segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Biopoder - projeções classistas internacionais: Foucoalt e Marx na era da Covid-19 (Readaptação) * Reinaldo Conceição da Silva / SP

Biopoder - projeções classistas internacionais: 

Foucoalt e Marx na era da Covid-19 (Readaptação)

Reinaldo Conceição da Silva / SP

O que é o Biopoder ? A biopolítica ? Como ela se efetiva em nosso cotidiano ?? Vejo muitos acusando o nosso presidente atual de ser genocida pela sua atuação frente a pandemia portanto sem bases estruturais.  Hoje o Biopoder é o tema de nossa análise meus caros leitores, portanto antes eu gostaria de lhes informar, como esse blog tem uma orientação materialista para compreender a realidade portanto esse texto tem o intuito de formular uma narrativa que melhor se encaixe as configurações de nosso quadro atual. Vamos utilizar Michael Foucoalt um dos grandes renomados filósofos do século XX e também o Marxismo como complemento materialista.

 Para início precisamos entender que a política na modernidade não é efetivada sobre um fundamento moralistico que resida mais no equilíbrio necessário das relações humanas em confiabilidade em suas ações, nos códigos de conduta de uma sociedade tal como tal sócio-cognição foi estabelecida no dito mundo civilizado na era medieval. 

A política na modernidade segundo Foucoalt fundamentaliza suas operações para garantir a vida, exclusivamente a vida nua em sua face biológica. 

 Os Estados modernos fundamentalizam suas operações com o intuito de subjulgar e regulamentar os corpos fisio-biologicamente sujeitos a ele de modo com que a vida possa ser regulamentada e promovida.

Assim o poder político coercitivo se manifesta e se efetiva na vida em sua esfera biológica.

Se pararmos para pensar partindo desse ponto exclusivo entenderemos que as crises sanitárias, os surtos, as epidemias, pandemias e afins não são algo sujeitos elementarmente a serem tratadas sobre um ponto de vista clínico para compreender a totalidade da situação. Mas sim político, materialista e histórico. Segundo a lógica do Biopoder precisamos desconsiderar e negar qualquer afirmação de que qualquer doença seja algo oriundo da natureza ou das ocasionalidades subsequentes, mas sim seres sociais porpocionados pelas configurações arquitetônicas políticas das cidades cujo suas atuações visam regulamentar para promoção da vida.

 No capitalismo todas as operações condicionais que o capital promove e as configurações políticas condicionais de cada ambiente específico fomentadas pela divisão escalonada do trabalho, o nível tecnológico de uma sociedade, seus programas pedagógicos instituidos, suas projeções de zoneamento básico, arquitetura urbana e rural, a potencialidade dos transportes, as redes potenciais de comunicação e afins são efetivadas de modo a regulamentar os corpos para a promoção da vida. Segundo a ótica do Biopoder sobre a lógica acumulativa expansionista do capital.

Então logicamente que uma pandemia como a Covid-19 surjiu como um ser social condicionado pelas configurações arquitetônicas/políticas voltadas a promoção da vida relativas a Wuhan. A grande sopa de Wuhan promoveu um ser social condicionado a uma finalidade específica. Finalidade também possibilitada pela arquitetura política necessária para a promoção da vida em Wuhan.

 A condição de sindemia que uma doença atinge ao se tornar um ser social possibilitado pela pólis, pela condição política arquitetônica da cidade, por sua vez se torna passível a ser um condicionante político para a promoção da arquitetura da cidade, de modo a regulamentar a vida para a sua promoção. Mas a partir daqui saímos das análises foucoaltianas para verificarmos as configurações condicionais que as lutas de classes apresentam sobre condições de gerenciamento específicos relativos as possibilidades imanentes as articulações materiais condicionais das localidades em questão.

 A partir daqui temos que ter um amplo poderio de domínio da compreensão linguística e teórica marxista em suas bases dialética/histórica para entender a totalidade do modo capitalista de organizar a sociedade e suas relações dialéticas inerentes as possibilidades imanentes as articulações materiais recorrentes como meios de promoção da vida. Nesse contexto as cidades promovem toda uma cadeia de operações arquitetônicas de gerenciamento conjunto de modo a regulamentar a arquitetura de promoção da vida em sua essência biológica.

 Portanto como o nome já diz... a biopolítica é essencialmente a manifestação do poder político em efetivação da vida em sua promoção biológica, e se portanto é uma manifestação de poder político este portanto é essencialmente sujeito a luta de classes em suas configurações. Nos governos que possuem uma diretriz social popular ou com histórico autoritário em processamento industrial, inerente a sua situação condicionada pelo capital pela divisão do trabalho em escala, as políticas administrativas inerentes a promoção da vida tem uma maior centralidade na comunidade pelos setores populares. Com planos de contigenciamento conjunto, investimentos tecnológicos de reação a penetração e a finalidade de seres sociais condicionadas pela cidade e afins. Um plano de contigenciamento arquitetônico em cadeia que vise a neutralização do ser social pela promoção da vida.

 Já em governos cujo a luta de classes aponta para políticas de austeridade fiscal inerentes esclusivamente as projeções do capital principalmente o capital financeiro, ou com um histórico autoritário (ou não) inerentes a sua condição proporcionada pela divisão histórica do trabalho em escala, condiciona a processamentos de gerenciamento e impulsionamento políticos que ao invés de neutralizar as doenças, que pela ótica do Biopoder não são doenças essencialmente mas sim seres sociais condicionadas a agentes políticos, as promovem, apostando em uma imunidade de rebanho. Políticas também efetivadas pela ótica do Biopoder garantindo a regulamentação da manutenção da vida pelo fortalecimento da fisiologia biológica frente ao agente político condicional.

Nos países que se encontram na segunda situação em termos de luta de classes, um projeto eugenista é efetivado e a vida biologicamente dizendo é especulada em termos abstratos, comparados a primeira situação onde a vida biologicamente dizendo é tratada em termos físicos complementares por diretrizes específicas.

Então se justifica com bases filosóficas estruturais quem acusa os líderes de extrema direita no mundo como Donald Trump, Victor Orban, Vladimir Putin, Jair Bolsonaro como exemplo de genocidas quem parte por duas frentes estruturais de reflexão... O Biopoder explicitado por Michel Foucoalt que compreende que o poder político se manifesta na efetivação da vida em sua essência biológica e na dialética materialista de Marx que compreende o contexto das lutas de classes inerentes as configurações estruturais/materiais específicas.

 É muito interessante como a Direita e a Extrema Direita tratam a vida apenas sobre um parâmetro abstrato, e não sobre uma lógica de efetivação física, material de sua promoção da vida. O mesmo modus operandi referente a questão do aborto.

Um dos maiores exemplos era a Alemanha Nazista onde a promoção da vida em termos de Biopoder era relativo a um consenso abstrato, inerentes a uma série de fatores compreendidos a sobrevivência Bio-cultural da nação sobre a comunidade. Até porque também qualquer doutrina que negue a luta de classes sobre o modo de organizar a sociedade capitalista sempre objetiva nesse processo a sobreposição de uma classe sobre a outra.

Essencialmente as classes dominantes !!!

Reinaldo conceição da Silva/SP

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Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro