sábado, 1 de maio de 2021

Um Primeiro de Maio atípico: Trabalhadores em Luta * Reinaldo conceição da Silva/SP

UM PRIMEIRO DE MAIO ATÍPICO:
TRABALHADORES EM LUTA

Sindemia, Luta de classes e o novo perfil do trabalho não fabril.

Hoje é enfim primeiro de maio. O "dia do trabalho". Que na verdade tal data, historicamente se verifica através das explanação históricas em que as lutas de classes se verifica, lutas estabelecidas através de relações dialéticas em detrimento de um modo de produção ascentando na acumulação.
Portanto contraditório na medida em que as necessidades humanas se defrontam com as necessidades autômatas dessa acumulação.

Nesse processo, as crises, os conflitos regionais escalonados, a condicional fragilização do tecido social, inerentes a condicional fragilização das relações sociais de produção são partes condicionais do capitalismo como modo de produção organizatória da sociedade.

Muitos dizem sobre aderir a criptomoedas ou abrir plataformas de registros virtuais de modo a atomizar suas relações. Já existem grupos até mesmo dentro das plataformas virtuais alegando ser essa a válvula de escapa para o que eles venham a chamar de Libertárismo...ou anarquismo de mercado, os vulgos Ancaps, alegando a possibilidade de existência de uma sociedade capitalista baseada em "trocas voluntárias" sem o Estado.
Sabemos que esse tipo de posicionamento é puramente Idealista, recheado de ideologias sem nenhum critério sobre uma compreenção universalizante inerente a histoicidade de nossas relações materiais de produção.
Até porque primeiro, o preço das criptomoedas no mercado digitalizado depende das variações de oferta e demanda em detrimento de um equivalente mediador remetente, ou seja, ela exige variações com outros ativos de curso forçado.
Exemplo: Se existe muita demanda por Bitcoins e essa demanda se concentra no Euro, então o preço relativo do Bitcoin será baseado no Euro em detrimento de outras moedas na qual o Bitcoin se relaciona, cujo sua oferta é maior.
Outra, a Propriedade Privada (essencialmente a dos meios de produção) são frutos de uma sociabilidade que fomente estruturas que garantam sua defesa corporal e linguística e centralize relações de interesses comuns de modo a garantir o modo de produção vigente, sem isso, o capital perde estabilidade condicional de manter sua acumulação exponencial e o capitalismo acaba. Portanto o Estado contemporâneo e essencialmente burguês é um elemento estrutural constituído pelo capitalismo e dele depende.
Portanto essa ramificação puramente Idealista é fruto de uma sociabilidade que desenvolve sensações em sócio-cognição que se estabelecem pela atomização das relações do homem e promovem um consenso exacerbado individualista. E claro fomenta ideologias.
Desenvolverei uma crítica mais profunda sobre a questão do chamado Anarco-capitalismo posteriormente, mas isso verifica um fato contundente. A classe trabalhadora não centra mais suas atividades na produção direta, os trabalhadores investem em plataformas digitais, e sua atuação produtiva está dispersa na sociedade.
O Neo-liberalismo veio como correspondente ao estado de bem estar social Kaynesiano e o fim do padrão ouro nos Estados Unidos, estimularam uma sociabilidade não apenas de atomização das atividades dos homens mas também, de uma sócio-cognição que por vez promova novos elementos de atuação ideológica. Mudando o perfil de atuação da classe trabalhadora de boa parte do mundo, na qual está totalmente endividada, suas relações de trabalho precárias, e o Capital, como um monstro irracional, ascentando suas contratações inerentes, a cada avanço tecnológico, científico e processual.


Esse precarização condicional das relações sociais e materiais de produção, e o capital ascentando sua acumulação exponencial no setor improdutivo, ou seja, no mercado financeiro. Acrescidas pela especulação imobiliária desenfreada empurram as massas para as florestas, fortificadas pela exploração descomunal e desmedida das florestas e de ambientes despóticos com uma insalubridade voraz, fazem a pólis, ou seja as cidades em suas relações politicamente instituidas pela precarização imediata a terem contatos com organismos diversos, por uma rede sistêmica de relações postas nessa trama, produzindo assim as novas doenças.

As doenças (os mais antigos desse blog já reconhecem meus argumentos) não são uma aleatoriedade do universo, uma punição divina, nada disso... Elas são produtos da Biopolítica. São produtos das cidades, de como elas organizam suas relações de produção, são o resultado das relações políticas de organização dos corpos para a promoção fisiológica da vida.

Formulam redes que deduzem como as doenças surgem e se manifestam nesse enrredo universalizante. Por isso que a Covid-19 não promoveu uma pandemia. O capitalismo internacional e suas processões políticas e estruturais ascentadas nas lutas de classes internacionais, promovem uma sindemia.

Para quem não reconhece esse conceito, preciso dizer que a medicina elaborou esse conceituamento para compreender as redes sinergicas, complexas envolvente a contextos sociais, entrelaçados as nossas relações materiais de produção, que formulam elementos conjuntos em rede que por fez produzem as doenças e dizem como elas se manifestam. Logo são elas sindemias, produtos da Biopolítica instituida pelo modo de produção organizatória capitalista que a cada vez mais atenta contra os homens, e especialmente aos trabalhadores.

O Capitalismo ascenta suas contradições e atenta contra a vida. Mas acima de tudo, não fornece garantias, para uns, isso é uma variação constante de sua jogatina, para muitos, uma sentença de morte que precisa ser considerada. Não há outra saída para tomarmos de volta o poder de gerir materialmente nossas próprias vidas sem antes, construir um processo de transição que vise sua superação como modo de produção.

O capital aponta para isso como tendência !!!

Nesse processo, a luta continua meus caros trabalhadores. Feliz 01 de maio !!!

Reinaldo conceição da Silva/SP

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Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro