sexta-feira, 12 de março de 2021

Crise do Petróleo se aproxima: O Capital e as novas matrizes Energéticas * Reinaldo Conceição da Silva / SP

Crise do Petróleo se aproxima: 

O Capital e as novas matrizes Energéticas


De processão base nos respectivos últimos acontecimentos envolventes a Petrobrás, não pude me conter em produzir esse texto simples e objetivo.

Portanto, aqui será exposto uma linha regimentar de processamentos englobados pelo capital, que já nos próximos anos apontará para uma crise universal do petróleo e sua exinção como matriz de energia processual. 

As tentativas de privatizações da Petrobrás, o fracasso dos leilões apontam para isso, o erro da retórica populista tanto a Direita como a Esquerda de afirmar "soberania" sobre o petróleo revela o despreparo estratégico dos regimentares políticos em questão sobre esse tema.

 O petróleo é um produto que recairá de uso no mercado por um motivo simples... Ele agrega pesados custos em sua extração e refinamento, portanto haverá uma depreciação do produto no mercado frente as novas matrizes energéticas e seus elementos e mecânicas processuais não poluentes, e econômicas, também haverá uma descentralização de valor no condicionamento do produto como mercadoria. Valor não é preço essencialmente.

Não se pode existir valor sem força de trabalho humana socialmente objetivada. Mas isso é questão para outro tema.

 A Arábia Saudita, maior produtora de petróleo do mundo já a um determinado tempo, prepara através de suas refinarias um processo de transição do petróleo como produto trabalhado para energia solar sintética a bateria e eletricidade.

 Boa parte dos carros e transportes públicos circulantes na Dinamarca, na Suécia, e na Holanda já são elétricos, Estados Unidos e Canadá já também desenvolvem processamentos de transição do gênero, e a China já começa a investir na produção de veículos com esse tipo de alimentação.

 Então o Capital que é uma força globalizadora, consegue sentir que o petróleo não garantirá mais a constância de sua acumulação exponencial, migrando de matrizes de energia, assim como ele não pode crecser mais na fábrica e passou para o mercado financeiro difundido na sociedade.

Então enquanto o capitalismo ainda se mantiver como modo de produção organizatória da sociedade, o uso das exposições de lucros em estatais cujo suas atividades se baseiam no petróleo é de suma importância, enquanto ele ainda existir como matriz de energia utilizável.

 É extritamente perigoso qualquer intervenção governamental em estatais de petróleo que possuem capital aberto, (ou seja... Estatais de ligação direta ao capital, portanto atuam sobre a mesma lógica produtiva) com uma crise final do petróleo a vista.

- Por que ??? 

- Explico. Estatais de mercado aberto atuam no rentismo, no mercado financeiro, então suas ações são expostas sobre formas de pacotes com plataformas médias de aplicação nas bolsas de todo o mundo, sendo que os acionistas majoritários são seus respectivos governos. Qualquer intervenção por mais retóricos que seja já, automaticamente lança desconfianças não só no mercado com os acionistas menores mas também com a própria parte majoritária das ações (Governo) aonde tal desequilíbrio poderá não suprir as médias distributivas exigidas aos Roalts para desenvolvimento público, então, não havendo qualquer confiabilidade de que o governo em questão irá promover desenvoltura as novas matrizes energéticas que na atual circunstância considero essencial.

- Por Que o preço de mercado dos combustíveis convencionais não poderá ter qualquer espectativa de barateamento ???

Quando o petróleo é extraído cru aqui (já com custos pesados a extração) as bases de extração não possuem refinarias potencializadas ao nosso tipo específico de petróleo, então há ciclos condicionais em que exportamos o nosso petróleo cru daqui para refinamento no exterior, e compramos o combustível já pronto e refinado deles, ou dependendo do ciclo condicional, compramos o petróleo cru deles para facilitar o refinamento aqui, acoplados a todos os custos atrelados ao Dólar, potencializado pela histoicidade da malha viária brasileira inerente a totalidade de operações que depende do transporte a carga. Processamentos relativos as variações da oferta e demanda e a estrutura histórica condicionada a essas relações pela divisão processual do trabalho que processa tais relações através dos elementos macro-economicos, por vez regulam e operacionalizam os preços.

 Os preços relativos ao consumo de combustíveis aqui no Brasil ainda era caro comparado com os nossos países vizinhos como Venezuela, Bolívia, Paraguai e Argentina mesmo quando para nós em uma dada época fosse mais barato.

- O que podemos concluir com tudo isso ???

- Que o discurso que Bolsonaro defende o "nosso Petróleo" e o desentendimento funcional e a ausência de crítica a economia-politica instituida de nossa esquerda liberal Desenvolvimentista (O capital, não está afim de desenvolver nada aqui que nos assegure materialmente) se faz estímulos a uma riqueza do passado, ao mesmo tempo que esse monstro automato que visa apenas crescer sua acumulação desenvolve por um lado, novas matrizes energéticas, não degradantes ao meio-ambiente e com melhor acessibilidade de consumo e aceitatibilidade dos fofinhos ambientalistas que não enxergam que a questão ambiental é relativo a um conflito dialético classista, e de outro a desestabilização compulsória de atividades humanas completas, extinguindo empregos e jogando milhões a dispercidade social, rompendo o tecido social, fragilizando compulsoriamente as relações materiais instituidas de modo capitalista.

O Capital sendo... Capital, mais contraditório do que nunca !!!

Reinaldo Conceição da Silva/SP

2 comentários:

  1. Penso que o camarada parte de pré-supostos relativamente afoitos e chega a conlusões apressadas. A troca de matriz energetica levará certamente decadas ainda, não vemos por enquanto nada comparavel ao petroleo cpm grande força no sentido de colocar sua substitução no petiido imediato e nem a médio prazo. As teses sobre o "pico do petroleo" não são homogeneas, e não apontam ainda para um fim imediato dessa matriz energetica, embora o petroleo seja é logico, um elemento finito. Por ser finito e por sua importancia estratégica vemos acirrar as disputas geopoliticas pelo petroleo, basta vermos o Oriente Médio, Venezuela e o golpe no Brasil relacionado a sanha pela dominação da Petrobrás. O texto do camarada é fortemente influenciado pelo youtuber Paulo Ghiraldelli, e não põe como tarefa urgente a nacionalização da Petrobrás; pelo contrario, fleta com o liberalismo quando critica a suposta "intervenção" de Bolsonaro na estatal. Ele não explicita o fato de estar sendo destruido no pais as refinarias de petroleo e toda a cadeia produtiva em torno da Petrobrás, que esta absolutamente no contexto da reprimarização e regresso neocolonial pelo qual o Brasil passa; além do mais, com a tese das supostas "novas" matrizes energeticas em ascenso, abre mão de uma politica nacionalista e antiimperialista em defesa da Petrobrás e do nosso petróleo. O camarada neste sentido, é fortemente influenciado pelo professor pós-moderno Paulo Ghiraldelli (recentemente este último postou vide O sobre o tema).

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    1. Então meu caro, verifiquei processamentos que apontam para essa questão, embora também compreendo os destinamentos que o capital proporciona na totalidade de suas relações que apontam para o indicativo do texto.
      Não verifico, outro apontamento mais lógico para o que descrevi. Não haveria necessidades através dos elementos sintetizados aqui de citar as acusações inerentes a destruição de nossas refinarias e toda essa cadeia processual aqui apontado no texto como meios de promoção de uma matriz de energia que daqui a algumas décadas no futuro estará em declínio.
      Outra, eu não tenho nenhum apreço por noções e contigenciamentos de cunho nacionalista,vamos compreender um processo de trânsição socialista como exemplo: os trabalhadores assumem o controle de seus respectivos Estados promovendo uma coletivização dos meios de produção planificando os meios de gerir materialmente a vida em âmbito universal.
      As estruturas, relativas as necessidades populares locais, o espaçamento das relações.. internacional.
      Utilizei alguns vídeos do professor Paulo Ghiraldelli para compreender tal texto que tem como objetivo, apontar as fragilizações sistêmicas, condicionais das relações instituidas de modo capitalista.

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Nasce preocupado com os caminhos do proletariado em geral, porém, especialmente, com o brasileiro