“O
grito da batalha: Quem espera, nunca alcança! ”
Pedro
César Batista - DF
Unidade
de Classe contra o opressor e seus lacaios.
A
classe dominante conseguiu muitos aliados no meio dos explorados. Repete-se
regularmente que não há mais luta de classes, que é preciso avançar na defesa
dos interesses e empoderamento de categorias e setores, o que permitirá
melhorar o capitalismo, dando-lhe uma face mais humana, e assim avançar na
busca de outra sociedade, onde não exista mais explorados e exploradores.
Não
faltam organizações e militantes que atuam exclusivamente em busca da
hegemonia, protagonismo e empoderamento, na maioria das vezes com a perspectiva
eleitoral, eleger seus quadros e ocupar espaço dentro do estado burguês. Não
questionam o modelo de produção ou distribuição da sociedade capitalista, atuam
apenas em torno de seus interesses específicos.
Em
tempo de paz, no lugar de avançar a consciência de classe, possibilitar aos
setores produtivos o protagonismo da história, fortaleceu-se uma concepção de
empreendedorismo, individualismo, consumismo e da luta de setores identitários,
sem destacar que a sociedade é formada pelos detentores dos meios de produção,
controladores das armas, leis e do Estado, e pelos que vendem o seu trabalho,
manual ou intelectual, dedicam sua energia e inteligência para produzir e
prestar serviços que são apropriados pelos ricos que ficam cada vez mais ricos,
ao mesmo tempo que os pobres mais pobres se tornam. Para estes deixam o sonho
em comprar um novo modelo de automóvel, possuir altos salários e integrar a
classe dominante, usufruir e consumir produtos e serviços produzidos por eles
mesmos. Uma poderosa máquina de propaganda alimenta esta ilusão.
O
empoderamento individual e de grupos setoriais substituiu a busca pela transformação
da sociedade, a construção do poder popular e a conquista da revolução, a
ruptura entre explorados e exploradores. Torna-se comum trabalhadores traírem
sua classe em busca do status e micro poder, que nada altera as relações
sociais e econômicas entre as classes.
Os
partidos ligados aos interesses da classe trabalhadora, no lugar de forjar uma
consciência baseada na história do desenvolvimento humano, propagam a ilusão de
que basta votar, fortalecer sua corrente e hegemonizar movimentos que se avançará
rumo a emancipação da classe trabalhadora. Lembram os encantadores de serpente,
mágicos de quinta categoria ou pastores falastrões, que curam qualquer doença.
Ilusionistas da crendice popular e falta de consciência sobre as contradições
que permitem fazer a sociedade se desenvolver.
O
desejo é cada um ter uma organização para dizer que é sua. Fazer um movimento
para dizer que é seu. Ter uma corrente ou segmento que esteja sob a sua
direção. Não levantam a bandeira da emancipação de classe, criam seguidores que
aplaudem e repetem o que seus chefes afirmam. Verdadeiros oportunistas e
demagogos se espalham. São substituídos pela revolta inconsciente da juventude,
rebeliões de massas que não mais se sujeitam a opressão burguesa, apesar de
muitos sonharem em substituir os senhores, não em destruí-los.
Aproveitando-se
da despolitização, falta de coesão e consciência entres a classe trabalhadora a
burguesia avança, fortalece seus setores mais violentos e reacionários, realiza
cruéis ataques aos direitos sociais, políticos e econômicos conquistados ao
longo de lutas na história. Neste quadro, usam, inclusive, a pandemia para
dividir, desarticular e eliminar a resistência dos pobres contra os poderosos.
Paz
entre nós, guerra aos senhores, afirma verso de A Internacional, que segue tão
atual quanto necessária para derrotar os parasitas que se nutrem de nosso
sangue, suor e trabalho. Por isso, forjar a união e organização da classe
trabalhadora é a garantia de avançar na história e derrotar os inimigos de classe,
começando pelos fascistas que estão no poder.
....
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro