Militarismo Utilitário e Escolas de Preparação Doutrinárias
Nos meus dois últimos textos referentes ao tema e nesse caso para encerrarmos com chave de ouro vamos primeiro aludir algumas questões abordadas ao tema na primeira e segunda parte. Nesse caso no primeiro e segundo texto. Serão necessários esse tipo de feedback para retomarmos em compreenção os elementos fundamentais que tornam o militarismo e sua defesa como algo meramente utilitário, portanto sem base de defesa plausível para a seguridade e sustentabilidade social frente as configurações de gerenciamento material humano em praticamente todas as ramificações de atuação em diversos países da periferia do capitalismo, e como o militarismo pela forma organizaçional sócio-cognitivamente instituida serve como um impecilio a estabilidade material de vida das classes que nada tem a oferecer a não ser sua força de trabalho condicionada como mercadoria.
Até porque o Estado possui o monopólio legal da violência, e este é um produto necessário a forma burguesa de organização da vida material de modo com que o capital, estabeleça atrativos burocráticos a sua acumulação exponencial. Esse é o estado burguês, impulsionado pela corrente iluminista liberal que veio a substituir o modelo feudalista.
Que fez surgir dos burgos a nova classe dominante a institucionalizar seus meios midiáticos de comunicação, ralações materiais universalizantes e a livre comercialização e exploração do homem pelo homem sem os condicionamentos restritivos do trabalho vigentes ao regime feudal.
(Karl Marx - O Capital volume l...... A assim chamada acumulação primitiva)
E dos descendentes de servos vassalos e camponeses em trabalhadores assalariados, mas isso é tema para outro texto que farei.
Ocorre que essa corrente processual desenvolveu novos métodos de conflitos, novos meios de promoção da guerra, e o impulso a esses novos métodos fomentados pelo capital em seu início fumegante promoveu uma série de invasões brutais e submissão pela força, foi nesse meio processual que os métodos positivistas Napoleônicos foram institucionalizados e promovidos pelos ideais iluministas da Revolução Francesa.
No primeiro texto demonstrei como as doutrinas são instituidas pelas possibilidades de gerenciamento material sobre processamentos históricos precisos de acordo com a soberania de uma lógica instituida a totalidade das relações materiais de uma sociedade. Comentei sobre as bases fixas de promoção das doutrinas positivistas Napoleônicos instituidas sobre os meios militares, e o modo conservador tal como a doutrina de Segurança Nacional, implementada sobre o acirramento emblemático que a luta de classes promoveu durante a guerra fria. Demonstrei também como tais doutrinas baseadas na submissão humilhante promove uma descompreenção condicional da realidade e mesmo com uma pedagogia de complemento base, ela própria é anulada pela imposição doutrinária. Um dos motivos que desestímulo qualquer ideia de militarização de nossas escolas.
No segundo texto, me foquei na aberração sócio-cognitiva resultante desse processo. Na despolitização Doutrinária promovida por bases da academia militar, na qual a humilhação é lei e o senso crítico é a exessão uma vez que a doutrina exige o estabelecimento da hierarquia e a hierarquia visa estabelecer a doutrina. É um ciclo vicioso.
Só para se ter uma ideia, a pedagogia básica educacional em academias militares não segue as normativas de análise dos órgãos internacionais que avaliam nivelamento universal educativo, relativas a universidades públicas conhecidas internacionalmente. A doutrina obrigatória vem em primeiro e em último também.
Nesse último texto para complementar irei ilustrar uma compreenção estatística básica. Não é apenas a doutrina militar que faz a escola perder sentido de atuação. Escolas devem trabalhar com a promoção das disciplinas do saber e com a crítica política, no intuito da promoção do saber, e não com a imposição absoluta de uma doutrina de submissão. Mas também que a Escola Civil-militar se torna um centro de abatimento de crianças e adolescentes.
Não disse errado, Escolas Civil-Militares são um risco de vida para os alunos, até porque polícias e militares são alvos de bandidos foragidos por diversos crimes possíveis. E nesse processo os alunos se tornam alvos aleatórios, fora que ao invés do aluno se afastar de problemas de saúde pública como as drogas por exemplo, os militares se tornam fontes atrativas a esse tipo de ocorrência ou por modo indireto através da proximidade de atuação de elementos na busca de execuções condicionais, e/ou por meios de recrutamento ao crime organizado sobre diversas formas de atuação, ou pelo modo direto através das milícias que compram os produtos dos traficantes e até mesmos empréstimos de agiotas e repassam tais conteúdos aos alunos.
Claro que aqui estamos colocando em nota os riscos diretos a vida que as crianças e adolescentes adquirem ao prestar cursos em escolas Civil-Militares. Não apenas pelo desvio do fundamento elementar das escolas como já mencionei através da imposição doutrinária ineficaz mas como a ineficiência apresentada através dessas projeções a seguridade de vida aos alunos.
* O Destino necessário do Militares se faz Urgente !!!
Um camarada na qual tive um breve diálogo cujo o nome dele é Antônio uma vez me disse que os militares são mercenários e sempre estarão com o fuzil apontado contra os trabalhadores em momentos específicos de atuação.
É verdade, mas os militares pela sócio-cognição instituida pelas doutrinas elementares são essencialmente idiotizados através desse processo.
Poucos indivíduos se salvam, mas o modo como eles são instruidos pela histoicidade implementada torna-os um risco para os civis, principalmente os mais carentes através de preconceitos pré-estabelecidos sócio-cognitivamente (termo que tratarei também em um próximo texto. Sugiro que acompanhem), veja um exemplo, o General Heleno acusado de fuzilar haitianos aleatoriamente em uma operação no Haiti em 2010, um criminoso de guerra.
Tivemos também a tentativa do ex Ministro da Justiça Sérgio Moro, de imputar uma lei anti-crime que desresponsabiliza o policial por prerrogativas emotivas, termos que não podem ser adjetivados a policiais porque eles jamais serão cidadões comuns que agem emotivamente.
Mas a questão é... Que as doutrinas implementadas institutivamente nas academias militares e sua histoicidade, torna esse setor corporativo um risco a sociedade, militares já possui um histórico de repressão contra sua própria população inerente ao condicionamento histórico de gerenciamento material das sociedades em localidades específicas.
Recentemente na França uma lei imputada pelo parlamento proíbe a gravação de vídeos sobre acusações de Violência a corporação policial, tal ação resultou em protestos violentos.
Já aqui no Brasil considero mais do que necessário a extinção das forças armadas, o fim das escolas militares e o encerramento de atividades das academias, a desmilitarização das polícias sobre julgamento de tribunais comuns, a publicação de brigadas populares com uma reformulação completa dos futuros integrantes, com diretórios exclusivos e novas doutrinas de atuação, asseguradas pela civilidade, de bases populares com seguridades estabelecidas.
O Brasil nunca precisou de militares uma vez que a divisão internacional do trabalho nos condicionou a ser um país dependente, exportador de commodits semi colonial, com investimentos, tropas e treinamentos ineficientes comparados com a histoicidade material das relações capitalistas em outros países.
Minha proposta das brigadas populares exige uma configuração reformulativa completa para os novos integrantes, com diretórios populares e novas doutrinas de aquisição ligadas a seguridade social civil. Treinamento combativo intensivo, com severa resiliência física, psquico-emocional e intelectual, minando preconceitos, em com aparato de gerenciamento tecnológicos expansivo, por assim agradeço a meus caros leitores, considero encerrado esse tema !!!
Reinaldo Conceição da Silva/SP
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Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro