexión a cincuenta y cuatro años de su sacrificio

Camilo Torres consagró sus preocupaciones esenciales a promover el debate en torno a la estrategia de la revolución colombiana. Su esfuerzo teórico y práctico ha tenido profunda influencia. Distintos sectores comprometidos han dedicado grandes esfuerzos a continuar este crucial propósito para mantener la vigencia del pensamiento de Camilo Torres.

Lo cierto es que aún no se ha logrado decantar una propuesta sobre cómo producir el cambio inaplazable del régimen político y dar el salto hacia la paz con justicia social como expresión de la ética en la política, y la concreción de la idea moral del “amor al prójimo” a través del bien común, esto es, reiterar la idea moral del comunismo (cristianismo o comunalismo en Camilo Torres Restrepo) como respuesta a la crisis de la modernidad capitalista en Colombia y en el ámbito mundial para dar un ‘soplo de vida’ al principio de humanidad.

Sin lugar a dudas, Camilo miró la realidad desde la perspectiva religiosa, previa al Concilio Vaticano II, aunque este se anunció en 1959 (Camilo hizo parte de las Comisiones previas al desarrollo del Concilio y en la Exposición Universal de la Iglesia como delegado del CELAM estando en Lovaina). El Concilio se desarrolla entre 1962 y 1965, y Camilo ya andaba debatiéndose entre las primeras discusiones con el Cardenal Concha (1962) y su reducción al estado laical e inicio del Frente Unido (1965). Cuando las conclusiones comenzaron a circular, Camilo ya había ofrendado su vida. Ese es, quizás, su valor en el mundo cristiano militante, que sirvió de antecesor a la que se vino a acuñar como ”Teología de la Liberación” en 1968, y cuyo primer libro se edita en 1970 en Lima. La mezcla de Obispos Tercermundistas (como Helder Camara en Brasil o Gerardo Valencia Cano en Colombia), con las nuevas visiones del Concilio Vaticano II encuentra un poderoso refuerzo en el testimonio de Camilo Torres.

La idea de comunismo de Camilo es la que viene del cristianismo como se leyó en el Concilio Vaticano II que luego madura y sistematiza en la práctica de Muniproc y que da sentido al libro La revolución imperativo cristiano que marcó la generación de religiosos de Golconda, de la formulación de la “Teología de la Liberación” y la reunión de Celam en Medellín en 1968.

Al referirnos a Camilo Torres Restrepo es preciso alcanzar un enfoque con rigor histórico –lejos de panegíricos y denuestos–; además, ubicar las tendencias y el sentido la época en que vivió Camilo, conocer el carácter de su destacada personalidad y enaltecer su condición de subvertor moral –como lo calificó Orlando Fals Borda–.

En el fondo de su ser Camilo vive una indignación ética y una necesidad cristiana, que como sociólogo ve cauce en el socialismo. Un socialismo en las formas económicas y en las relaciones sociales guiado bajo los valores del cristianismo. Un humanismo integrador del marxismo con el cristianismo, así lo dice en uno de sus escritos: “hoy en día, cuando se está acabando el sistema capitalista, alguna gente cree que se está acabando la Iglesia. Y consideran, que el cristianismo no tiene suficiente virtualidad para cristianizar a un modo socialista hacia el cual parece que vamos”.

Conmemorar la muerte de Camilo Torres Restrepo implica rescatar a Camilo como un teólogo comunista quien en su pluralidad, dimensión ética, política, organizativa y espiritual, constituye un ejemplo de vida con plena vigencia que ilumina los derroteros de la revolución social en la encrucijada actual.

Bogota, 15 de febrero de 2020

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segunda-feira, 16 de março de 2020

MARX - ACIMA DE TUDO, UM REVOLUCIONÁRIO * Frederico Engels - Inglaterra

MARX - ACIMA DE TUDO, UM REVOLUCIONÁRIO
Frederico Engels

El 14 de marzo de 1883 falleció en Londres, Inglaterra, Karl Marx. Fue uno de los pensadores más importantes de su tiempo. Sus teorías marcaron a fuego el siglo XX donde diversos movimientos revolucionarios de todo el mundo lo reivindicaron y cambiaron para siempre la historia.
Aquí elegimos recordarlo con las palabras que dijo en su funeral su amigo y colega de muchos años, Federico Engels.

*_"_* El 14 de marzo, a las tres menos cuarto de la tarde , dejó de pensar el más grande pensador de nuestros días. Apenas le dejamos dos minutos solo, y cuando volvimos, le encontramos dormido suavemente en su sillón, pero para siempre.

Es de todo punto imposible calcular lo que el proletariado militante de Europa y América y la ciencia histórica han perdido con este hombre. Harto pronto se dejará sentir el vacío que ha abierto la muerte de esta figura gigantesca.

Así como Darwin descubrió la ley del desarrollo de la naturaleza orgánica, Marx descubrió la ley del desarrollo de la historia humana: el hecho, tan sencillo, pero oculto bajo la maleza idológica, de que el hombre necesita, en primer lugar, comer, beber, tener un techo y vestirse antes de poder hacer política, ciencia, arte, religión, etc.; que, por tanto, la producción de los medios de vida inmediatos, materiales, y por consiguiente, la correspondiente fase económica de desarrollo de un pueblo o una época es la base a partir de la cual se han desarrollado las instituciones políticas, las concepciones jurídicas, las ideas artísticas e incluso las ideas religiosas de los hombres y con arreglo a la cual deben, por tanto, explicarse, y no al revés, como hasta entonces se había venido haciendo. Pero no es esto sólo. Marx descubrió también la ley específica que mueve el actual modo de producción capitalista y la sociedad burguesa creada por él . El descubrimiento de la plusvalía iluminó de pronto estos problemas, mientras que todas las investigaciones anteriores, tanto las de los economistas burgueses como las de los críticos socialistas, habían vagado en las tinieblas.

Dos descubrimientos como éstos debían bastar para una vida. Quien tenga la suerte de hacer tan sólo un descubrimiento así, ya puede considerarse feliz. Pero no hubo un sólo campo que Marx no sometiese a investigación -y éstos campos fueron muchos, y no se limitó a tocar de pasada ni uno sólo- incluyendo las matemáticas, en la que no hiciese descubrimientos originales. Tal era el hombre de ciencia. Pero esto no éra, ni con mucho, la mitad del hombre. Para Marx, la ciencia éra una fuerza histórica motriz, una fuerza revolucionaria. Por puro que fuese el gozo que pudiera depararle un nuevo descubrimiento hecho en cualquier ciencia teórica y cuya aplicación práctica tal vez no podía preverse en modo alguno, era muy otro el goce que experimentaba cuando se trataba de un descubrimiento que ejercía inmediatamente una influencia revolucionadora en la industria y en el desarrollo histórico en general. Por eso seguía al detalle la marcha de los descubrimientos realizados en el campo de la electricidad, hasta los de Marcel Deprez en los últimos tiempos.

Pués Marx éra, ante todo, un revolucionario. Cooperar, de este o del otro modo, al derrocamiento de la sociedad capitalísta y de las instituciones políticas creadas por ella, contribuir a la emancipación del proletariado moderno, a quién él había infundido por primera vez la conciencia de su propia situación y de sus necesidades, la conciencia de las condiciones de su emancipación: tal era la verdadera misión de su vida. La lucha era su elemento. Y luchó con una pasión, una tenacidad y un éxito como pocos. Primera Gaceta del Rin, 1842; Vorwärts de París, 1844; Gaceta Alemana de Bruselas, 1847; Nueva Gaceta del Rin, 1848-1849; New York Tribune, 1852 a 1861; a todo lo cual hay que añadir un montón de folletos de lucha, y el trabajo en las organizaciones de París, Bruselas y Londres, hasta que, por último, nació como remate de todo, la gran Asociación Internacional de Trabajadores, que era, en verdad, una obra de la que su autor podía estar orgulloso, aunque no hubiera creado ninguna otra cosa.

Por eso, Marx éra el hombre más odiado y más calumniado de su tiempo. Los gobiernos, lo mismo los absolutistas que los repulicanos, le expulsaban. Los burgueses, lo mismo los conservadores que los ultrademócratas, competían a lanzar difamaciones contra él. Marx apartaba todo esto a un lado como si fueran telas de araña, no hacía caso de ello; sólo contestaba cuando la necesidad imperiosa lo exigía. Y ha muerto venerado, querido, llorado por millones de obreros de la causa revolucionaria, como él, diseminados por toda Europa y América, desde la minas de Siberia hasta California. Y puedo atreverme a decir que si pudo tener muchos adversarios, apenas tuvo un solo enemigo personal. Su nombre vivirá a través de los siglos, y con él su obra. *_"_*

Federico Engels - Londres/Inglaterra
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