Barrar a ofensiva imperialista contra a Venezuela e a América Latina: criar um, dois, três Vietnãs!
Os
Estados Unidos têm recrudescido sua política golpista e pirata contra a
Venezuela no último ano. Seu cardápio de opções golpistas tem variado muito
desde 2019 e vão do fracassado títere Juan Guaidó, completamente desmascarado e
desmoralizado internacionalmente; da operação terrorista dirigida pelos Marines,
na costa do país e esmagada pelo povo venezuelano; do açambarcamento
colonial britânico das reservas de ouro bolivariano depositados no Banco da
Inglaterra; e por fim do acirramento de criminosas sanções impostas diretamente
pela Casa Branca em pleno auge mundial da pandemia de covid-19, no claro
intuito de potencializar um verdadeiro genocídio contra o povo da Venezuela,
para assim, segundo os intentos macabros de Washington, concretizar seu sonhado
golpe contra o chavismo e levar adiante a completa espoliação da nação pelas
mãos de seus serviçais internos.
Para
incrementar a desestabilização interna da Venezuela, o imperialismo leva
adiante em conluio com a imprensa capitalista mundial, sistemática guerra
psicológica e de propaganda demonizando o governo Maduro e fecha um cerco
contra a América Latina em cumplicidade com as burguesias nativas, redesenhando
o mapa geopolítico da região. Para isso, desencadeou um verdadeiro processo de
sucessivos golpes de Estado em todo o continente, recorrendo à extrema direita
fascista, aos sistemas judiciários, parlamentos e Forças Armadas fantoches
locais, levando ao poder gerentes lacaios e verdadeiros peões em países chaves
como o Brasil, que, junto da Colômbia--enclave geopolítico de Washington--
apertam um torniquete contra Nicolas Maduro.
É
verdade que, a ofensiva imperialista atual contra a Nossa América, também
significa uma resposta da Casa Branca ao crescimento dos papéis de China e
Rússia na região, considerada pelos escravagistas do Norte seu quintal desde a
odiosa Doutrina Monroe; mas desde quando o comandante anti-imperialista
Hugo Chaves chegou ao poder na Venezuela em 1998, é questão geoestratégica para
a Casa Branca se livrar do chavismo e do nacionalismo bolivariano e impedir seu
exemplo em toda a América Latina.
O
agravamento da crise estrutural do capitalismo global, o esgotamento de fontes
de exploração e depredação neocolonial na Terra e o abalo de sua hegemonia como
potência dominante, faz com que o imperialismo estadunidense intensifique sua
agressividade e rapina contra os povos, em busca de fontes de matéria prima,
petróleo, mercado a ser explorado e mão de obra para produzir mais valor em
detrimento de seus grandes concorrentes na arena da disputa do mercado
capitalista mundial. Neste tabuleiro a Venezuela possui papel geoeconômico e
geopolítico estratégico, devido suas enormes riquezas e potencialidades,
sobretudo relacionadas às fontes energéticas.
Como disse o Embaixador brasileiro José Joaquim Moniz de Aragão, durante
a Guerra do Chaco, em 1934: “Procuremos precisar quais os interesses em jogo
na questão. Petróleo! Exclamam de todos os lados. O petróleo opera prodígios,
tem ditado a política internacional das grandes potências, assentou e derrubou
governos, abalou uma dinastia, criou fortunas fabulosas e conta entre os seus
servidores estadistas dos mais notáveis”. (citado por Moniz Bandeira, no
seu livro “Geopolítica e Política Exterior”).
Portanto,
o que vemos é uma grande ofensiva criminosa de um império em franca decadência,
contra um povo heroico e determinado. Dessa forma, é obrigação de todos os
povos do mundo, defender a Venezuela, Cuba, Irã, Coréia do Norte, Síria,
Palestina e todos os demais países oprimidos, assediados pelo imperialismo.
Nenhum povo do mundo está livre de ser agredido pela beligerância imperialista,
como nos diz o pensador estadunidense Noam Chomsky: “Nenhum país está isento
desse tratamento (ofensiva imperialista), não importa o quão
insignificante seja. Na verdade, são os países mais fracos e mais pobres que
causam as maiores histerias”. (Noam Chomsky, “O Que o Tio Sam Realmente
Quer”).
É
nesse espirito internacionalista e anti-imperialista, que saudamos com muito
entusiasmo a recente Plenária Nacional
Bolivariana, organizada por partidos da esquerda brasileira, movimentos
populares e comitês solidários à
Venezuela.
Defendemos
o fortalecimento e maior articulação internacionalmente entre todos os fóruns e
organizações, comprometidos com a defesa do povo venezuelano. É preciso fazer
de Nossa América, um novo Vietnã contra o imperialismo, já enfraquecido pelo
prelúdio de uma bem provável guerra civil em sua pátria, abalada por uma crise
econômica, política, social e sanitária sem precedentes.
A
causa da Venezuela e de Cuba, é a causa da revolução latino-americana contra o
imperialismo e seus fantoches burgueses em nossos países, que perpetuam a
miséria de nossa gente e o subdesenvolvimento.
Por uma Pátria Grande anti-imperialista socialista!
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Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro