Órgão Oficial da Liga Marxista Internacional. Direção editorial: Roberto Bergoci. Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, o brasileiro.
domingo, 30 de maio de 2021
A INTERNACIONAL * Eugènne Pottier/Pierre Degeyter - França
sexta-feira, 28 de maio de 2021
PERÚ : ELECCIONES PRESIDENCIALES DEL 6 DE JUNIO * Hugo Flores Del Carpio / Peru
PERÚ : ELECCIONES PRESIDENCIALES DEL 6 DE JUNIO
Eduardo Galeano, el intelectual uruguayo y uno de los más importantes de América Latina, en una entrevista a un medio de comunicación recuerda lo que para él fue "Una lección de dignidad" del pueblo peruano, representado por su selección de fútbol, en las Olimpiadas de Berlín 36 organizada por Hitler y donde pretendía demostrar la "superioridad de la raza aria".
Perú enfrentaba a Austria. Hitler se encontraba en la tribuna principal y Austria era su país de origen. Perú, ante la presencia de Hitler, con una delantera a la que llamaban "el rodillo negro", por el color de sus jugadores, vence a Austria por 4 a 2, a pesar de que le habían anulado 3 goles de manera injusta.
Tal derrota, Hitler no la podía tolerar y ordena que se anule el partido y se juegue de nuevo. La delegación peruana no acepta esa decisión y abandona las olimpiadas, emprendiendo el retorno a Perú, con la solidaridad de otras delegaciones.
Eduardo Galeano recuerda ese suceso y lo califica como "Una lección de dignidad".
Esa misma "lección de dignidad", el domingo 6 de junio, el pueblo peruano se la tendrá que dar al fujimorismo cuando vaya a emitir su voto.
Por dignidad, el fujimorismo no debe volver a gobernar nunca más el Perú. La corrupción a gran escala, los crímenes de lesa humanidad, el saqueo de nuestras riquezas, la legalidad puesta al servicio de los grupos dominantes y sostén del rapaz modelo neoliberal, la eliminación de las conquistas laborales, la persecución a los dirigentes de las organizaciones del pueblo y el terror mentiroso a todo lo que tenga olor a izquierda, son solo algunas de las cosas que no debemos permitir que se repitan.
Eduardo Galeano nos recuerda que "la dignidad es muy importante, en la vida, en el fútbol y en todo lo demás".
El 6 de junio, ¡un voto de dignidad!
Pedro Castillo ¡Presidente!
sábado, 22 de maio de 2021
Manifesto Santrich * Movimento Continental Bolivariano/MCB
MANIFESTO SANTRICH
sexta-feira, 21 de maio de 2021
102 ANOS DE FUNDAÇÃO DA III INTERNACIONAL * Roberto Bergoci / SP
ROBERTO BERGOCI - SP
texto publicado originalmente no jornal
GAZETA REVOLUCIONÁRIA
100 anos da fundação da III Internacional: a atualidade do partido mundial da revolução para barrar o caminho da barbárie imperialista!
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Democracia e direitos humanos no Brasil * CUT
DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS NO BRASIL
É GRÁTIS
ILAN PAPPE: HISTÓRIA E VERDADE * Berenice Bento/DF
ILAN PAPPÉ: HISTÓRIA E VERDADE
Resenha do livro:
PAPPÉ, Ilan. A limpeza Étnica da Palestina. Editora Sundermann: São Paulo, 2016.
Adquira aqui:https://livrariacidadedasletras.blogspot.com/2021/05/a-limpeza-etnica-da-palestina-em-1948.html
***
Há livros difíceis de serem lidos. Às vezes empacamos diante de conceitos ou de formulações rebuscadas. Há, também, outros tipos de dificuldades. Paramos a leitura para tomar ar, para dar ao pensamento tempo para se conectar com a narrativa de experiências históricas terríveis, devastadoras. Somos postos diante do precipício daquilo que chamamos “humanidade”. Os crimes contra a humanidade nos arrancam do nosso lugar confortável e nos fazem pensar sobre os próprios sentidos que os criminosos dão ao “humano”. Foi a conta-gotas que li A limpeza Étnica da Palestina (Editora Sundermann), do historiador israelense Ilan Pappé. A cada página o autor nos apresenta aos horrores cometidos pelos sionistas para expulsar os/as palestinos/as de suas terras para que pudessem fundar um Estado judeu.
Nas duas viagens que fiz à Palestina vi fragmentos. Conheci parte considerável dos 700 quilômetros de muro, serpentes de concreto; as barreiras militares. Escutei tiros que executaram um jovem na Cidade Velha de Jerusalém, ritual de morte que acontece quase todos os dias nas barreiras militares. Acompanhei e chorei com os moradores de Silwan (bairro palestino em Jerusalém Oriental) que tiveram suas casas demolidas. Conversei com crianças que tinham sido presas pelo Estado de Israel. Visitei alguns campos de refugiados. Faltava, contudo,
(1 Departamento de Sociologia - Universidade de Brasília (UnB) - Brasília - Distrito Federal – Brasil - bere nice.bento1@gmail.com
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ligar os vários pontos dos múltiplos atos de terror cometidos pelo Estado de Israel contra o povo palestino. Tão logo voltei ao Brasil, em janeiro de 2017, o livro de Ilan Pappé foi lançado. Este livro me deu um quadro histórico mais coerente e completo, que seria impossível de alcançar apenas pela dimensão da experiência. O que eu tinha assistido era, de fato, a continuidade da política iniciada em 1947 pelo futuro Estado de Israel: eu vi a continuidade da limpeza étnica da Palestina.
Um dos principais mitos que tenta justificar a existência de Israel se funda menta no lema “Uma terra sem povo para um povo sem terra”. A narrativa sionista é mais ou menos assim: “judeus miseráveis, perseguidos pelos antissemitas na Europa, finalmente, voltam para suas terras ancestrais. Encontraram terras desocupadas e, com seu trabalho, fizeram da terra seca brotar a abundância. Cercado de inimigos por todos os lados, os/as heroicos/as soldados/as judeus/judias resistiram, lutaram e fundaram o glorioso Estado de Israel!”. Após a pesquisa de Ilan Pappé, este mito foi definitivamente destruído.
A tese da limpeza étnica não é nova. Walid Khalidi, por exemplo, nos seus escritos, já seguia este caminho. Em sua obra-prima, Una Historia de los Palestinos a traves de la fotografia 1876-1948, Khalidi nos apresenta uma Palestina pulsante, com uma vida urbana conectada com grandes centros culturais e econômicos do mundo. O autor combina vários elementos narrativos em seu livro: fotografias, mapas, dados censitários e textos analíticos. A própria palavra síntese, usada pelos/as palestinos/as para se referir ao que lhes aconteceu, principalmente a partir de novembro de 1947, Nakba (catástrofe), nos revela que a tese de limpeza étnica não é nova.
Qual seria, então, a singularidade da obra de Pappé e por que sua leitura deve ser obrigatória para todos/as que estão conectados/as com a luta do povo palestino e/ou interessados/as em entender os mecanismos de domina ção do neocolonialismo materializados nas políticas do Estado de Israel? Pela primeira vez, um pesquisador entra na alma do projeto sionista: vale-se dos arquivos da Haganá, das FDI (Forças de Defesa de Israel), arquivos centrais sionistas, registro das reuniões da Consultoria, diário e os arquivos pessoais de Ben-Gurion. Com rigor científico cirúrgico, o autor nos apresenta também cartas, documentos da ONU, repercussão em jornais de alguns dos massacres cometidos contra o povo palestino, arquivos da Cruz Vermelha. Além da descrição e análise histórica dos fatos, o livro ainda mostra fotos, cronologia dos fatos principais, mapas e um apartado com centenas de notas explicativas das fontes consultadas. São estas notas que garantem o rigor científico e o compro misso com a verdade. São centenas, iguais à Nota 5 (Capítulo 6): “Isso estava
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nas ‘Ordens operacionais para as brigadas de acordo com o Plano Dalet’, Arquivos das FDI, 22/79/1.303” (p. 313).
No primeiro capítulo, o historiador irá apresentar o conceito de “limpeza étnica” aceita por todos os organismos internacionais como “um esforço para deixar homogêneo um país de etnias mistas, expulsando e transformando em refugiados um determinado grupo de pessoas” (p. 23). Logo depois, nos conduzirá aos antecedentes históricos do projeto sionista de construção de um Estado para os judeus (por exemplo, a Declaração Balfour, de 1917) e nos apresentará aos “intelectuais orgânicos” da limpeza étnica, destacando-se o grande arquiteto Ben-Gurion.
Em carta ao filho, em 1937, Ben-Gurion antecipará o que iria acontecer: “Os árabes terão de ir, mas para fazê-lo acontecer, é necessário um momento opor tuno, como uma guerra” (p. 43). Dez anos depois, em 1947, Yigael Yadin (outro importante quadro político-militar que planejou e executou a limpeza) afirma rá: “os árabes palestinos não têm ninguém para organizá-los devidamente” (p. 42). Ou seja, a suposta guerra que Ben-Gurion já desejava em 1937 não aconteceu. Guerra só existe quando há um mínimo de equilíbrio na correlação de forças bélicas entre os inimigos. O que mostra a falsidade da retórica acionada sem timidez por Ben-Gurion de que os judeus na Palestina corriam risco de serem vítimas de um segundo Holocausto. Ao descrever os palestinos como nazistas, “a estratégia era uma manobra deliberada de relações públicas para garantir que, três anos depois do Holocausto, o ímpeto dos soldados judeus não vacilasse quando eram ordenados a limpar, matar e destruir outros seres humanos” (p. 93).
Foram três planos, ao todo, para realizar a limpeza étnica (Plano A, 1937; Plano B, 1946 e que passou a integrar o Plano C, de 1948). No entanto, o mais minucioso e melhor estruturado foi o Plano Dalet (“D” em hebraico). Assim,
“alguns dias depois de escrito, o Plano D foi distribuído entre os comandantes das 12 brigadas incorporadas agora à Haganá. Junto à lista recebida vinha uma descrição detalhada dos vilarejos no seu raio de ação e de seu destino imanen te: ocupação, destruição e expulsão. Os documentos israelenses liberados pelo arquivo das Forças de Defesa de Israel, no fim dos anos 1990, mostram clara mente que, ao contrário das alegações feitas por historiadores como Benny Morris [historiador israelense], o Plano Dalet foi entregue aos comandantes de brigadas não como diretrizes gerais, mas como categóricas ordens para a ação” (p. 103).
No Capítulo 5, Pappé descreve e analisa a execução do Plano D mês a mês. O nome das Operações, os vilarejos capturados e destruídos, os massacres, o
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poder bélico da Haganá (mais de 50 mil soldados) em contraposição ao total desamparo dos/as palestinos/as. Foi durante a execução do Plano D que aconteceu o famoso massacre de Deir Yassin, “um cordial vilarejo pastoril que havia conseguido um pacto de não agressão com a Haganá de Jerusalém” (p. 110). Cerca de 170 habitantes foram brutalmente assassinados; dentre eles, 30 bebês.
As ordens eram claras: “matem qualquer árabe que encontrarem, incendeiem todos os objetos voláteis e derrubem as porta com explosivos” (p. 115). Eram as ordens daquele que se tornaria o chefe de estado-maior do exército israelense, Mordechai Maklef.2
Foram necessários apenas alguns meses para destruir 531 vilarejos, 11 bairros urbanos e mandar 800 mil palestinos/as para o exílio. Dos vilarejos destruídos, 31 foram massacrados, vítimas de carnificinas, entre eles: Nasr al-Din, Khisas, Safsaf, Sa’sa, Hussayniyya, Ayn Al-Zaytun, Tantura. Em relação à Tantura, déca das depois, Eli Shimoni, oficial da Brigada Alexandroni, admitiria: “Não tenho dúvida de que ocorreu um massacre em Tantura. Não saí por aí anunciando-o aos quatro ventos. Não é exatamente algo para se orgulhar” (p. 147). Não se sabe exatamente quantas pessoas foram executadas. Alguns falam de 85; outros, de 125. Em Tantura, “quando a carnificina acabou no vilarejo, com as execuções encerradas, dois palestinos receberam a ordem de cavar uma cova coletiva sob a supervisão de Mordechai Sokoler, de Zikhron Yaacov, dono das escavadeiras trazidas para realizar o trabalho macabro. Em 1999, ele disse que se lembrava de haver enterrado 230 corpos; tinha claro o número exato: ‘eu os depus na cova, um a um’” (p. 156).
E os massacres seguem. Em Lydd: “As fontes palestinas narram que na mes quita e nas ruas ao redor, onde as forças judaicas fizeram mais uma onda de matança e pilhagem, 426 homens, mulheres e crianças foram mortos (176 mor tos foram encontrados na mesquita). No dia seguinte, 14 de julho, os soldados judeus foram de casa em casa tirando as pessoas para a rua e empurrando cerca de 50 mil delas para fora da cidade, em direção à Cisjordânia (mais da metade já era refugiada de outros vilarejos próximos)” (p. 203).3
2 Sugiro que o livro de Ilan Pappé, como metodologia de leitura, tenha como suporte visual os mapas interativos produzidos pela ONG israelense Zochrot (http://zochrot.org). É possível encontrar informações dos vilarejos destruídos, dos massacres e um mapa com os atuais 54 campos de refugiados. Um terceiro suporte é o site <www.palestineremembered.com>, em que é possível ler depoimentos de palestinos/as que tiveram a vida de suas famílias destruídas pela limpeza étnica.
3 No exato momento em que escrevo esta resenha, acabo de saber que pesquisadores encontraram, em 26/04/17, no distrito de Jaffa (Tel Aviv), seis valas comuns que podem conter cerca de 600 corpos de palestinos/as que foram massacrados em 1948. Ver: <http://www.dailymail.co.uk/news/article-2334205/ Mass-grave-uncovered-containing-dozens-Palestinians-killed-1948-war-founded-Israel.html>.
v.7, n.2 Berenice Bento 527
No entanto, foi no vilarejo Dawaymeh que as atrocidades superaram todas as pretéritas. Em 28 de outubro de 1948, 20 blindados israelenses entraram no vilarejo. Em pouco tempo, a chacina foi consumada. Estima-se que 455 pessoas foram assassinadas, sendo 170 mulheres e crianças. Os relatos, produzidos pelos próprios soldados, são estarrecedores: “bebês com crânios rachados, mulheres estupradas ou queimadas vivas nas suas casas e homens esfaqueados até a morte. Esses relatórios não foram elaborações a posteriori, mas depoimentos de testemunhos oculares enviados ao Alto Comando em questão de poucos dias após o fato” (p. 232). Os métodos utilizados não eram essencialmente diferentes de uma operação militar para a outra: pilhagem e roubo dos bens materiais, estupros, assassinatos, demolições, agressões, incêndios, campos de trabalho forçado, envenenamento de fontes de água.
Em 1950, a situação dos/as palestinos/as já era tão trágica que a ONU criou a Agência das Nações Unidas para Ajuda e Emprego (UNRWA – sigla em inglês) que se dedica, exclusivamente, aos/às palestinos/as refugiados/as. Os/as filhos/ as da diáspora palestina estão espalhados pelo mundo. Em novembro de 1948, a ONU aprovou a Resolução 194, que garante aos/às refugiados/as – que atual mente são 5,2 milhões – o direito de retorno às suas casas na Palestina. Como tantas outras Resoluções, o Estado de Israel nega-se a cumpri-la.
São gerações e gerações de palestinos/as espalhados/as em campos de refugiados. Muitos dos/as palestinos/as com quem conversei, moradores de campos de refugiados, conseguem apontar o local das casas de parentes que foram roubadas pelo Estado de Israel. Muitos ainda guardam as chaves de suas casas. Algumas vezes, as expõem como objetivo-símbolo dos seus sofrimentos e esperanças. Querem voltar para casa.
Em vários momentos, Ilan Pappé abre uma brecha na narrativa para expor sua subjetividade. Os achados científicos da pesquisa parecem ter produzido um tipo de perda do autor. É como se ele estivesse nos falando: “fui feito a par tir de mentiras que me contaram”. Entre outras passagens do livro, ele nos diz:
“Como tantos outros pontos de belas paisagens dessa região [refere-se ao vilarejo de Qira, destruído em fevereiro de 1948], voltados à recreação e ao turismo, também esconde as ruínas de um vilarejo de 1948. Para minha própria vergonha, levei anos para descobri-lo” (p. 100).
O livro de Pappé tem sido uma poderosa arma para cumprir o objetivo que ele esboça já nas primeiras páginas. “Este livro foi escrito com a convicção pro funda de que a limpeza étnica da Palestina precisa ficar enraizada na nossa memória e consciência como um crime contra a humanidade e de que deve ser excluído da lista de crimes supostos” (p. 25).
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Ao fim do livro, uma certeza: Israel é um imenso cemitério. Sob o “seu” solo, estão vilas, corpos, cemitérios palestinos, objetos e muitas histórias. Tudo es condido pelo silêncio sepulcral de um projeto colonial. Mas a história e seus fantasmas renascem de múltiplas formas. Pappé conta que o Fundo Nacional Judeu (FNJ) tentou cobrir as ruínas do vilarejo palestino de Mujaydil com de zenas de pinheiros. No entanto, “mais tarde, as visitas dos familiares de alguns dos aldeões originais da região descobriram que alguns dos pinheiros estavam literalmente rachados ao meio e que, no meio dos troncos rompidos, brotaram as oliveiras, desafiando abertamente a flora forânea plantada ali há 55 anos” (p. 262). A oliveira é o símbolo do povo palestino.
Qual o preço pela coragem de praticar a verdade, a parresía? Ilan Pappé sabe. Depois de publicar seu livro, em 2006, as perseguições e censuras por parte do Estado de Israel tornaram sua vida impossível. Ilan Pappé também é oliveira. Atualmente, vive exilado e está engajado na luta mundial de solidariedade ao povo palestino que clama pelo boicote, desinvestimento e sanções (BDS) ao Estado de Israel como forma desobrigá-lo a desocupar os territórios palestinos, fazê-lo parar com suas políticas de apartheid e, finalmente, reconhecer o direito de retorno dos/as palestinos/as refugiados/as.
Referências
KHALIDI, Walid. Una Historia de los Palestinos a traves de la fotografia 1876-1948. Les Editions de la Revue d´études palestiniennes: Paris. 1987.
DAILYMAIL. Mass grave uncovered containing dozens of Palestinians killed in 1948 war that founded Israel. Disponível em: <http://www.dailymail.co.uk/news/arti cle-2334205/Mass-grave-uncovered-containing-dozens-Palestinians-killed 1948-war-founded-Israel.html>. Acesso em: 02 maio 2017.
Zochrot. Disponível em: <http://zochrot.org>. Acesso em: 02 maio 2017. PALESTINE Remembered. Disponível em: <www.palestineremembered.com>. Acesso em: 02 maio 2017.
Recebido em 21/05/2017
Aprovado em 20/06/2017
Como citar esta resenha:
BENTO, Berenice. Ilan Pappé: história e verdade. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar, v. 7, n. 2, jul.- dez. 2017, pp. 523-528.
quinta-feira, 20 de maio de 2021
Algo más sobre la muerte de Jesús Santrich * Alfonso Camerano Fuentes/Col
ALGO MAIS SOBRE LA MUERTE DE JESUS SANTRICH
El complot para matar a Santrich o el nuevo “talibán” colombiano? El dedo meñique y la ficha decadactilar en manos de la Registraduria...
Por: Alfonso Camerano Fuentes
La muerte de Santrich fue el resultado de una operación de película, tipo CIA, a lo “Misión Imposible”, negada por el gobierno colombiano a pesar de haberse ejecutado en la nerviosa zona limítrofe colombo-venezolana por un convoy sigiloso que salió de aquí y se devolvió montado en helicóptero.
A diferencia del matadonón a Raul Reyes en territorio ecuatoriano, cuando salieron con el cuento de la “persecución en caliente”, la de Santrich se fraguó en frío, a paso calculado de gato sobre ratón, sin más explicación que la de haberlo ultimado la gente de alias Gentil Duarte, jefe de una disidencia, metido en la casa ajena.
El comando de asalto usó armamento pesado, metralletas y lanza granadas, contando con información de inteligencia militar que les permitiera conocer la ubicación de la presa, precisión del lugar de desplazamiento y hora de rodamiento para su ejecución, en fin, toda una infraestructura que va más allá de la cuadrilla del operador sindicado.
A 4 kilómetros estaba ubicada una base aérea de la Guardia Nacional de Venezuela que ni se mosqueó; extraña conducta de un ejército bien dotado e informado, si atendemos las alertas de Diosdado Cabello advirtiendo recientemente en alocución por TV, sobre su preparación y entrenamiento, en el evento de un un conflicto entre ambos países, que daría lugar a la movilización de tropas Bolivarianas por tierra, mar y aire; aquí no hubo ni un traqui traqui de respuesta.
La incursión para dar de baja al
lider de las FARC Jesus Santrich, quien fuera contradictor del Secretariado dirigido por Timochenko, y recién agarrado con el otro ex secretariado y jefe del Partido de la Flor en Bogota, Carlos Antonio Lozada, de ser cierta la utilización de los disidentes de Gentil Duarte, a lo Talibán, marcaría indicios de una alianza de la derecha colombiana, la CIA y sectores de la Guardia Nacional, con las organizaciones que dominan militarmente las zonas de cultivo de coca en Colombia, que, valga decir, hace solo unas semanas, habían empezado a combatir en la zona fronteriza con Venezuela en confusos hechos en los que intervino el ejército del país vecino y que todavía no se explican con claridad.
Podría estar cocinándose una alianza como la dirigida por el general gringo Oliver North, a mediados de los años 80, conocida como el “Irangate” o “Irancontra”, quien promovió la venta de armas a Irán, prohibida por los EEUU, y con su producido financiar a las organizaciones contrarrevolucionarias nicaragüenses, aliados a los narcos; en este caso, podría ponerse en peligro la Paz de naciones hermanas, Colombia y Venezuela, que podrían verse envueltas en un conflicto atípico, utilizando desde el territorio colombiano a talibanes de nuevo tipo, bien entrenados y financiados, que sustituirían el ejército regular.
Hasta ahora nadie se ha explicado cómo llegó la información de la emboscada a Jesús Santrich, así como la afirmación de su baja, a la Revista SEMANA, quedando en el aire la duda de su origen en fuentes oficiales bien dateadas, que coinciden con la derechización del importante medio de comunicación.
Como en el juego de naipes, cuando se tienen tres ases, hicieron “tripichana” con la muerte de Jesús Santrich:
Se cobró Duque por la derecha el latinazgo “memento moris”, lanzado por el hoy difunto al primer mandatario, que lo calificó como amenaza de muerte; de suyo el gobierno ofrecía una recompensa de $3.000’ millones de pesos que, para pagarlos, pasará por la confrontación de la huella del dedo meñique con la q aparece en la ficha decadactilar que lleva la Registraduría Nacional del Estado Civil, como prueba insustituible de la identidad del hombre más buscado del país y por el cual se ofrece la suma mencionada.
Se despacharon los gringos que lo habían empapelado en un negocio de droga, para lo cual usaron al sobrino de Iván Marquez, Marlon Marín, como testigo de la DEA, suficiente para vincularlo al proceso abierto por la Corte de New York, que se sentían burlados cuando se les voló para evitar su extradición a los EEUU que lo
pedía; de hecho ofrecieron recompensa de US 10’ millones.
le saca partido la organización armada disidente de Gentil Duarte y demás grupos armados al servicio del narcotráfico, donde se disputan los corredores de la coca al Pacifico, a Venezuela y a los puertos del Caribe, que lo veían como un enemigo;
queda una incógnita en la conducta pasiva de la Guardia Nacional venezolana, que no respondió y tampoco se pronuncia todavía sobre qué fue lo que pasó..
Aprovechando una entrevista de Yamith Amat al Ministro del interior Daniel Palacios, en la noche del martes 18 de Mayo, el gobierno “sacó maletas”, afirmando que “.. era de esperarse su muerte violenta dada la actividad bélica de la disidencia en los corredores de la coca”.
Este round es de Duque, se cobró el “quizá quizá quizá”, el “memento moris”, palabras que tomó para sí como “amenazas de muerte” de Santrich; permitió, por acción - soto voce - u omisión, la violación de la soberanía territorial de Venezuela desde el territorio de Colombia; ademas, exhibe la infiltración de la Guardia Nacional y de la misma guerrilla disidente por agentes del equipo agresor que fueron indispensables en el golpe de mano y dan otro alcance al conflicto político multinacional contra Venezuela, usándonos de plataforma de lanzamiento para combatir el régimen bolivariano del vecino.
A diferencia del resto del país, a Jesús Santrich, en Barranquilla lo sienten muy suyo; lo lloran quienes lo conocieron como “Seuxis”, su nombre de pila, militante de la JUCO en su vida de estudiante de la Universidad del Atlántico, intelectual, amante de la buena música, bailador, pintor, escritor, revolucionario desde pelao, y su pinta de blanco lona a lo indígena arwaco con quienes compartió desde cuando vivió en la Sierra Nevada de Santa Marta, al vincularse al 19 frente de las FARC hace más o menos 30 años; su reaparición en La Habana y después en Bogota y Barranquilla, generó entusiasmo en amigos, camaradas y jóvenes que lo admiraban y apoyaban.
El país que vivió Seuxis tomó nuevos rumbos hacia las luchas masivas en las calles de las ciudades, campos y veredas quedando relegadas las llamadas “formas superiores”, como fue calificada la lucha armada desplegada en el campo y en la selva, durante el siglo pasado, lo cual entendió y plasmó en discursos y documentos que hacen parte del Acuerdo de la Habana, y que se propuso implementar en medio de contradicciones con sus propios compañeros del secretariado de las FARC, hasta su obligado retorno al “monte” para salvar el pellejo y continuar en un proceso que perdía arraigo frente a los cambios democráticos del cual fue artífice pero del que también fue alejado por la fuerza.
Ya se escribirán páginas sobre su Vida, ideas, escritos políticos, discursos, obra pictórica, creaciones culturales, la de intérprete musical, la de buen bailador, en fin, la expresión de su inmenso corazón Caribe que nunca lo abandonó.
Descansa en Paz Seuxis Paucias Hernandez Solarte, disfruta el reencuentro con tu amigo, Jesús Santrich, a quien honraste adoptando su nombre..!!
Aquí abajo, en esta tierra injusta, se impone la lucha de masas liderada por una Juventud que construye marchando su propio futuro..!!!
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