segunda-feira, 19 de abril de 2021

ANOTAÇÕES SOBRE A TEORIA DO VALOR * Reinaldo conceição da Silva/SP

ANOTAÇÕES SOBRE A TEORIA DO VALOR
Teoria do Valor Trabalho:Colocações necessárias sobre o Texto crítico a Paulo Guedes.
Reinaldo Conceição da Silva/SP


Hoje, me dispus a colocar algumas questões que visem corrigir algumas colocações do texto por mim exposto aqui no blog, crítico ao atual ministro da econômia Paulo Guedes em sua entrevista ao jornalista William Waack da CNN Brasil. O Texto segue-se a baixo na linha temporal do blog: (Crítica ao Programa de Paulo Guedes em entrevista a CNN Brasil). Logo quem ler esse texto direto, não vai compreender minhas colocações sem antes ler esse texto por mim exposto nesse blog que deixo disponível para colocação. Então peço aos leitores a leerem aquele texto primeiro para depois compreender minhas colocações aqui.

*. Primeiro vamos a questão da confusão que o Paulo Guedes faz ao tentar fundir as projeções Keynesianas com a escola de Chicago, ele tão somente e intencionalmente promove essa confusão compreensiva para tentar aludir ao telespectador de que a escola de Chicago fornece aporte social.

Sabemos que os teóricos Neo-liberais desenvolveram a escola de Chicago para reciclar dogmas instituidos, sobre novas configurações aludidas da escola clássica posto em prática que por vez demonstrou desmoronamento completo com a crise de 1929 e com a queda da bolsa em Nova York.

Visto que por mais que o mercado forneça expressões específicas as infinitas variações de trocas (processo econômico), o capitalismo através de suas relações de produção jamais se regula por conta própria pelo ascentamento de suas contradições inerentes. As relações se regulam, mas os elementos fundamentais, universalizantes de sua atuação estão em constante modificação. Jamais se regularão para voltar ao estágio anterior de sua situação. Ou seja, o mercado não se regula por conta própria, já quebrando aqui a ideia de "mão invisível" de Adam Smith. As relações de troca baseadas na oferta e demanda que edificam o mercado se regulam constantemente pela constância de suas relações, porém, o mercado posto como elemento de relações de produção todas de modo capitalista fomenta contradições inerentes a esse modo específico de produção pela lógica instituida em sua essência.

Portanto, o mercado como elemento de relações postas de modo capitalista não pode se auto regular uma vez que a lógica acumulativa expansionista do capital fornece um impulso automato irracional.

Independente das relações de oferta e demanda que edificam relações entre mercadorias.

Porém o modo de produção capitalista conta com um elemento necessário de base racional como órgão instruído que fortifica a base das relações materiais de produção postas desse modo. O Estado.

O Estado além de prescrever linguística e corporamente a propriedade privada dos meios de produção, ele, através de ações políticas em detrimento das configurações inerentes as lutas de classes subsequentes promove mecanismos que visam mater a constância acumulativa do capital como exemplo os títulos do tesouro oferecidos no mercado financeiro internacional.

*. Aqui vamos a uma outra síntese que quero corrigir em meu texto original (Crítica ao Programa de Paulo Guedes em entrevista a CNN Brasil).

Quando falamos em títulos da dívida, estás estão baseadas nas receitas estatais estipuladas por uma média extrativa de impostos, lembramos que o Estado aumenta a liquidez ao injetar dinheiro na econômia através da iniciativa privada, e encerra tal ciclo de liquidez com a aquisição de impostos.

O Estado rasga o dinheiro na medida em que os tributos são instituidos e o recicla na medida em que dinheiro precisa ser injetado para movimentar a econômia com médias previamente estabelecidas para não haver descontrole deflacionário e nem inflacionário. Porém a centralidade dessas operações uma vez voltadas ao mercado não está mais na produção e sim na especulação financeira uma vez que o capital não centra mais o crecsimento de sua acumulação na produção. E sim na especulação financeira, no que Marx atrela o conceituamento de capital fictício. Não que o mercado financeiro não existisse na época do capitalismo produtivo Fordista/Taylorista, mas agora ele se torna hegemônico. Que por vez fomentam base de alimentação a teóricos que precisam seguir os apontamentos do capital para corresponderem suas respectivas classes. Vide aqui o que o deputado do Partido Comunista italiano e grande pensador Antônio Gramsci relata sobre a questão dos intelectuais orgânicos, e também já pegando essa corrente observamos os diálogos e escritas de Friedrich Hayek e Ludwig Von Mises que afirmam a necessidade do Estado como um garantidor necessário do mercado. Aqui se quebra o mito de que o Neo-liberialismo consiste em um estado pequeno. Não, o Neo-liberialismo consiste em um modelo de Estado garantidor exclusivo do mercado, logo, das projeções do capital.

Totalmente distinta de todas as outras correntes voltadas ao capitalismo como modelo produtivo de organização social e sua manutenção.

Sobre a questão dos títulos, os Estados, através de políticas monetárias (estabelecidas constitucionalmente ou não) pelo seus bancos centrais, enxugam os caixas dos bancos privados internacionais através de sorteios sistêmicos e a estes são condicionados títulos de confiança desses estados e através dos bancos, reofertados no mercado financeiro para especulação sobre esses estados, através de juros que se solidificam através da oferta e demanda sobre os mesmos baseados em taxas de aquisição exclusivas.

*. Já sobre a questão da crise da Venezuela, também exposto no texto inicial, também quero apontar alguns erros que cometi, e que por vez são necessários sinaliza-los aqui.

Claro, foi exposto corretamente que a situação do país é um fator sistêmico relativa a divisão internacional do trabalho que fomenta bases de relações específicas de produção. No caso da Venezuela é o petróleo. A questão é que com a informalização e a precarização condicional das relações produtivas de trabalho, postos em fato pelo Neo-liberialismo e agravadas com a crise de 2008, as bases processuais de consumo sobre essa commodit se desestabilizaram, fomentando uma queda brusca nos preços de barris de petróleo em todo mundo, agravadas ao fato do próprio capital fomentar novas matrizes energéticas para manter constância em sua acumulação. Expus isso em meu último texto, (Crise do Petróleo se aproxima, O Capital e as novas matrizes de energia). Isso gera a estruturalidade econômia da Venezuela um desgaste inimaginável, desregulamento de crédito para o mercado financeiro internacional, forçando os Governos Chávez e Maduro a diminuírem o contigenciamento importativo, gerando por vez uma inflação galopante, escassez de insumos básicos como alimentos, remédios e produtos higiênicos, e a retirada das notas mais altas de circulação.

Lembramos que a Venezuela nunca se industrializou comparada a países como Brasil, Argentina e Uruguai, (Lembramos que esses países tiveram uma industrialização inexpressiva no século passado mesmo com planos desenvolvimentistas em vista), mais de 65% da população já não exercia serviços formais em 2009, ou seja antes da crise e 37% da População vive de renda básica.

*. Já sobre a questão da teoria marxista do Valor Trabalho criticada por Guedes porque ele é um jegue (Não é porque é rico que é inteligente), e também... Confesso não exposta por mim de modo eficiente (por isso esse texto correção) consiste na necessidade de uma compreenção universalizante do modo de produção capitalista e suas relações de produção material que lhe corresponde. Portanto sua finalidade consiste em possibilitar a crítica. Crítica sobre as concepções políticas, ideológicas hegemônicas correspondentes as estruturas e atuação econômicas respaldadas pelos liberais clássicos, por isso o subtítulo do livro de O Capital ser Crítica da Economia Política. Portanto não é uma teoria elaborada para uma finalidade meramente operacional. Quem Crítica a teoria do Valor Trabalho colocada por Marx por não ser operacional tem por vez uma deficiência mental grave. Primeiramente quero ressaltar o conceituamento base de valor. O que é valor ???

O valor é um conceito estabelecido por relações que por vez nos interam em nossas universalidades remetentes aos nossos desejos, vontades e necessidades na qual, através dessas relações, equivalências são projetadas e niveladas.

Como transplantar esse conceito estabelecido aos produtos condicionados como mercadorias ???

Através da base que universalmente edifica valores, ou seja... Os homens, através da totalidade de forças de trabalho também condicionadas como mercadorias instituidas de modo capitalista, sobre bases tecnológicas, processuais, materiais que nivelam a produção de uma sociedade e por vez estabelece uma média de tempo necessário a produção das mercadorias, baseadas nessa sociabilidade de relações de produção.

Ou seja... Trabalho socialmente necessário ao condicionamento das mercadorias. O Valor Trabalho das mercadorias é base de existência dos preços, mas não o expressa,é tão pouco edifica os preços uma vez que os preços só podem se expressar por fatores operacionais, relativos a oferta e demanda, acessibilidade de consumo, a moda do momento, portanto as especificidades de indivíduos atuantes no mercado. Na qual as teorias marginalistas e macro-economicas compreendem mecanismos operacionais de atuação dentro do mercado, medindo índices, inflacionarios e deflacionarios, como os preços se dão e se edificam é expressam compreenção de como devemos agir de melhor performance dentro das infinitas probabilidades de comportamento do mercado, que por vez é psicológica em sua essência.

O imbecilóide do Paulo Guedes que por vez é um economista fraco, uma vez que segue uma cartilha que já se demonstra fracassada, crítica a teoria do valor trabalho de Marx sem expor seus fundamentos o acusando de ser um "Ricardiano menor".

Como Karl Marx seria um Ricardiano menor se a teoria do valor trabalho marxiana foi desenvolvida para expor a insustentabilidade da teoria do valor trabalho do próprio Ricardo que entendia que o valor de uma mercadoria simplesmente consistia na totalidade de força de trabalho agregada a mercadoria sem denotar os fatores históricos, processuais e elementares involtos as próprias relações de produção ???

Quem tem o mínimo de leitura sobre O Capital não vai cair nessa sandice do Paulo Guedes e nem do puxa saco do William Waack !!!

Reinaldo conceição da Silva/SP

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Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro