sexta-feira, 26 de junho de 2020

A Palestina é Nossa Causa * Jeanderson Mafra/MA

A PALESTINA É A NOSSA CAUSA

"A nossa liberdade jamais será plena 

sem a liberdade do povo palestino"



(Nelson Mandela)



Em janeiro deste fatídico 2020, uma proposta imoral e desumana foi lançada pelos sionistas e seus aliados estadunidenses contra o povo palestino. Reuniram-se Trump e Netanyahu, dois presidentes do eixo fascista e, não por acaso, "amigos" de Bolsonaro, para decidir o que afirmaram ser o "Acordo do século" à paz palestino-israelense. Uma "paz" e "acordo" já nulos em seu nascedouro e que podem ser traduzidas muito bem por "Tragédia do século", intensificando ainda mais a "questão Palestina" e a limpeza étnica de seu povo, em curso desde 1948 com o massacre e a expulsão de cerca de 1 milhão de palestinos de suas terras no que ficou registrado na História como "Al  Nakba", ou a "catástrofe"  palestina.

No tão aclamado acordo de Trump e Netanyahu, simplesmente não havia  a presença de representantes da  Palestina e, portanto, foi  um não-acordo.

Tratou-se flagrantemente de mais uma manobra imperialista-sionista para  terminar o roubo, sempre em curso, da Palestina histórica, alienando-a de seu povo com vistas a concretizar o "sonho sionista" de uma "grande Israel". E isso após a mídia mundial anunciar a anexação por Israel de mais territórios da Cisjordânia, num evidente ato de desobediência do Direito Internacional e demonstrando como de costume a contínua prática de crimes de lesa-humanidade do Estado Etnocrático de Israel, condenado em várias resoluções da ONU por sua política de apartheid e extermínio palestino.



Vale ressaltar que nesta luta em defesa dos direitos do povo autóctone palestino, muitas vozes do próprio enclave sionista se fizeram ecoar. Dentre acadêmicos e doutores, figuram sempre os professores israelenses Illan Pappe e Shlomo Sand, expulsos da "única democracia" do Oriente Médio por denunciarem a ilegitimidade da entidade sionista e a limpeza étnica da Palestina perpetrados por aquela base do imperialismo ocidental contra o povo árabe-palestino e todo o Oriente Médio. Há também a coragem e dissidência de soldados israelenses do grupo "Breaking The Silence"  que resolveram,  literalmente, quebrar o silêncio e denunciar os desmandos de Israel e seus crimes contra a humanidade; as torturas, execuções sumárias e chacinas que o Estado Sionista pratica contra crianças, mulheres e homens numa área ínfima de terra, reconhecida como um dos maiores campos de concentração a céu aberto do mundo, a Faixa de Gaza.

O povo palestino não possui Exército, Marinha ou Aeronáutica. Seu único aeroporto foi destruído em 2006 pelos israelenses e, diariamente, a vida desse povo - que resiste bravamente de sol a sol, tendo o legítimo direito de defender-se e à sua terra - é sabotada pelo terrorismo sionista.

Mais uma vez a solidariedade Internacional deve se fazer ecoar, mais uma vez a Palestina está ameaçada por uma política nefanda que agora tenta roubar 30% da Cisjordânia e desabrigar milhares de palestinos de sua pátria histórica.



Brecht disse que a cadela do fascismo está sempre no cio e é do sionismo que ela sempre tem recebido os melhores louros diariamente. Mas onde houver humanistas, haverá  quem se importa, quem lute pelo direito e dignidade do outro, como se fosse a sua própria causa, pois trata-se do futuro de nossa humanidade em qualquer lugar.

Do sionismo - a mais nova colonização de nosso século - é preciso salvar não só a Palestina, mas o mundo inteiro.

#PalestinaLivre🇵🇸

Jeanderson Mafra/MA

 ***

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro