sábado, 24 de outubro de 2020

A Questão do fim dos Impostos: Abolição do peso monetário governamental sobre o consumo * Reinaldo Conceição da Silva / SP

 A Questão do fim dos Impostos: 

Abolição do peso monetário governamental sobre o consumo

Os impostos tais como são instituidos não são um meio de locomoção monetária para projeção social essencialmente.

Os impostos são um meio constante de garantias de sustentabilidade do estado burguês sobre a circulação monetária, portanto também impostos não são roubo !!!  O imposto é um meio garantido pelo estado burguês em pactos vitalícios instituídos socialmente sobre a administração social das riquezas instituidas em constante circulação sobre os detentores do capital e os não detentores do capital em conjunto de acordos com as projeções especificas das lutas de classes em mediação sobre condições específicas. A criação do estado burguês desde a Revolução Francesa na qual seu estopim inicial era relativo aos impostos sobre os meios mercantis urbanos, os chamados burgos tinha como objetivação ao fim do feudalismo garantir um estado moderno com três poderes institucionais sobre regência liberal na qual tal regimento socialmente impositivo seja a base e o meio de locomoção liberal dos negócios instituídos pelos burgos.

 É essencialmente correto o argumento que relata ao respeito do que trato aqui. O Estado burguês foi instituido para ser o balcão de negócios comerciais dos burgos em sua institucionalidade regimentar que garante o monopólio da guerra e da violência em defesa máxima dos negócios burgueses em escala.

Os impostos são o ponto de destino de todas as operações econômicas regimentares em detrimento das moedas em constante circulação. O Estado promove um ciclo geral em sua cadeia economia instituida aumentando sua liquidez ou seja... Comprando e investindo na iniciativa privada, ou por subsídios ou pela aquisição de empréstimos no caso da financeirização (hoje todo o aumento de liquidez econômica está financeirizada) e solidifica sua economia através dos impostos.

 Essas operações tão bem demonstradas pelos Keynesianos é um método burguês de gerenciamento econômico porque seu pilar fundamental está na aquisição de acesso a iniciativa privada sobre a circulação mercantil da moeda em atuação, se as entidades privadas corporativas que atuam sobre tal moeda por exposição expandir sua área de negócios em escala garantindo seguridades de aplicações e investimentos em suas plataformas financeiras e respectivamente se os governos financeirizados que atuam sobre tal moeda garantam seguridades de retornos em prazos seguros sobre avaliação de risco, sobre a comercialização de seus títulos no mercado financeiro em escala, sua moeda tem melhor visibilidade internacional portanto a potencializando em valorização e virse e versa.

Cada moeda instituida luta por hegemonização em escala ampliada. As moedas são uma das formas de materialização do dinamismo constante do capital.

Então o imposto é um processo de aquisição monetária que permite a burguesia a manter seguridades de atuação sobre determinada moeda de acordo com as configurações aplicadas a luta de classes em um dado momento específico sobre condições materiais e históricas específicas.

 Aqui por toda uma análise história e estrutural desenvolvida um movimento que deseje desenvolver um novo modelo de organização social tem de se empenhar pela abolição total dos impostos.

Uma sociedade socialista que em movimento operacional conjunto deseje objetivar ao homem soberania sobre seus meios de produção e reprodução de seus meios materiais elementares de manutenção da vida deve lutar pela simplificação do tributo extinguindo qualquer imposição sobre o consumo, meios tecnológicos, alimentos, transportes, turismo, prazeres pessoais, entretenimento, e afins.

 A Universalização de um imposto único sobre os meios de produção das riquezas é um grau necessário da luta pela restituição da soberania dos homens em suas articulações materialistas, e aqui para chegarmos a tal objetivação progressivamente vale uma exposição do Manifesto Comunista de Marx e Engels na página 110 sobre a segunda reivindicação.

Pesado imposto progressivo.

Reinaldo conceição da Silva/SP

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Los Cartógrafos de los Lobbies * Sergio Barroni / Argentina

 Los Cartógrafos de los Lobbies

 

Los cartógrafos vienen teniendo desde los siglos de los siglos, los Atenienses primero y Romanos después, tenían cartógrafos famosos, Thales de Mileto y Pitagoras de Samos, revisten tareas de cartografía en sus tiempos, los siete sabios hicieron cartas de topografía y trazos de límites, en su tiempo...

Luego vinieron los que acompañaron la invasión de América, uno de los más famosos fue Américo Vespucio que traza un mapa de América que lleva su nombre...

Los imperios y las monarquías, tenían equipos de cartógrafos, que entre otras cosas dibujaron las zonas donde después se explotaron las minas de oro y plata, es decir empezaron a cartografiar las zonas económicas de extracción y explotación para las metrópolis...

Una de las últimas tareas de los cartógrafos fue la subdivisión de la URSS, y como vemos mucho no se pusieron de acuerdo, hoy vemos el enfrentamiento entre Armenia y Azerbayan, en la zona del cáucaso, zona petrolera por excelencia, del Mar Caspio...

Esto que les cuento compañeros puede parecer información de poca importancia, pero existen nuevos cartógrafos, está vez los que trazan las fronteras y límites comerciales, ahora puede parecer que los territorios ya están siendo explotados, por las multinacionales de extracción...

Pero hay una nueva división de territorio que tiene que ver con las multinacionales rentistas, donde no hay bienes tangibles, de hecho los economistas los llaman los bienes intangibles, es decir que el internet y los bancos 2.0, se disputan ingentes cantidades de clientes, que pandemia de por medio, se empiezan a acostumbrando a comprar y hacer transacciones bancarias por la red...

La disputa por el llamado 5G, no es la consecuencia, es la verdadera causa del conflicto incluido el mega negocio de las transacciones bancarias, y las ventas 2.0, que ya tiene un súper ganador Amazon de Jeff Besos, que no se sabe a ciencia cierta cuanto capital tiene, lo que si sabemos es que controla información muy sensible sobre una población de miles de millones de personas, que ni saben de qué se trata, un ejemplo es YouTube, que sabe que vídeos ofrecerte, para mantenerte frente a la pantalla, bueno esa información la comparten co Besos, que sabe perfectamente que productos podes llegar a comprar, esa misma información las comparte los bancos con Mercado Libre también - cuando digo comparten debe leer las venden unos y compran otros, entre los clientes está La CIA- comercializan esta información, es decir compran y venden la información sobre tu persona, después usan información para diseccionar tu voto, y así es la disputa entre los poderosos del planeta...

Sergio Barroni / Argentina

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Biopoder - projeções classistas internacionais: Foucoalt e Marx na era da Covid-19 (Readaptação) * Reinaldo Conceição da Silva / SP

Biopoder - projeções classistas internacionais: 

Foucoalt e Marx na era da Covid-19 (Readaptação)

Reinaldo Conceição da Silva / SP

O que é o Biopoder ? A biopolítica ? Como ela se efetiva em nosso cotidiano ?? Vejo muitos acusando o nosso presidente atual de ser genocida pela sua atuação frente a pandemia portanto sem bases estruturais.  Hoje o Biopoder é o tema de nossa análise meus caros leitores, portanto antes eu gostaria de lhes informar, como esse blog tem uma orientação materialista para compreender a realidade portanto esse texto tem o intuito de formular uma narrativa que melhor se encaixe as configurações de nosso quadro atual. Vamos utilizar Michael Foucoalt um dos grandes renomados filósofos do século XX e também o Marxismo como complemento materialista.

 Para início precisamos entender que a política na modernidade não é efetivada sobre um fundamento moralistico que resida mais no equilíbrio necessário das relações humanas em confiabilidade em suas ações, nos códigos de conduta de uma sociedade tal como tal sócio-cognição foi estabelecida no dito mundo civilizado na era medieval. 

A política na modernidade segundo Foucoalt fundamentaliza suas operações para garantir a vida, exclusivamente a vida nua em sua face biológica. 

 Os Estados modernos fundamentalizam suas operações com o intuito de subjulgar e regulamentar os corpos fisio-biologicamente sujeitos a ele de modo com que a vida possa ser regulamentada e promovida.

Assim o poder político coercitivo se manifesta e se efetiva na vida em sua esfera biológica.

Se pararmos para pensar partindo desse ponto exclusivo entenderemos que as crises sanitárias, os surtos, as epidemias, pandemias e afins não são algo sujeitos elementarmente a serem tratadas sobre um ponto de vista clínico para compreender a totalidade da situação. Mas sim político, materialista e histórico. Segundo a lógica do Biopoder precisamos desconsiderar e negar qualquer afirmação de que qualquer doença seja algo oriundo da natureza ou das ocasionalidades subsequentes, mas sim seres sociais porpocionados pelas configurações arquitetônicas políticas das cidades cujo suas atuações visam regulamentar para promoção da vida.

 No capitalismo todas as operações condicionais que o capital promove e as configurações políticas condicionais de cada ambiente específico fomentadas pela divisão escalonada do trabalho, o nível tecnológico de uma sociedade, seus programas pedagógicos instituidos, suas projeções de zoneamento básico, arquitetura urbana e rural, a potencialidade dos transportes, as redes potenciais de comunicação e afins são efetivadas de modo a regulamentar os corpos para a promoção da vida. Segundo a ótica do Biopoder sobre a lógica acumulativa expansionista do capital.

Então logicamente que uma pandemia como a Covid-19 surjiu como um ser social condicionado pelas configurações arquitetônicas/políticas voltadas a promoção da vida relativas a Wuhan. A grande sopa de Wuhan promoveu um ser social condicionado a uma finalidade específica. Finalidade também possibilitada pela arquitetura política necessária para a promoção da vida em Wuhan.

 A condição de sindemia que uma doença atinge ao se tornar um ser social possibilitado pela pólis, pela condição política arquitetônica da cidade, por sua vez se torna passível a ser um condicionante político para a promoção da arquitetura da cidade, de modo a regulamentar a vida para a sua promoção. Mas a partir daqui saímos das análises foucoaltianas para verificarmos as configurações condicionais que as lutas de classes apresentam sobre condições de gerenciamento específicos relativos as possibilidades imanentes as articulações materiais condicionais das localidades em questão.

 A partir daqui temos que ter um amplo poderio de domínio da compreensão linguística e teórica marxista em suas bases dialética/histórica para entender a totalidade do modo capitalista de organizar a sociedade e suas relações dialéticas inerentes as possibilidades imanentes as articulações materiais recorrentes como meios de promoção da vida. Nesse contexto as cidades promovem toda uma cadeia de operações arquitetônicas de gerenciamento conjunto de modo a regulamentar a arquitetura de promoção da vida em sua essência biológica.

 Portanto como o nome já diz... a biopolítica é essencialmente a manifestação do poder político em efetivação da vida em sua promoção biológica, e se portanto é uma manifestação de poder político este portanto é essencialmente sujeito a luta de classes em suas configurações. Nos governos que possuem uma diretriz social popular ou com histórico autoritário em processamento industrial, inerente a sua situação condicionada pelo capital pela divisão do trabalho em escala, as políticas administrativas inerentes a promoção da vida tem uma maior centralidade na comunidade pelos setores populares. Com planos de contigenciamento conjunto, investimentos tecnológicos de reação a penetração e a finalidade de seres sociais condicionadas pela cidade e afins. Um plano de contigenciamento arquitetônico em cadeia que vise a neutralização do ser social pela promoção da vida.

 Já em governos cujo a luta de classes aponta para políticas de austeridade fiscal inerentes esclusivamente as projeções do capital principalmente o capital financeiro, ou com um histórico autoritário (ou não) inerentes a sua condição proporcionada pela divisão histórica do trabalho em escala, condiciona a processamentos de gerenciamento e impulsionamento políticos que ao invés de neutralizar as doenças, que pela ótica do Biopoder não são doenças essencialmente mas sim seres sociais condicionadas a agentes políticos, as promovem, apostando em uma imunidade de rebanho. Políticas também efetivadas pela ótica do Biopoder garantindo a regulamentação da manutenção da vida pelo fortalecimento da fisiologia biológica frente ao agente político condicional.

Nos países que se encontram na segunda situação em termos de luta de classes, um projeto eugenista é efetivado e a vida biologicamente dizendo é especulada em termos abstratos, comparados a primeira situação onde a vida biologicamente dizendo é tratada em termos físicos complementares por diretrizes específicas.

Então se justifica com bases filosóficas estruturais quem acusa os líderes de extrema direita no mundo como Donald Trump, Victor Orban, Vladimir Putin, Jair Bolsonaro como exemplo de genocidas quem parte por duas frentes estruturais de reflexão... O Biopoder explicitado por Michel Foucoalt que compreende que o poder político se manifesta na efetivação da vida em sua essência biológica e na dialética materialista de Marx que compreende o contexto das lutas de classes inerentes as configurações estruturais/materiais específicas.

 É muito interessante como a Direita e a Extrema Direita tratam a vida apenas sobre um parâmetro abstrato, e não sobre uma lógica de efetivação física, material de sua promoção da vida. O mesmo modus operandi referente a questão do aborto.

Um dos maiores exemplos era a Alemanha Nazista onde a promoção da vida em termos de Biopoder era relativo a um consenso abstrato, inerentes a uma série de fatores compreendidos a sobrevivência Bio-cultural da nação sobre a comunidade. Até porque também qualquer doutrina que negue a luta de classes sobre o modo de organizar a sociedade capitalista sempre objetiva nesse processo a sobreposição de uma classe sobre a outra.

Essencialmente as classes dominantes !!!

Reinaldo conceição da Silva/SP

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

COMUNISTAS, UNI-VOS! * Antonio Cabral Filho / RJ

COMUNISTAS, UNI-VOS!
Precisamos de uma nova concepção de esquerda. Melhor, precisamos desmistificar o que venha a ser esquerda nesse espectro de partidos burgueses que dão sustentação ao sistema capitalista, e, no entanto, se fazem passar por esquerda. Para tanto, contam com o beneplácito da imprensa “dita cuja”, que recebe muito bem para isso, ou seja, manter desinformada aquela camada de mentes massificadas necessária para o uso oportuno em benefício da dominação.

Essa esquerda vem contando ao longo da história, desde que Marx e Engels publicaram o Manifesto comunista, com a vaga idéia de que pelo fato de se denominar como tal, é o suficiente para desfrutar da credibilidade necessária na hora de manipular os oprimidos.

Lá no Manifesto Comunista está escrito que os comunistas participarão das eleições burguesas. Até aí... Mas esquerda é sinônimo de comunista? Claro que não. Para resolver isso, propagaram a palavra socialista. E em nome de uma denominação vaga, todo oportunismo tem castigado os oprimidos, os trabalhadores e demais camadas da sociedade capitalista. 

A pilantragem reside aí. Todo oportunista se faz passar por socialista. Se formos puxar pela história, vamos gastar muito fosfato para passarmos isso a limpo. Mas vamos limpar o campo. Basta diferenciarmos socialismo de comunismo. E o que é SOCIALISMO?

Bom, vamos historiar a nossa resposta, senão vão nos acusar de reducionismo. Vejamos a primeira revolução feita no mundo sob a marca do comunismo: A REVOLUÇÃO RUSSA. Ela foi comunista ou socialista? A bem da verdade, nem uma coisa nem a outra. Porque a simples tentativa de democratização das relações de poder após a tomada do aparato estatal em 1917, foi totalmente travada pela direção do POSDR – Partido Operário Social Democrata Russo, com a intervenção nos Conselhos Operários e Populares, os SOVIETS, decidindo quem poderia ou não fazer parte dos seus quadros. Esse foi o primeiro e primordial problema ocorrido na tenra revolução. O segundo foi quanto à gestão administrativa. Os SOVIETS não mandaram em nada. Todas as decisões saiam da cúpula montada pelo partido para cuidar disso. Esse foi o terreno fértil do qual saiu a NEP – Nova Política Econômica,

que deu rumos capitalistas à economia soviética, acusada em larga escala pela mídia burguesa de burocrática e estatal. E essa foi a grande contribuição do “estado soviético” para a caracterização do seu modus operandi como CAPITALISMO DE ESTADO.

A segunda experiência foi a China. Alguém tem dúvida de que é o mesmo modelo? Eu não tenho, até porque Mao foi beber na mão de Stálin.

A terceira experiência foi Cuba. Esta, desde a “crise dos mísseis”, ainda depende da ajuda externa. Não desenvolveu nada próprio. Sequer no campo militar e ainda agora não passa de uma feira de produtos de quinta vindos da China, que substituiu a URSS, em aliança com a Rússia.

Quer mais exemplos? Eu acho que basta. Em nenhum desses países, o povo decide coisa alguma, até porque o “cerco do imperialismo” funciona como espantalho para justificar a presença e repressão do “estado” a tudo que se imagina.

E aí, será que podemos perguntar: é socialismo ou comunismo? Nem uma coisa nem outra. Simplesmente capitalismo. 

No entanto, uma certa “esquerda” propaga uma carreta de valores sobre esses países. O poderio militar russo, o avanço tecnológico chinês, a saúde e a educação cubanas, justificam suas posturas pseudo-esquerdistas. Só que nada disso sustenta suas políticas de conciliação de classes nos países massacrados pelo imperialismo. Ser social-democrata lá na Europa, com os altos padrões de vida sustentados às custas das colônias, é fácil. Dizer-se socialista lá na França nas rodas intelectuais do quartier latim, é lindo. Dizer-se de esquerda por ser persona non grata nos EUA, dá voto. Mas tudo isso não vai além de um “aval” nas altas camadas gestoras do capital para ser nomeado gerente setorial das multinacionais em algum continente cheio de cobiças. A América Latina que o diga. Todos os dirigentes de esquerda dessa região são abonados por algum “Tio” europeu ou norte-americano.

Então? O que é socialismo? O que é comunismo? Para responder a isso, podemos ir aos livros, inclusive os manuais. Porque nem um nem o outro existiram até agora entre os viventes. O que chamam de socialismo, não passa de política de compensação, ou seja, o estado reduz a carga de impostos contanto que o empresariado invista em melhores condições de vida para a sociedade. Ora veja, ninguém precisa de Marx para resolver isso. Basta um Keynes. Políticas sociais sustentadas com os impostos arrecadados do setor privado só geram mais riqueza para o setor privado. E não vai além de um círculo vicioso. Ninguém precisa ser socialista nem comunista por causa disso. Qualquer populista de direita faz isso muito bem...e ainda chama patrão de companheiro.

Ao longo de toda a história política ocidental existem centenas de entidades, denominadas atualmente como ONGs, que são disfarces de partidos políticos, em sua maioria de direita. Mas a social-democracia não fica para trás. Sempre que um partido social-democrata chega ao governo, terceiriza um conjunto de serviços para suas entidades a fim de fazer caixa. Aí entram seus apaniguados, todos credenciados como “socialistas”, ou de “esquerda”. Há inclusive uns tipos que se empinam todos em posição de sentido com a mãozinha direita sobre o lado esquerdo do peito para cantar a Internacional e arrotam: “Sou comunista!”

Mas, e aí? Já podemos diferenciar quem é ESQUERDA de quem é COMUNISTA?

Vamos lá. Primeiro, o que conhecemos como ESQUERDA tem até folclore, e originado lá na França. E aconteceu porque no período da França revolucionária, os monarquistas e seus asseclas sentaram-se do lado direito do parlamento, arrastando consigo todos os estratos elitistas. Do outro lado, sentaram-se os restantes. Esses, reuniam diversos segmentos sócio-econômicos, tais como burgueses descontentes com os impostos, urbanos e rurais, pequenos ofícios e as camadas operárias. Ou seja, a ralé. Só que dentre ela tinha uma parte revolucionária, gente organizada e dirigida politicamente, pelo menos para aquele contexto: eram os Jacobinos. E assim, aquele lado em que se sentavam e atitude combativa dos Jacobinos ficaram conhecidas como uma posição política. Por isso, hoje, um bando de calça frouxa, fundilhos surrados, mãos-leves de todo tipo, se diz ESQUERDA, e até se ilustra com a palavra SOCIALISTA.

Quem não presenciou ainda um burguês gordo, corrupto e “flatolento”, gritando vivas ao socialismo? No Brasil, temos até o termo “socialaite” para se referir às burguesas mais boêmias. Mas e o que isso tudo chamado de ESQUERDA, SOCIALISMO tem a ver com ideologia? O socialismo seria uma caracterização ideológica? Será que as experiências denominadas socialistas são caracterizações ideológicas?

Vejamos: existem duas ideologias historicamente comprovadas, a capitalista e a comunista. Ambas se opõem em tudo que diz respeito à propriedade privada capitalista. Enquanto a ideologia capitalista defende a apropriação unilateral dos frutos do trabalha coletivo, a ideologia comunista propõe a distribuição desse resultado equitativamente. Daí resulta a grande questão, aonde entra o socialismo? Qual sua posição sobre a propriedade privada capitalista? Sabemos que o conceito comunista de revolução implica na expropriação da propriedade privada capitalista, e nas experiências “socialistas” conhecidas até agora tem havido, no máximo, somente uma troca de patrões. Então, qual é a essência de tais caracterizações?

E A ESQUERDA...

E em relação à esquerda nem vale a pena discutir, uma vez que a mesma se caracteriza, apenas, por fazer oposição dentro da ordem. A esquerda não existe fora da ordem burguesa, até porque isso não lhe interessa, senão ela deixaria de ser uma esquerda do sistema, dócil, adestrada, parlamentar, eleitoreira, e passaria a ser um instrumento de ruptura com o sistema capitalista, o que a transformaria numa força revolucionária a serviço do comunismo. Por isso, ninguém vai encontrar os ditos partidos de esquerda combatendo no campo da revolução proletária. Por isso, ser de esquerda virou moda, moda dos oportunistas, ludibriadores da massa explorada e oprimida, para arrumar mandatos às custas dela e nunca mais baterem cartão de ponto, nunca mais comerem marmita requentada ou viajarem de trem ou ônibus lotados, muito menos suarem suas camisas importadas às custas da peãozada. Dentre esses tipos há os que se dizem socialistas, diferenciando-se dos simplesmente de esquerda só para justificarem seus diplomas lá das universidades públicas bancadas com o suor do povo.

MAS DIZER-SE COMUNISTA...

Comunista, é coisa séria. É opor-se ao capitalismo, à propriedade privada capitalista, ao roubo da força de trabalho do operário, ao lucro fruto do roubo, enfim, opor-se à exploração do trabalho alheio. 

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