quinta-feira, 21 de maio de 2020

Bolsonaro e o Reino da Tortura * Antonio Cabral Filho - RJ

Bolsonaro e o Reino da Tortura
Não fosse suficiente idolatrar torturador, assassino, fascista, o currículo do "bozzalnardo" se enriquece a cada dia com os aportes que ele consegue extrair do "caldeirão do bruxo Brilhante Ulstra",
-o torturador agredindo jovens pelas ruas do país-

como no último espasmo em que receitou cloroquina pra direita, tubaína pra esquerda e propina para o "centrão".

História da Tubaína
Para quem não sabe, nós brasileiros temos uma estranha mania de carnavalizar tudo.  Por exemplo, no ambiente escolar ninguém, mas ninguém mesmo, liga quando um menino maltrata uma menina, geralmente de modo a ofendê-la exatamente num campo em que a mesma não tenha sucesso em se defender: por exemplo, se ela for gorda. Chamá-la de gorducha, saco de banha, maria-mole etc. Devido à condição física, ela prefere ficar calada, engolir seco e deixar correr. O que ocorre nesse tipo de caso? É um "BULLYING", mas nem a escola nem o professor, sequer o inspetor de aluno e, na maioria dos casos, nem a família, toma a defesa do ofendido. 

É assim que se cresce e se chega à vida adulta carregando traumas. É assim que se "normaliza" uma aberração. Assim se torna o abuso sexual coisa normal, o assédio como algo natural e o tapa na cara da menina como "coisa de homem". Por isso, a TUBAÍNA é conhecida no Brasil inclusive como "brincadeira" de criança, realizada com a maior naturalidade e aplicada como castigo aos coleguinhas que perdem nas molecagens.

Mas qualquer um pode pesquisar que vai encontrar a TUBAÍNA na história, desde a Idade Média, inclusive na INQUISIÇÃO, como método de tortura, a chamada TORTURA DA ÁGUA. Ela consiste na colocação de um funil na boca da pessoa e o torturador vai colocando água, de modo a cortar a respiração do torturado, até chegar ao máximo, concluindo com a morte por asfixia. 

Na História do Brasil os métodos de tortura são muito populares. O "pau-de-arara por exemplo, o "telefone" , em fim, muitos métodos de tortura se tornaram até "normais", devido a essa mania de carnavalizar as aberrações, a ponto de se ver no dia-a-dia a criançada brincando e aplicando esses métodos de tortura uns nos outros.

Todos sabemos que tudo isso forma uma imensa lama na tragédia brasileira, onde ofender as pessoas por suas característica étnicas, raciais, culturais e até sociais, faz parte uma "pseudo cultura" que hoje, melhor do que nunca, podemos ver cristalizada em política, e vociferada pelo porta-voz do ódio, personificado no "energúmeno eleito presidente" por seus iguais. 

Diante disso, não podemos nos calar e deixar correr frouxo tamanhas monstruosidades.

Antonio Cabral Filho - RJ
poeta e escritor brasileiro.
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Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro