sexta-feira, 2 de julho de 2021

A Revolução Mundial No Mundo Globalizado * Guilherme Monteiro Jr / ES

  A Revolução Mundial No Mundo Globalizado

-Primeralinea/DarioOrtizRobledo-

Hoje, no século XXI, a globalização está cada vez mais consolidada e cada vez mais é parte das nossas vidas, com a abolição das fronteiras econômicas e em breve, com a possibilidade do federalismo mundial e da criação de órgãos democráticos a nível global. Junto a isso, cada vez mais surge a ideia de uma revolução mundial e da criação de um República Socialista Mundial que consiga usufruir de todos os benefícios de um mundo globalizado e unificado economicamente, politicamente e até mesmo socialmente e culturalmente. Contudo, surge a questão de como que é possível realizar a revolução mundial nestas condições.

 

Uma analogia que poderíamos fazer a isso é como se o mundo fosse um país unificado com um governo capitalista, que aqui vou chamar de Federação da Terra, na República da Terra, os continentes e as Repúblicas que fazem parte da Federação são bem unidos e conectados uns com os outros. E a mesma começa a passar por um momento de crise e estando em um estado de começar uma revolução. Então, uma outra analogia que poderíamos fazer seria a revolução Russa, onde a revolução começou e se espalhou por toda a Rússia praticamente, nesse caso, não seria diferente na Federação da Terra, seguiria uma lógica parecida com a da revolução russa e que levaria a criação, no caso da Federação da Terra, a União das Repúblicas Socialistas da Terra ou, como citado no começo do artigo, a República Socialista Mundial.

 



Claro que as proporções entre a Terra e a Rússia são bem diferentes, a Terra é muito maior que a Rússia e possui muito mais dificuldades, claro que é maior e tem mais dificuldades, mas o que eu quis dizer é que proporcionalmente é possível sim uma revolução mundial, onde que, por meio da globalização e das rápidas informações, seria possível fazer vários focos revolucionários em todos os continentes e então ir para a luta revolucionária no mundo todo, realizando assim a revolução mundial.

 

Voltando para a condição em que estamos, vemos que em caso de uma federação mundial e de um mundo bem globalizado, é possível sim uma revolução mundial, claro que o exemplo poderia ser melhor, mas tentei ser o mais simples possível. Vivemos em um mundo que cada vez mais a frase “trabalhadores do mundo, uni-vos!” faz cada vez mais sentido e ficamos cada vez mais próximos da realização desta frase revolucionária.

 

Para conseguirmos ter sucesso na revolução mundial, precisamos primeiro nos organizar e nos preparar, unir os movimentos revolucionários do mundo inteiro por meio da criação de organizações revolucionárias que sejam análogas aos órgãos propostos pelo movimento federalista mundial, trabalhando assim pela criação de organizações revolucionárias a nível mundial e podendo integrar vários revolucionários e a unir os mesmos como um só país e união.

 

Se nos anos 1920 já temiam uma revolução mundial, hoje, nos anos 2020, dá para temer ainda mais a mesma, cada vez mais, o proletariado tem acesso a informação e a tecnologia, cada vez mais os países ficam cada vez mais unidos e cada vez mais fica fácil de aprendermos outros idiomas e línguas, cada vez mais fica fácil de mobilizar revolucionários e pessoas no mundo inteiro e de fazer manifestações e protestos usando apenas a Internet e a tecnologia.

 

Cada vez mais vemos que a globalização e o federalismo mundial, não atrapalham a revolução mundial, mas sim, preparam o espaço para o que seria e poderá ser a revolução mundial, o internacionalismo nunca fez tanto sentido nos dias atuais, cada vez mais pessoas e revolucionários veem a Terra como sendo o seu próprio país, e assim cada vez mais estamos entendendo que o mundo da frase “trabalhadores do mundo, uni-vos” está  fazendo parte das nossas vidas e a tecnologia possibilitando unir o proletariado e os revolucionários de todo o mundo.

 

A globalização e o federalismo mundial podem sim ser positivos para a revolução mundial e facilitar ainda mais a revolução mundial, desde que saibamos como usar os mesmos, como no caso da alterglobalização e do federalismo mundial de esquerda, basta termos vontade, foco e planejamento para a realização da revolução mundial nos próximos anos ou décadas, ou melhor, começar o planejamento da mesma e começar os primeiros passos para a consolidação da mesma. E lembrando sempre que, hoje em dia a frase “Trabalhadores do mundo, uni-vos!” está cada vez mais fazendo sentido na sociedade globalizada e quase federalista mundial em que vivemos.


 GUILHERME MONTEIRO JR/ES

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Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro