Notas
introdutórias sobre Bolsonarismo:
quando
o fascista se olha no espelho
Os discursos de ódio da extrema direita nos trouxeram até aqui. Eles tentam em todo momento justificar que não são iguais. E que também não somos iguais a eles. Realmente, não somos! Enquanto progressistas valorizamos a vida, o ser humano e toda capacidade objetiva e subjetiva de tornar o sujeito melhor. Diante disso, a Arte, a Ciência e a Filosofia não cabem nos ambientes virtuais e sociais deles, pois eles no campo político só sabem repetir frases prontas como papagaios. No campo científico são como avestruzes, pois colocam sua cabeça dentro dos buracos e repetem o mantra negacionista. No que compete a Filosofia quanto na Arte se apresentam como tartarugas, tendo como horizonte se escondem no casco.
Os seguidores do bolsonarismo são subservientes ao que o seu
líder messiânico defende. Não se importam com verdades, mas em criá-las em suas
fábricas de Fake News. Esses aos quais classificamos como fascistas se olham no
espelho, porém acusam o outro de tudo aquilo que eles observam refletido. Suas
falas nada mais são do que sua face oculta, pq só quem não aceita a si mesmo
por compreender o quanto nefasto ao mundo torna-se é capaz de criar uma ideia
de si que não condiz com a realidade, sem fazer uma autocrítica. Não podemos
observar acontecendo ao nosso redor e normalizar e legitimar tal feito. O papel
do historiador é problematizar o passado para compreender o presente. Em outros
é preciso problematizar o presente para compreender suas relações com o
passado. E assim fazer com que as pessoas se lembrem daquilo que pretendem
esquecer.
Dessa
forma, a História é uma das Ciências mais odiadas pelos fascistas. Ela realiza
um Raio – X da sociedade ao longo do tempo. E põe nas retinas aquilo que as
pessoas gostariam de esquecer. No nosso caso, tratamos das relações do governo
bolsonarista, com o fascismo e suas características de diálogo. Entre elas
podemos destacar: o armamentismo, o totalitarismo, o culto a raízes que nunca
existiram de fato, a imposição ou tentativa de impor oposição a crítica e
problematizações ao governo, a obsessão por conspirações, a crença em um líder,
o controle e repressão a sexualidade a imposição da ação sem reflexão com sua
linguagem repetitiva de inimigos internos e externos, enfim um ódio a
democracia e tudo que ela venha a expressar ou representar!
Além
disso, mesmo sendo intolerante o bolsonarismo projeta isso nos outros, ou seja,
tudo aquilo que eles defendem estar nos outros, nas verdade encontra-se em si
mesmos! Como exemplo podemos citar que ao idolatrar ditaduras. Eles defendem
que grupos querem implantá-las. Diante disso, com fascistas não podemos
dialogar, mas destruí-los. Os fascistas não querem entender o movimento da
História. Eles sempre estão criando narrativas que partem do movimento, porém
não para compreendê-lo, e sim para recriá-lo como farsa. Enquanto historiador
relembrarei o pensamento de Darcy Ribeiro:
“Não
gostaria de estar no lugar dos que se julgam vencedores. A história será
implacável com eles"
André
Almeida - professor de História, Coordenador Pedagógico e vice-coordenador da
APLB-Sindicato de Teixeira de Freitas/BA
Twitter: @GerminalAndre Instagram: germinal.historia
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Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro